Ícones do cinemão de ação, Stallone e Snipes se enfrentam em divertida ficção dos anos 90.
O ano era 1993. De um lado, Sylvester Stallone vindo de uma volta por cima em Risco Total, após amargar duas tentativas fustradas de se aventurar na comédia. Do outro, Wesley Snipes, se firmando com astro de filme ação após o fodástico Passageiro 57. Os dois se encontram e se enfrentam em O Demolidor, divertido filme de ação e ficção que traz também uma Sandra Bullock um filme antes de estourar como estrela em Velocidade Máxima. Com um enredo muito bem escrito e criativo, a trama se inicia em 1996, quando o policial demolidor John Spartan, colocar tudo abaixo para prender o sádico bandido Simon Phoenix. O que ele não contava é que um grupo de reféns estava sobre o domínio do vilão, o que o levou a ser condenado junto com ele a criogênia. Anos depois, já num século XXI utópico, onde a socieade vive na mais perfeita harmonia, Phoenix é libertado numa avaliação de condicional e acaba com a tranquilidade. Sem experiência nenhuma para lidar com o sádico e violento bandido, a polícia resolver descongelar Spartan, o único capar de deter o psicótico. Sem entender a sociedade tosca em que foi parar após acordar, o brucutu policial das antigas conta com a ajuda da figuraça policial Lenina Huxley (Bullock), uma fã apaixonadíssima do século XX.
O Demolidor é um filmaço divertidíssimo, que mescla perfeitamente a ação e o humor. O elenco está bem acima da média, com Stallone bem à vontade e claramente se divertindo, assim como Snipes, que dá um show numa das melhores atuações de sua carreira. Destaque para Bullock que rouba a cena como a hilária Huxley, com direito a uma impagável cena de sexo virtual com Stallone, sem dúvida, a mais engraçada do filme. O cenário excepcional, a trilha sonora, a música-tema cantada por Sting nos créditos finais, completam os pontos positivos de um filmaço que, infelizmente, é mais um a sofrer com o descaso dos programadores televisivos brasileiros. Mereçe ser descoberto, visto e revisto. Nota 10,0.
Daqui a um mês, os grandes astros de ação invadem às nossas telonas.
Faltando exato um mês para o lançamento de Os Mercenários 2, filme não somente o mais aguardado do ano, como também de todos os tempos por este blogueiro, já que trás no elenco a parceria entre Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Jean Claude Van Damme, Bruce Wills e Chuck Norris, algo que era apenas um sonho louco dos fãs do cinemão de ação dos anos 80, que cresceram assitindo aos filmes estrelados destes caras, para conter a ansiedade e despertar a mesma de quem nos visita aqui e no Facebook, preparando todo clima para o lançamento deste que promete, sem exagero nenhum, ser o melhor filme de todos os tempos. A partir de hoje, tentarei, a cada dia postar aqui um comentário de um filme estrelado por um dos astros que fazem parte deste elenco fodástico. Também em nossa página no Facebook, postarei as últimas novidades que pipocarem na net, sobre este filmaço. Visite e curta a nossa página nesta rede social, acessando: http://pt-br.facebook.com/CinetvCia.
Nolan mais uma vez surpreende, encerrando no mesmo nível a inesquecível trilogia do homem-morcego.
Meia-noite da última sexta-feira, dia 27, e já estava eu, junto como meu amigo Rafael Lessa, para conferi na sala 6 do Complexo Kinoplex Maceió, a badala pré-estreia (com direito até as presepadas da equipe do programa televisivo local Fique Alerta) Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, encerramento épico da trilogia que não somente levou o homem-morcego à sério, como também é um marco inesquecível e, até agora, na forma de Hollywood adaptar os heróis dos quadrinhos. Dirigido mais uma vez por Christopher Nolan, que além de contar mais uma vez com Christian Bale como o homem-morcego e seu alter-ego morcegão e com coadjuvantes de peso Gary Oldman, Michael Caine e Morgan Freeman, conta também com a gatinha (ops! Desculpe o tosco trocadilho. rsss...) Anne Hathaway, Marion Cortillard, Joseph Gordon-Levitt e um irreconhecível Tom Hardy, na pele do vilão da vez, Bane. Antes de comentamos este filmaço, um breve resumo sobre a trilogia.
Depois das presepadas da quadrilogia original dos anos 90, iniciada de forma até suportável por Tim Burton e desgraçada pelo imprevisível Joel Schumacher, todos achavam que o morcegão estava enterrado nas telonas. Até que os estúdios Warner resolveram dar mais uma chance ao herói, tendo a brilhante ideia de convocar o genial Christopher Nolan. Em 2005, Batman Begins chega às telonas do mundo inteiro pegando todo mundo de surpresa, com um filmaço excepcional, que conta de forma original e eletrizante a origem do herói. Com uma atuação excepcional de Bale, que de tão perfeita, em alguns momentos nos faz esquecer que Bruce Wayne e Batman são as mesmas pessoas. Batman Begins ainda contava com um elenco de peso, com atuações inspiradíssimas de Caine, Freeman, Liam Neeson, Cillian Murphy e a atual ex-senhora Tom Cruise, Katie Holmes, para embelezar um filmaço nota 10,0. Estava inaugurada uma excepcional trilogia que não somente, finalmente, levava o homem-morcego a sério, como também tornou-se um divisor de águas - e até agora insuperável - nas adaptações para as telonas dos heróis dos quadrinhos.
Mas, o melhor estava por vim, e em 2008 Nolan se superar com a obra-prima Batman - O Cavaleiro das Trevas, com um roteiro ainda mais elaborado e um elenco mais afiado, com destaque para a surpreendente e marcante interpretação do saudoso Heath Ledger, que simplesmente dar um show e arrebenta como o Coringa, entrando para a galeria dos vilões mais memoráveis da história do cinema. Um filmaço que consegue ser ainda melhor e mais marcante que o anterior, e que, obrigatoriamente, deve ser visto e revisto, principalmente, pelos apreciadores de uma ótima e inspirada atuação de um grande ator que, infelizmente, não viveu para ver sua impecável atuação e ser premiado. Os comentários deste filmaço nota 10,0 você pode conferir em: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com.br/2011/08/aniversariante-que-presenteia.html.
É verdade que, na minha humilde opinião, Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge além de não superar o anterior, ainda segue à regra do terceiro filme de uma franqia ser o mais fraco. Mas, calma! O novo filme não é um filme ruim e Nolan, mais uma vez se supera, e nos presenteia com mais um filmaço. Com o roteiro bem mais elaborado de toda franquia, construindo perfeitamente a história e a psiqué dos personagens, o que resultou num filme extremamente longo, sem ser cansativo, a trama se passa oito anos após os fatos ocorridos no filme anterior (pena que o Coringa sequer é citado, algo que, para este blogueiro, é a única falha do roteiro excepcional). Inspirado pela falsa figura heroíca do falecido promotor Harvey Dent (Aaron , que tem um dia dedicado a ele, a cidade de Gotham vive um clima até certo ponto tranquilo, graças a eficácia da força policial, que segue à risca a Lei Dent (outra homenagem ao Duas-Caras), trancafiando a bandidagem. Tido como o assassino do herói da cidade, o morcegão saiu de cena e seu alter-ego Bruce Wayne (Bale, se superando na atuação), anda enclausurado na sua mansão, numa deprê pela morte da sua amada Rachel (Maggie Gyllehall, que substituiu Katie Holmes no filme anterior). Só que a aparente paz está ameaçada, já que no subterrâneos de Gotham, irá surgir uma grande ameaça, liderada pelo psicótico e maquiavélico Bane (Tom Hardy, irreconhecível e dando um show de atuação, superada apenas por Ledger), que pretende detornar uma bomba nuclear em Gotham, o que obriga Wayne a tirar o morcegão da aposentadoria.
Com um orçamento bilionário, tudo é grandioso neste filme, dos cenários gradiosos aos efeitos especiais excepcionais, onde Nolan prova mais uma vez que não é necessário recorrer a modinha do formato 3D para nos impressionar e encher os nossos olhos. O roteiro muito bem escrito, que faz uma perfeita ligação entre os filmes anteriores da trilogia (mais uma vez, deixo registrado minha indignação por sequer citar o Coringa), a trilha excepcional e as atuações inspiradíssimas, incluindo de Hathaway que me surpreendeu como a Mulher-Gato, só completam a qualidade excepcional deste filmaço que cumpre o que prometeu no trailer, sendo verdadeiramente a conclusão épica da trilogia. Nolan, Bale e companhia cumpriram de forma excepcional e maestral a missão, nos presenteando, mais uma vez, com outra obra-prima nota 10,0.
Nem uma primorosa direção, nem um elenco competente salva filme do tédio total.
Geralmente, quando um filme é elogiado demais pela crítica não agrada este blogueiro. Na Estrada, novo filme gringo do nosso Walter Salles (do premiadíssimo Central do Brasil), que assistir na última quarta na sala 4 do Complexo Kinoplex Maceió, é mais um a engrossar esta lista. Baseado no livro gringo dos anos 50 de grande sucesso editorial, o filme traz o jovem aspirante à escritor Sal Paradise (Sam Riley), que acaba de perder o pai e busca inspiração para escrever seu livro. O cara cai na estrada e faz amizade com o porra louca desvirtuado Dean (Garrett Hedlund), que o conduz a um estilo de vida sem regras, recheado de drogas, putaria e viagem pelos Estados Unidos. Salles dirige muito bem o filme, seguindo à risca o título, caindo na estrada, nos presenteando com excelentes cenas visualmente falando e que não teve nenhum medo de ousar, tirando atuações bacana do seu elenco que, sem medo, se entrega aos seus personagens, incluindo a musa da Saga Crepúsculo, Kristen Stewart, que sem medo faz cenas mais ousadas que fazem a Bella corar de vergonha, com direito a pagar peitinhos e agradar aos mais tarados dos fãs. O problema de Na Estrada é justamente a sua história fraca e chatíssima que nem mesmo uma direção caprichada e boas atuações de um elenco competente conseguiram salvar o filme do tédio total.. Pode até agradar a crítica e cinéfilos mais intelectualizado, mas, para mim, um dos piores filmes do ano. Decepcionante e entediante. Nota 1,0 apenas por causa de Salles e do elenco.
Anunciado como protagonista na capa do DVD, Anderson Silva é um mero figurante em filminho de ação classe Z.
Pelo Código de Direito do Consumidor, propaganda enganosa é crime. E na minha opinão, os distribuidores nacionais Never Surrender - Jogo Mortal, filminho de luta classe "Z" que acabei de perder meu tempo tempo assistindo online, deveriam pegar prisão perpétua, por estampar o nosso Anderson Silva na capa do DVD como se fosse o protagonista desta merda, quando na verdade é praticamente um dublê, como um dos capangas do vilão, entrando mudo, saindo calado exatamente a uma hora e onze minutos do filme, e ainda protagonizando um micaço de apanhar do tosco protagonista, numa luta mal coreografada que não aproveita os talentos do nosso campeão. O protagonista, que sequer tem o seu nome e cara estampados na capa do DVD nacional, na verdade é o canastrão (nem a dublagem nacional consegue disfarçar) e aparentemente borçal Hector Echavaria, que também dirige e escreveu esta merda. Ele interpreta (força de expressão, evidentemente) Diego, um lutador argentino (ecaaaaaaaaaaaaaaaaa...) campeão de MMA que é abordado por Sandra (a estreante Silvia Koys, linda, mas tão péssima atriz que também nem a dublagem disfarçou) a participar de um torneio de lutas ilegais organizada pelo malvadão Siefer (Patrick Kilpatrick, figura frequente em filmes de ação dos anos 90, mais conhecido por aqui por ter dado trabalho ao Van Damme, como o quase imortal vilão de Garantia de Morte).
