sábado, 17 de janeiro de 2015

O RAIN MAN DAS ARTES MARCIAIS.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. 

Coração de Dragão (Long De Xin / Heart of Dragon / First Mission).
Produção honconguesa de 1985.

Direção: Sammo Hung.

Elenco: Jackie Chan, Sammo Hung, Emilly Chu, Hoi Mang, Melvin Wong, Ching-Ying Lam, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 8,0.  

Sinopse: Recém-saído da S.W.A.T. chinesa, o policial Ted Fung (Chan) está prestes ao realizar seu sonho de muitos anos, ao receber uma carta da Marinha Mercante aceitando seu ingresso. O problema é que Ted tem um irmão para criar, Dodo (Hung), que com trinta anos tem um comportamento de uma criança de cinco anos de idade, por ser portador de necessidades especiais, o que faz entrar numa merda atrás da outra, sempre com Ted para livrá-lo. Ted fica no dilema entre seguir seu sonho ou permanecer criando o seu irmão. Enquanto não resolve, Ted encara os desafios diários da vida policial e também de livrar seu irmão das encrencas em que se mete.

Comentários: Para quem não sabe, até porque o filme anda esquecido pelas emissoras brasileiras, Rain Man é um drama familiar hollywoodiano, vencedor de quatro Oscar em 1989, inclusive Melhor Filme, estrelado pelo então astro em ascensão Tom Cruise, que pela segunda vez é escada para um colega coadjuvante de peso ganhar um Oscar (a primeira foi para Paul Newman em A Cor do Dinheiro), o grande Dustin Hoffman, que deu um show como o irmão autista do personagem de Cruise. A sinopse da capa nacional do DVD deste Coração de Dragão, afirma que o filme é considerado pelos ocidentais como "o Rain Man das artes marciais", pelo fato do personagem do lendário Sammo Hung interpretar ter problemas mentais. Deixando de lado a comparação nada a haver até porque a produção chinesa foi realizada três anos antes do dramalhão hollywoodiano, o fato é que Coração de Dragão é um agradabilíssima surpresa. O filme tem um roteiro muito bem elaborado, o que por si só faz a diferença nas produções de artes marciais, em especiais as Made in Hong Kong, dosando perfeitamente ação, humor e o drama, este último bem aproveitado pela dupla ícone, em especial, Sammo Hung, também diretor do filme, que dar um show de interpretação. Jackie Chan também não fica atrás, saindo da zona de conforto dos personagens abobalhados que estamos acostumados a vê-lo, surpreendendo quando lhe é exigido uma interpretação mais dramática, e de quebra, ainda arrebentando nas sequências de luta, estando no auge da sua forma. Em síntese, um filme singular tanto não somente na carreira dos dois ícones da artes marciais, como também do próprio gênero, que merece ser descoberto, e que vai muito mais além do que a comparação com o dramalhão oscarizado hollywoodiano.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 



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