
Ao contrário do título, o livro que virou filme, não é uma autobiografia do nosso irmão Paulo Avatar Carioca ou do Eudes ou de outros comilões da nossa equipe arquidiocesana. Se fosse seria infinitamente mais interessante e melhor. A trama narra a experiência da escritora, feita neste filme de forma insossa e sem inspiração por Júlia Roberts (atriz que há tempo deixou de interpretar e ligou o piloto automático), que após a crise que sua vida está mergulhada (algo que a própria escritora provocou), resolveu chutar o pau da barraca e tirar um ano de férias (algo que só uma desocupada com dinheiro pode fazer) fazendo tour na Itália, Índia e Bali. Nesta última, ela conhece um brasileiro, interpretado por um mexicano, que também é desocupado e está na mesma merda que ela. Os pombinhos desocupados se apaixonam, entram em crise e no final, juntam as escovas de dentes, vivendo felizes para sempre (ou até a escritora não se cansar mais uma vez do tédio da vida de casada, dar um pé na bunda no Mané e escrever outro livro que virará filme).
O filme é longo, chato, um tédio total. A experiência da tal escritora sequer faz jus ao título, já que ela come um pouquinho a mais apenas quando está na Itália, não reza, mas enrola na meditação hinduística e ama, apenas nos primeiros vinte minutos de filme quando começa namorar e termina rapidamente com um atorzinho que interpreta um dos seus livros num teatrinho de 15ª categoria (interpretado por James Franco, que fez o filho do Duende Verde na trilogia Homem Aranha, mas sem ter o que fazer neste filme entediante), e nos últimos vinte minutos quando ela conhece o brasileiro com sotaque paraguaio.
Enfim, se eu queimasse os R$ 5,00 ao invés de pagar ingresso para ver este lixo, eu teria mais lucro, pois ao menos o dinheiro queimado serveria de adubo. O filme para mim e para boa parte da meia-dúzia de espectadores da sessão de hoje das 15:15, da sala 5 do Centerplex deveria se chamar Comer pipoca com Pepsi geladinha, Entediar durante mais de duas horas de projeção e Rezar para que o filme acabasse logo. Um filme perfeito para aqueles que vão com namoradas, apenas para namorar no cinema, e para os que sofrem de insônia. Ao menos neste último quesito eu me encaixo. Estou até pensando comprar o DVD pirata (não vou pagar trinta conto quando este lixo for lançado oficialmente) para as noites que eu estiver com este problema. Sonífero natural melhor não há.
Ah, para completar a tortura, o tiro saiu pela culatra, já que eu não encontrei no busão a gata que pretendia encontrar. Filme ruim e desencontro: um dia para esquecer.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário