segunda-feira, 8 de julho de 2019

DO BLAXPLOTATION AO BESTEIROL.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Shaft.
Produção estadunidense e alemã de 2000.

Direção: John Singleton.

Elenco: Samuel L. Jackson, Vanessa Williams, Jeffrey Wright, Christian Bale, Busta Rhymes, Dan Hedaya, Ruben Santiago-Hudson, Josef Sommer, Lyne Thigpen, Toni Colette, Richard Roundtree, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV por assinatura (Telecine Premium), em home vídeo (VHS) e online (Netflix).


Sinopse: Quarto filme da franquia Shaft e adaptação do livro homônimo escrito por Ernest Tidyman. John Shaft (Jackson) é um policial fodão de Nova Iorque, que numa noite de trabalho, acaba prendendo no flagra por assassinato, um Mauricinho filho da puta racista (Bale). Mas, acaba levando a pior pois, além de ser transferido de distrito policial, ainda tem que aguentar ver o cara sair pela porta da frente do tribunal, debochando dele e da Justiça. Dois anos depois, o cara reaparece, e Shaft o prende de novo. Mas, ao ver a impunidade se repetindo, Shaft fica ainda mais pistola, chuta o pau da barraca, e passa a buscar uma garçonete (Colette), única testemunha ocular do crime, que tomou chá de sumiço.

Shaft.
Produção estadunidense de 2019.

Direção: Tim Story.

Elenco: Samuel L. Jackson, Jessie T. Usher, Regina Hall, Alexandra Shipp, Matta Lauria, Titus Welliver, Cliff "Method Man" Smith, Richard Roundtree, entre outros.

Blogueiro assistiu online (Netflix) em 07 de julho de 2019.

Sinopse: Quinto filme da franquia Shaft. Em 1989, após um atentado, Maya (Hall) resolve se separar do policial fodão, John Shaft (Jackson), indo morar em outro Estado, levando com ela o filho do casal, ainda bebê. Trinta anos depois, John Shaft Jr. (Usher), resolve procurar e pedir arrego ao pai, a fim de resolver a misteriosa morte de um amigo de infância (Avan Jogia).

Comentários: Sem sombra de dúvida, Shaft é o exemplar mais memorável do Blaxploitation, movimento cinematográfico setentista que consistiu em produção de filmes dirigidos e protagonizados por negros, voltado principalmente para este público. Estrelado pelo carismático Richard Roundtree, a franquia é formada por uma trilogia de filmes e um curto seriado com apenas uma temporada com apenas episódios, que comentarei em outra ocasiões, assim que revê-los. O que muita gente não sabe é que a franquia setentista foi ressuscitada em 2000, trazendo de volta Roundtree no papel, só que protagonizada pelo também carismático Samuel L. Jackson, que vive o "sobrinho" do personagem protagonista original, num filme dirigido pelo recém-falecido John Singleton, que traz um roteiro satisfatório, com uma boa trama, mas, sem novidades, e que respeita e mantém suas origens no Blaxploitaion, resultando num eficiente e bom filme policial, que vale a conferida. Cotação / Nota: 7,0.

Dezenove anos depois, a franquia acaba de ser ressuscitada, num filme que é uma produção original da Netflix. Mais uma vez protagonizado por Samuel L. Jackson, a grande surpresa é a mudança total de tom, descartando totalmente o mais sério do filme anterior, se assumindo como uma típica comédia policial, que traz a clichê "dupla de opostos que acaba se entendendo". E por isso que, como continuação (com direito a trazer um motivo ridículo para a mudança de relação parentesca entre o Shaft original e de Samuel L. Jackson), o novo Shaft (curiosamente, repete-se o nome do original e do filme anterior) é decepcionante, e com certeza, vai deixar muito puto o fã mais xiita da franquia.

Mas, em compensação, analisando como uma comédia policial, o Shaft versão 2019 é um filme divertido, com bom roteiro que traz a trama mais do mesmo do sub-gênero, que acerta em cheio em brincar com o confronto  de gerações "raiz x Nutella", rendendo boas piadas, graças principalmente ao bom entrosamento Samuel L. Jackson, claramente se divertindo, e o debutante na franquia, Jessie Usher, que realmente não sei se conseguiria levar a franquia adiante, caso fosse escalado para um próximo filme. O resultado é um bom filme, muito divertido, que vale a conferida. Se você embarcar numa boa na brincadeira, e ignorar o tom sério do filme anterior, com certeza, a diversão e boas risadas estão garantidas. Cotação / Nota: 7,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.


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