Never Surrender é o típico filminho fuleiro de artes marciais de décima quinta categoria, com um roteiro péssimo, com desnecessárias e mal feitas cenas de sexo a la produções classe z exibidas no Cine Privè da Band e com sequências de lutas fraquíssima que não empolgam nem os fãs menos exigentes, que só querem ver a porrada correr solta. Nem a presença de consagrados lutadores de UFC, incluindo o nosso e já citado The Spider, salva este filminho medíocre do fiasco total. Fica aparentando que o tal do Echavaria escreveu, dirigiu e protagonizou esta merda apenas por vaidade pessoal e para traçar as gostosas, dentro e fora do filme. Não perca seu tempo assistindo esta merda, mesmo que você tenha a mórbida e sádica curiosidade de ver campeões do octógono pagando um micaço. Nota 1,5 só pelas gostosas.
Nova comédia politicamente incorreta de Sacha Baron Cohen tenta, mas não consegue ser engraçada quanto o maior sucesso do ator.
Enquanto as distribuidoras nacionais ainda teimam em adiar e demorar para lançar os filmes nos cinemas brasileiros, os sites especializados em postar filmes fazem a festa dos cinéfilos. Programado agora para ser lançado no próximo mês, acabei de conferir online O Ditador, nova comédia estrelada pelo eterno Borat, Sacha Baron Cohen, que interpreta um ditador de um país do norte da África, que governa com mãos de ferro o seu país. Ao fazer uma visita aos Estados Unidos, para se explicar na ONU, acaba sendo deposto por seu tio Tamir (Ben Kingsler, desperdiçado), que coloca no seu lugar, um pastor de cabras, seu sósia (interpretado pelo próprio Cohen), que simplesmente é um completo idiota. Tentando recuperar seu poder, o ditador 100% preconceituoso e sem papas na língua, conhece Zoey (Anna Faris, a musa da quadrilogia Todo Mundo em Pânico) uma ativista dos direitos humanos, e acaba se atraindo por ela, mesmo que suas ideias sejam totalmente opostas a dele.
Como nos dois anteriores filmes de Cohen com o diretor Larry Charles, que o dirigiu no engraçadíssimo Borat e o ainda inédito para mim, e malhado por todos Bruno, o filme vem repleto de piadas politicamente incorretas e preconceituosas, onde pouquíssimas de fato funcionam e são engraçadas. O Ditador fustra um pouco, já que pelo trailer prometia ser um filme divertido e engraçado, e acaba ficando apenas na intenção. Apesar disso, não é um filme totalmente ruim e sem graça, e dá para encarar numa boa, desde que você goste do estilo do figuraça comediante e encare sem levar a sério o seu estilo de fazer um humor grosseiro, preconceituoso, enfim, o conhecido e chatíssimo politicamente incorreto, tão combatido por meia-dúzia de chatos sem senso de humor, que levam tudo à sério demais. Ah, quem for assistir no cinema, vale a dica para não sair depressa, já que no decorrer dos créditos finais, aparecem algumas cenas, alguma engraçadas.Nota 6,0.
Diretor de Debi & Lóide resgatar clássico trio e a comédia pastelão.
Depois de mais de dois anos de blog, finalmente, este blogueiro consegue fazer um comentário exclusivo de um filme inédito, que ainda sequer tem o cartaz nacional. Programado para chegar aos nossos cinemas apenas no dia 21 de setembro, mas, este blogueiro já conferiu na noite da última sexta a comédia Os Três Patetas. A ideia em si, particularmente não tinha me agradado, afinal, o inesquecível e hilário trio (que na verdade foi um quinteto) é insuperável, da mesma forma que Chaplin, os mexicanos Chaves e Chapolin, e os nossos Os Trapalhões. E quando pipocaram informações que o trio poderia ser interpretado por astros como Jim Carrey, Sean Penn, Benício Del Toro, Paul Giamatti e até Johnny Deep só aumentavam a desconfiança deste blogueiro quanto o resultado final do filme, mesmo sendo dirigido pelos mestres da comédia politicamente incorreta, os irmãos Peter e Bobby Farelly, que já tinham nos feito chorar de rir com as hilárias Debi & Lóide, Quem Vai Ficar com Mary?, entre outras. Ainda bem que os astros não toparam ou desistiram de fazer o filme com contrato assinado (caso de Penn) e deixei de lado minha desconfianças, pois iria deixar de assistir e rir bastante, com um dos filmes mais engraçados dos últimos anos.
