Filmes.
Emocionante lealdade canina.
Custou muito tempo para Hollywood produzir um filme sobre um conhecidíssimo fato ocorrido no Japão na década de 1920, a comovente história de lealdade do cachorro Hachiko ao seu dono, mesmo depois do falecimento deste. Embalado pelo sucesso do excepcional Marley & Eu, em 2009, a comovente história ganha sua versão hollywoodiana em Sempre ao Seu Lado, estrelada por Richard Gere e que foi exibida na última terça, dia 06, na Sessão da Tarde da Rede Globo. O essencial do fato permanece, mas a trama foi totalmente americanizada e adaptada para os nossos dias. Gere, que também é um dos produtores, interpreta Parker Wilson, um professor universitário, quen entre as suas idas e vindas diárias de trem, encontra um filhote de cachorro na estação e o leva para a casa, causando a reprovação inicial de sua esposa (Joan Allen). Esgotadas todas as tentativas e bastante apegado ao fofo bichinho, a família Wilson acaba ficando com ele, que trecebe o nome de Haichi, escrito em sua coleira. Com o passar do tempo, Haichi sempre marca presença na porta da estação pontualmente às 17 horas, esperando Parker chegar. Até que um dia, ele não retorna, fazendo Haichi continuar com o ritual de espera durante mais de doze anos, tempo de sua existência.
O filme tem um roteiro muito bem escrito que apesar de fugir do cenário e época do fato, respeita-o bastante, mantendo o essencial e a tocante mensagem de lealdade. Sempre ao Seu Lado é um filmaço muito emocionante graças principalmente a sua trilha e a "interpretação" dos cães (geralmente são utilizados mais de um animal) que dão vida ao fofo e leal Haichi. Quem tem algum cão em casa com certeza vai ficar bastante sensibilizado com este filme que consegue ser tão bom e inesquecível quanto o estrondoso sucesso estrelado por Owen Wilson e Jennifer Aniston. Em síntese, mais um filme canino que emociona e de quebra ainda nos ensina valores que estão sendo esquecidos pelos seres humanos, mas que, impressionantemente os animais domésticos, sobretudo os cachorros fazem questão de nos lembrar. Nota 9,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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