quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

JACK RYAN ANTES DA OPERAÇÃO SOMBRA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. 

Criado  pelo escritor Tom Clancy (12/04/1947 - 01/10/2013), o agente Jack Ryan deu as caras em 15 livros, sendo oito estrelando, e em cinco filmes, com quatro atores diferentes. Bem mais cerebral do que qualquer agente da ficção, Jack Ryan continua sendo uma aposta dos estúdios Paramount em emplacar uma franquia a la James Bond, algo que ainda não rolou, seja pela mudança de atores que dão vida ao personagem ou até mesmo por ele ser tão cerebral, o que, ao meu ver, acaba deixando os roteiristas em maus lençóis, seja por adaptar fielmente e não conseguir sucesso com o grande público, devido a este querer que a ação corra solta, ou adaptar ao gosto do público e irritar os fãs do personagem e dos livros, o que ocorreu na segunda aparição do personagem, Jogos Patrióticos, que irritou até mesmo o saudoso autor. Aproveitando que Operação Sombra - Jack Ryan, única aventura do personagem 100% original para as telonas, sem adaptar nenhum livro, está em exibição, faço uma pequena retrospectiva das aparições do agente fodão nas telonas. Antes que outra crise entre países possa eclodir a 3ª Guerra Mundial, vamos aos comentários.

Curiosamente, a estreia do personagem nas telonas, até agora seu melhor filme, Ryan é um mero coadjuvante, ofuscado pelo talentoso Sean Connery, que deu mais um show de atuação e rouba a cena em A Caçada ao Outubro Vermelho, como o condecorado e respeitado capitão russo Markus Ramius que misteriosamente, em posse do mais moderno submarino, Outubro Vermelho, resolve desertar e levá-lo a costa dos Estados Unidos, deixando o governo estadunidense em sinal de alerta de um possível ataque nuclear. Mas, Jack Ryan, interpretado de forma competente por Alec Baldwin, discorda e acha que o cara quer apenas desertar, tendo que correr contra o tempo, antes que a merda esteja feita. Dirigido pelo mestre dos filmes de ação, John McTiernan (Duro de Matar), o filme tem um excelente roteiro, ótimas atuações e um climão tenso e envolvente que prende a nossa atenção do começo ao fim. Um filmaço para ser visto e revisto. 

Com o primeiro livro chegando as telonas como o filmaço, a Paramount se animou e estava certinha que a franquia estava aberta. Mesmo com Alec Baldwin pulando fora para estrelar uma peça na Broadway, os engravatados do estúdio não se abateram e escalaram ninguém menos que Harrison Ford, na época eleito o maior astro de ação de todos os tempos, para dar vida a Ryan em Jogos Patrióticos. A história original do livro se passa antes dos fatos em A Caçada ao Outubro Vermelho, mas, os roteiristas mudaram, colocando após, o que na época não agradou aos leitores e, principalmente, o escritor. Na trama, conduzida de forma maestral por Phillip Noyce, Ryan está em Londres, para proferir uma palestra e depois curtir umas férias com a esposa (Anne Archer) e a filhinha (Thora Birch). Mas, acaba se metendo num ataque do IRA a um membro da família real britânica (James Fox), mandando um deles para a terra do pé-junto, o que deixa puto Sean Miller (Sean Bean), terrorista irmão mais velho do finado despachado por Ryan, que parte para vingança. Apesar de não ter o mesmo climão da estreia de Ryan nas telonas, Jogos Patrióticos é um filmaço eletrizante, envolvente, e com Ryan bem representado pelo carismático Ford. Até agora, na minha opinião, é o segundo melhor filme do personagem. 

Ford ainda voltava a dar vida a Ryan três anos depois, sob a batuta mais uma vez de Noyce, em Perigo Real e Imediato, filme do personagem que até hoje é o mais rentável nas bilheterias. Na trama, com a doença do seu patrão e amigo, James Greer (James Earl Jones), Jack assume a diretoria da CIA, justamente quando um amigo de longas datas do presidente estadunidense (Donald Moffat) é assassinado, junto com sua familia, a mando de um chefão de um cartel colombiano (Miguel Sandoval). Enquanto Jack é cuidadoso na apuração dos fatos pelas costas dele, um grupo ligado ao presidente, envia um ação militarizada, liderada por John Clark (Willem Dafoe) para botar para foder em cima do narcotráfico colombiano. Apesar de ser dirigido de forma competente por Noyce e contar com Ford como Ryan, me decepcionei e não gosto do filme, pois, o acho chatíssimo, entediante, arrastado ao extremo, com muito blá, blá, blá, e pouquíssimas sequências de ação. São estas, junto com o carisma e ótima atuação de Ford, que salvam o filme da merda total. 

Com enorme sucesso de bilheteria, Ford e Noyce estavam garantido na quarta aventura do agente nas telonas. Mas, muito conversa, desentendimentos em relação ao roteiro, acabaram fazendo-os pular fora. Perda dupla que, mais uma vez não desanimou os produtores que optaram em rejuvenescer o personagem, escalando Ben Affleck, fã declarado de Baldwin e Ford, para viver Jack Ryan em A Soma de Todos os Medos. Na trama,  Ryan tem um pepino grande nas mãos, onde ainda em início de carreira, corre contra o tempo para comprovar que o novo presidente russo Alexander Nemerov (Ciarán Hinds) não é responsável por um ataque nuclear aos Estados Unidos e evitar uma guerra entre os dois países. O filme resgata um pouco o climão da Guerra Fria, não com a mesma intensidade que A Caçada ao Outubro Vermelho, mas, se segura bem com um bom roteiro, atuações satisfatórias, mas, um Affleck, deixando bastante a desejar como Ryan. Mesmo assim, ainda é um ótimo thirlley recheado com ação e suspense. 

Quando achávamos que o personagem tinha sido sepultado, Ryan ganhou mais uma chance, com o ótimo Operação Sombra - Jack Ryan*, atualmente em cartaz em nosso país. Bastante malhado pela crítica e com as bilheterias ainda deixando a desejar, motivos que fazem pairar no ar a dúvida se o personagem finalmente vai vingar nas telonas. Uma pena já que encontrou em Chris Pine, ao meu ver, o interprete ideal e definitivo de Ryan. Independente se vai ou não vingar, desejamos vida longa ao fodão Jack Ryan.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

A Caçada ao Outubro Vermelho (The Hunt for Red October).
Produção estadunidense de 1990.

Direção: John McTiernan.

Elenco: Sean Connery, Alec Baldwin, Scott Glenn, Sam Neill, James Earl Jones, Joss Ackland, Peter Firth, Tim Curry, Jeffrey Jones, Stellan Skarsgard, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 9,5.  

Sinopse e Comentários no decorrer da postagem. 



Jogos Patrióticos (Patriot Games).
Produção estadunidense de 1992.

Direção: Phillip Noyce.

Elenco: Harrison Ford, Anne Archer, Patrick Bergin, Sean Bean, James Earl Jones, Thora Birch, James Fox, Samuel L. Jackson, Polly Walker, Richard Harris, entre outros.

Blogueiro assistiu no extinto Cine Iguatemi Maceió, na TV aberta (Globo) e em home vídeo (VHS e DVD) .

Cotação

Nota: 9.0.  

Sinopse e Comentários no decorrer da postagem. 



Perigo Real e Imediato (Clear and Present Danger).
Produção estadunidense de 1994.

Direção: Phillip Noyce.

ElencoHarrison Ford, Williem Dafoe, Anne Archer, Joaquim de Almeida, James Earl Jones, Thora Birch, Benjamin Bratt, Dean Jones, Miguel Sandoval, Raymond Cruz, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e em home vídeo (VHS e DVD).

Cotação

Nota: 3,5.  

Sinopse e Comentários no decorrer da postagem. 


A Soma de Todos os Medos (The Sum of All Fears).
Produção estadunidense de 2002.

Direção: Phil Alden Robinson.

Elenco: Ben Affleck, Morgan Freeman, Ciáran Hinds, James Crowmwell, Bridget Moynahan, Liv Schereib, Alan Bates, Bruce McGill, Phillip Baker Hall, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 7,5.  

Sinopse e Comentários no decorrer da postagem. 


* = Comentários de Operação Sombra - Jack Ryan em:
http://www.blogdorickpinheiro.blogspot.com.br/2014/02/primeira-sessao-dupla-no-cinesystem.html 

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