Dividindo desnecessariamente a trama em três pseudo curtas metragem (provavelmete, mais uma homenagem que os diretores prestam ao trio), o filme tem um roteiro simples, que resgata fielmente todo besteirol e pastelão do saudoso trio, aqui personaficado na sua melhor formação. Logo quando bebês, Moe, Larry e Curly são abandonados e criados num orfanato, onde desde criança aprontam as maiores e hilárias confusões (os meninos que fazem o trio ainda criança são um show à parte), principalmente para cima da razinza Irmã Mary Mengele (Larry David, hilário). Quando adultos e ainda morando no orfanato, o desastrado trio recebe a notícia que o mesmo será fechado. Moe (Chris Diamantopoulos), Larry (Sean Hayes) e Curly (Will Sasso) caem no mundo em busca de salvar o lugar, aprontando todas por onde passa, inclusive, num reallity show, e se envolvendo acidentalmente numa trama de assassinato.
Os irmãos Farrelly resgatam perfeitamente todo humor bobinho, besteirol e pastelão do clássico e saudoso grupo, nos surpreendendo com um filme engraçadíssimo que arranca gargalhadas facéis, praticamente sem nenhum esforço, exceto as atuações quase mediúnicas do trio central, que simplesmente, arrebentam e são cópias perfeitas dos originais, não somente na caracterização, mas, principalmente, pelas perfeitas atuações individuais que conseguem assimilar todos os trejeitos do saudoso trio, e com uma química e um perfeito entrosamento entre eles. O resultado é um filmaço divertidíssimo, disparado até agora o mais engraçado do ano. Vale à pena conferir, seja agora pela net ou esperar o seu lançamento nas telonas nacionais, Os Três Patetas e rir bastante, como nos bons e velhos tempos do saudoso grupo. Nota 10,0.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Will Sasso (Curly), Chris Diamantopoulos (Moe) e Sean Hayes (Larry).
Caracterizações e atuações perfeitas os torná-los idênticos aos originais.
Típico filme de ação estrelado por Arnold Schwarzenegger foi prejudicado pelos atentados de 11 de setembro.
Presença frequente nos finais da noite de
domingo, desde saudosos e bons tempos do Domingo Maior, o brucutu austríaco e
atual ex-governador da Califórnia aparecerá hoje na sessão dominical da Rede
Globo em Efeito
Colateral. Com um roteiro raso, típico de boa parte da filmografia do astro, que serve apenas mera desculpa para
o brucutu detornar a bandidagem, na maioria das vezes de forma surreal, Schwarzenegger interpreta (força de expressão, obviamente) Gordon Brewer um bombeiro que perde sua esposa e filho de forma trágica num ataque terrorista de um grupo colombiano. Deprimido pelo luto, mas, putíssimo da vida, já que se trata de um filme estrelado pelo ex-Mister Universo, Gordon deixa a deprê de lado e parte com tudo para a vingança, viajando sozinho para a Colômbia, para acertar contas com o grupo terrorista, principalmente o seu tosco líder Claudio Perini, vulgo Lobo (Cliff Curtis). Mesmo perseguido pelo seu próprio governo, o cara não se intimida e segue com sua jornada vingativa.
Com um competente elenco de coadjuvantes formado por nomes com John Leguizamo, Elias Koteas, John Turturro e Jane Lynch, e dirigido pelo especialista em filmes de ação Andrew Davis, que já havia dirigido os clássicos do gênero, classe B, Código do Silêncio (outra presença obrigatória nos bons tempos do Domingo Maior) com Chuck Norris e Nico- Acima da Lei, estreia nas telonas do mestre em Aikido e faixa-preta em mais quatro artes marciais, mas péssimo ator Steven Seagal, como também as superproduções A Força em Alerta, também com Seagal e, principalmente, o inesquecível e premiado O Fugitivo, com Harrison Ford e Tommy Lee Jones, Efeito Colateral é um bom filme de ação, repleto de ótimas sequências, que Davis conduz muito bem. Mesmo com Schwarzenegger não estando na mesma boa forma e pique dos filmes oitentista, consegue segurar bem o protagonismo, com seu canastrismo habitual que, como de costume, não somente não prejudica o produto final, mas, consegue convencer os fãs do gênero, que não exigem muita atuação interpretativa e só quer ver os heróis detornando a bandidagem. Afinal, para fazer um brucutu que dar porrada para tudo que é lado, não é necessário um ato shakesperiano.
Em síntese, Efeito Colateral é filme típico de ação do astro que diverte sem exigir muito do espectador, que teve o terrível azar de ser um dos filmes prejudicados pelos atentados de 11 de setembro, já que estava programado para ser lançado semanas depois deste fatídico dia, obrigando o adiamento do seu lançamento em meses, numa tentativa inútil de fazer uma boa bilheteria. Não é o melhor filme do eterno Exterminador, mas, diverte tanto quanto os melhores filmes do astro. Nota 9,0.
Rick Pinheiro. Cinéfilo.
Bombeiro mandando fogo na bandidagem.
Minha família pela sua.
No meio da sua vingança pessoal, brucutu ainda arruma
um tempinho para tentar salvar a família do líder dos terroristas.
Schwarzenegger em cena com John Leguizamo e John Turturro.
Ótimos e hilários coadjuvantes tornam o filme mais divertido.
Stallone deixa a porrada de lado, para estrelar uma aventura castrofóbica.
O eterno Rocky Balboa, Sylvester Stallone, acaba de sofrer um inesperado nocaute na sua vida pessoal. Seu filho mais velho, Sage Stallone, de 36 anos, foi encontrado morto na última sexta-feira. Solidarizando com a dor do meu ídolo e como forma simples de homenagear seu filho, posto os comentários de um dos filmes que pai e filho atuaram juntos. Tentando inovar em sua carreira, Stallone estrela em 1996 Daylight. Com um roteiro razoável que dosa perfeitamente a ação e de quebra ainda transporta para o filme todo climão de um filme catástrofe, a trama se passa num túnel entre Manhattan e Nova Jersey, onde um grupo de pessoas ficam presa, após uns toscos ladrões em fuga, baterem num caminhão que transportava materias químicos. Para salvar os sobreviventes da explosão fatal, que incluem uma celebridade metida à aventureiro (Viggo Mortensen, antes de estourar como o Aragon da trilogia O Senhor dos Anéis) e um jovem prisioneiro (Sage Stallone), o ex-chefe de serviços médicos Kit Latura (Stallone), entra no túnel de forma surreal mas empolgante. Juntos, Latura e os sobreviventes lutam contra o tempo e encaram perigos a mil.
Dirigido por Rob Cohen, que anos depois viria dirigir os filmaços Velozes e Furiosos e Triplo X, ambos estrelado por Vin Diesel, Daylight é um ótimo filme de aventura, com efeitos especiais de primeira e uma boa trilha, que acabam nos envolve e prendendo a nossa atenção do começo ao fim. No elenco, destaque para Viggo Mortensen, que rouba a cena. Pena que seu personagem é um dos primeiros a se ferrarem no filme, nos privando de mais uma ótima atuação do ator. Já Stallone, mesmo no piloto automático, convence e prova que não somente de personagens durões que distribuem tiro, flechada e porrada para tudo que é lado é formada sua filmografia e pode encara numa boa, personagens, digamos, um pouco mais humanos. Daylight não é o melhor nem o mais memorável filme do ator, muito menos de Mortensen e do diretor Cohen, mas, cumpre direitinho sua função de nos divertir, sem exigir que queimemos os nossos neurônios. Nota 9,5.
Ficção apocalíptica de décima quinta categoria pega carona no estouro da Van Dammemania e arrebenta nas bilheterias brasileiras.
No começo dos anos 90, quando O Grande Dragão Branco chegou por aqui arrebentando nas bilheterias e apresentando aos brasileiros o astro de ação Jean Claude Van Damme, anunciado na época como o novo Bruce Lee. A distribuidora Paris Filmes, que em VHS era detentora da América Vídeo, começou a lançar, um atrás do outro, os filmes do baixinho belga, lançados lá fora, antes e depois do inesquecível clássico das artes marciais. A ficção apocalíptica de nítido baixo orçamento Cyborg - O Dragão do Futuro é o primeiro filme que o astro fez, ainda pela Cannon, após a saga de Frank Duxx, e figurou por anos, na opinião do próprio Van Damme, o melhor filme de sua carreira (opinião que, com certeza, nos dias de hoje deve ter mudado após a fase de ouro nos anos 90, onde ele entrou no primeiro time dos astros hollywoodianos, estrelando super-produções de orçamentos consideravelmente maiores).
A trama se passsa num futuro não muito distante, nos arredores de Nova Iourque, onde o mundo que conheçemos vive na penúria, com boa parte da população foi dizimada por um epidemia. Uma cyborg (Dayle Haddon) carrega na sua memória a cura da peste desenvolvida por cientistas, e precisa levar as informações a cientistas que estão em Atlanta. Mas, é perseguida e capturada por uma gangue liderada pelo sádico e cruel Fender Tremolo (Vincent Klyn, assustador só com sua cara feia), que quer mais é que o mundo permaneça ferrado deste jeito, para poder continuar seu reinado de terror. Eis que surge no caminho da moça, meio humana, meio robô, o guerreiro solitário e caladão Gibson Rickenbacker (Van Damme), que pouco está se lixando para a cura mundial e quer mais é acertar as contas com Tremolo do que salvar o mundo, pelo vilão ter detornado com a família dele. O guerreiro durão partirá com tudo na sua vingança pessoal, tendo ao seu lado a ajuda da bonitinha Nady Simmons (Deborah Richter).
As sérias limitações orçamentárias claramente vistas no filme que foi produzido já na fase decadente da Cannon, são superadas por um roteiro que, apesar de regular, está bem acima da média de uma produção classe "C", somado a um climão de suspense e caos bem legal, ótimas sequências de ação, com Van Damme no auge de sua forma física, arrebentando nas sequências de luta. Além da dar chutes e distribuir porrada nos figurantes, e abrir a obrigatória escala nos seus filmes da época,Van Damme arrebenta com uma atuação excepcional, uma das melhores de sua carreira, dosando perfeita toda dureza e os traumas que o tornaram assim. Outro destaque da produção é Vincent Klyn, que rouba a cena e convence com um dos vilões mais assustadores do gênero. Somente sua caracterização já mete medo em qualquer um, o que acabou disfarçando sua limitação como ator.
Curiosamente, mesmo com todas as deficiências orçamentárias, Cyborg estourou nas bilheterias e ganhou mais duas continuações, com produções um pouco mais caprichadas, mas sem nenhuma relação com o original, nem entre eles, muito menos com Van Damme no elenco ou tendo seu personagem citado. Cyborg 2, aliás, conta no elenco com o saudoso Jack Palance e marca a estreia nas telonas de ninguém menos que a gatíssima e atualmente estrela Angelina Jolie. Mas, nem este, nem a péssima continuação, mesmo sendo produções com orçamentos um pouco maiores, supera o filmaço original estrelado por Van Damme, logo, não fazendo o mesmo sucesso por aqui. Um clássico trashão para ser visto e revisto, sem deixar de ser divertido. Nota 9,0.
Filme de artes marciais com toques toscos de O Exorcista fez um enorme sucesso em nosso país.
Último filme da trilogia estrelada pelo atualmente sumidíssimo Sho Kosugi (conhecido também por aqui por estrelar Contato Mortal, uma imitação barata de 007 que trazia Van Damme como vilão), iniciada com Ninja: Programado para Matar e A Vingança do Ninja, Ninja III - A Dominação provavelmente é a mais famosa por aqui. Apesar de ter uma das tramas mais patéticas da história, o filme consegue a proeza de se superar suas deficiências e ser bastante divertido. O filme já começa com tudo, com tosco ninja fodástico, quase imbatível matando metade dos figurantes. Depois de ser praticamente fuzilado pela polícia (contrariando à regra que só um ninja pode matar outro ninja, dita no próprio filme), o cara mesmo ferrado de balas consegue ter forças para ir ao encontro de uma linda funcionária da telefônica (a lindíssima e atualmente sumida Lucinda Dickey, musa da Cannon que estrelou os dois Breakdance) e lhe passsar, não somente a sua espada ninja, mas o seu espírito. A moça começa a ser possuída (no bom sentido da palavra) pelo tal ninja, e a matar, um por um, os policiais que detornaram o fodástico ninja. Para detê-lo incorporado na gostosa, chega no pedaço Yamada (Sho Kosugi, apesar de está no piloto automático, convence só fazendo cara de mau), um mais fodástico ninja caolho, que vem acertar contas com o antigo inimigo e libertar a gostosa do seu domínio.
Como se pode percebe só lendo o resumo acima, Ninja III é um típico filme de ação classe "Z", com um roteiro que serve apenas para desculpa esfarrapada para muita ação e a porrada correr solta. Mesmo assim, o filme surpreende e consegue bastante divertido e o melhor da trilogia, graças a ótimas sequências de ação, conduzidas por Sam Firstenberg, que tornou-se um especialista em filmes classe "C" de ninjas made in Cannon, ao dirigir este filme e os dois primeiros American Ninja. Clássico oitentista, que era presença frequente e obrigatória nos bons tempos do Domingo Maior, que precisa ser descoberto pela nova geração. Uma pena que, até onde eu esteja sabendo, o filme não foi lançado em DVD ou Blu- Ray e só encontramos na net, no Youtube, em versão dublada, com o audio adiantado em 26 segundos. Um clássico oitentista dos filmes de ação classe "c" que com certeza agrada aos fãs do gênero menos exigente, e que só engrosssa a lista dos filmes da época que merecem um atenção melhor dos programadores televisivos do nosso país. Nota 8,5.
Entrosamento perfeito de grandalhão sueco e filho do lendário Bruce Lee é o grande atrativo do filme.
Dolph Lundgren pode ser canastrão, mas, sempre que pode, usa seu Q.I elevado e faz perfeita escolhas, aceitando atuar em projetos interessantes, sem se importar em dividir o estrelato. Foi assim na sua estreia em Rocky IV, encarando o mítico personagem interpretado por Sylvester Stallone, em 1992, com Soldado Universal, ao lado de Jean Claude Van Damme, e recentemente, nos dois Os Mercenários, ao lado de um timaço de astros do gênero. Entre seu primeiro encontro com Stallone e com Van Damme, Lundgren fez uma divertida parceria com o saudoso Brandon Lee (1965 -1993), filho de ninguém menos que o lendário Bruce Lee (1940 - 1973). Mesmo sendo produzido por um grande estúdio, Massacre no Bairro Japonês, de 1991, é um típico filme de ação classe "Z" com um roteiro tosco só serve como mera desculpa para a porrada correr solta. Lundgren e Lee são policiais de Los Angeles que acabam de se conhecer e de cara, terão que encarar a Yakuza, a máfia japonesa, liderada pelo sádico e cruel Yoshida (Cary-Hiroyuki Tagawa), que acaba de chegar na cidade.
Dirigido por Mark L. Lester, que havia dirigido o clássico do gênero Comando para Matar, Massacre no Bairro Japonês é um filme inferior ao encontro histórico entre Lundgren e Lee. E é justamente o perfeito entrosamento entre os dois astros do gênero, e, principalmente, pelo carisma do saudoso Brandon, que além de ser um ator tão bom quanto o pai, na hora da luta lembra bastante o lendário Lee, que torna o filme mais interessante do que de fato é. A boa atuação de Tagawa e a beleza jovial de Tia Carrera são outros atrativos que só favorecem o filme e elevam a sua nota. Com curta duração (uma hora e quinze minutos), Massacre no Barro Japonês agrada aos fãs que curtem sequências de ação surreais que beiram ao ridículo, causando inevitáveis gargalhadas (como a que Lundgren pula um carro em movimento) e pouco estão se lixando para o roteiro. Bem que o SBT, que vem ultimamente resgatando filmes dos anos 80 e 90 produzidos pela Warner, deveria exibir este filme que, mesmo com todas as falhas, merece ser visto e revisto, só pela divertida e histórica parceria entre Lundgren e o saudoso Lee. Nota 8,0.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Na falta do trailer, vai o filme completo mesmo.
Pena que na versão dublada. Mas, vale a pena conferir