quarta-feira, 9 de maio de 2012

CLÁSSICO DA SESSÃO DA TARDE NO CORUJÃO.

Kurt Russell arrebenta em mais um filme da bem sucedida parceria com  John Carpenter.

Sinceramente, gostaria de entender o que se passa na(s) cabeça(s) oca(s) daquele(s) que é (são) responsável (is) pela programação de filmes das emissoras brasileiras, principalmente, da Rede Globo, que exibe e anuncia lixos atuais com se fossem obras-primas da sétima arte e exibe filmaços inesquecíveis, sem nenhum aviso prévio, usando-os como verdadeiro tapa-buraco na programação, como o filmaço Os Aventureiros do Bairro Proibido, clássico oitentista do cinemão de aventura que fez a nossa alegria na saudosa e realmente boa Sessão da Tarde, que está sendo exibindo neste exato momento no Corujão. O filme é estrelado por Kurt Russell, sob a batuta do mestre John Carpenter. Neste que é o penúltimo filme da bem sucedida parceria com o diretor, Russell ao mesmo tempo arrebenta como astro de ação e arranca gargalhadas fáceis, com um dos melhores e mais carismáticos personagem de sua extensa carreira, o figuraça Jack Burton, um caminhoneiro que sua tinha que levar um amigo para pegar sua linda noiva no aeroporto e acaba se envolvendo numa roubada inacreditável. A moça é sequestrada ainda no aeroporto por uma quadrilha chinesa misteriosa e junto com seu amigo, uma assistente social (Kim Cattrall, lindíssima, no auge da carreira, muito antes de sonhar em ser uma das estrelas da péssima série televisiva Sex and the City) e meia-dúzia de figurantes, literalmente falando, entram pelos buracos do bairro de Chinatown, encarando o sobrenatural.

Esqueça qualquer coerência no roteiro, pois o filme é feito com um único intuito de nos divertir, com uma aventura boba, que não somente foge da cartilha da época de todos os filmes do gênero imitarem Indiana Jones, como também da filmografia do mestre Carpenter, conhecido mestre do terror e suspense. A dupla Carpenter e Russell nos presenteia com um filmaço tão fodástico e divertidíssimo que nos faz ignorar e perdoar as falhas no roteiro, aparentemente propositais, neste que é o segundo melhor da parceria e o último que realmente deu certo (depois de 11 anos a dupla se reencontrou no vergonhoso Fuga de Los Angeles), de uma bem sucedida parceria que iniciou com a minissérie televisiva Elvis, passou pelos clássicos fodásticos Fuga de Nova York (empatado como melhor filme da parceria junto com os Aventureiros do Bairro Proibido) e Enigma do Outro Mundo, e que se encerrou justamente na decepcionante, tosca e desnecessária continuação de Fuga de Nova York.

Em síntese, Os Aventureiros do Bairro Proibido é um filmaço divertidíssimo, que precisa ser descoberto pela nova geração e que não merece amargar como tapa buraco da programação da madrugada. Nota 10,0 para o filmaço e zero redondinho e duplo para a Rede Globo, que  não tem o maior respeito pelos filmaços que lhe deram audiências, muito menos com seus telespectadores, exibindo filmaços sem divulgar.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

 
Eu quero!
Se alguém encontrar o DVD duplo e original acima,
me avise, pois este clássico oitentista não deu as caras aqui em Maceió.

Acima, o filme completo e na versão original, legendado.
Presentaço deste blogueiro para vocês conferirem este filmaço fodástico.

GIBSON EM DUAS ESPERTACULARES BATALHAS ÉPICAS.

Atualmente travando uma verdadeira batalha épica para reerguer a sua carreira artística no fundo do poço depois de sucessivos escândalos na vida pessoal, Mel Gibson estrelou dois épicos de guerra fodásticos.


Mesmo passando por um declínio impressionante e quase fatídico em sua carreira, ninguém pode negar que Mel Gibson além de ser um astro hollywoodiano de primeira grandeza, é um ator e diretor talentossísmo e tem uma considerável e respeitável filmografia, na maioria filmes fodásticos como as franquias Mad Max e Máquina Mortífera,  Coração Valente (dirigido por Gibson) e O Patriota, de Roland Emmerich, dois filmaços épicos de guerra, passados em épocas diferentes e com duas atuações de Gibson, bem acima da média e que serão comentados nesta postagem. Curiosamente, em ambos os filmes, os personagens de Gibson não estão nem um pouco a fim de entrar numa guerra para libertarem seus respectivos países do jugo da Inglaterra, até que uma tragédia pessoal, faz os caras mudarem de ideia e entrarem de corpo e alma no conflito, encarando batalhas fodásticas e eletrizantes. Provavelmente, no caso do segundo filme, Gibson tenha sido escolhido para tentar repetir o êxito obtido por Coração Valente que, além de ter faturado vários prêmios mundo a fora, incluindo o cobiçadíssimo Oscar de Melhor Filme, arrebentou nas bilheterias.

Em Coração Valente, Gibson apresenta ao mundo, de forma magistral, e mais romanceada (de acordo com os historiadores), a história real do herói escocês William Wallace, que no século XIII lutou para libertar a Escócia da tirania inglesa. Quando criança, após testemunhar seu pai ser assassinado pelo exército inglês, Wallace é criado por seu tio, viaja ao mundo e volta a sua vila, para se apaixonar e casar em segredo com uma linda camponesa, para evitar que ela seja primeiramente do aristocrata inglês que  domina a região, uma lei safada dos ingleses chamada prima nocte. Mas, após a noite de núpcia a moça é assassinada, o que faz o cara ficar putíssimo da vida, liderar um pequeno grupo e detornar com o aristocrata local inglês, responsável pela sua tragédia pessoal. O que de ínicio era apenas um fato isolado de vingança pessoal, torna Wallace um grande líder do futuro país, despertando a atenção não somente dos ingleses, como também dos líderes dos clãs escoceses, que no fundo, querem que a Escócia permaneça como está, para não perder seus privilégios perante a coroa inglesa.

Com um roteiro muito bem elaborado, atuações de um elenco afiadísismo e sequências de batalhas excepcionais, muito bem conduzidas pelo diretor Gibson, Coração Valente é um filmaço envolvente e emocionante. Gibson surpreende duplamente com um ótima atuação como ator e mais ainda com uma direça primorosa, provando que tem cacife para está por trás das camêras e administrar uma super-produção. Pode não ser fiel à realidade dos fatos históricos (e qual filme é?), romanceando e idealizando bastante a saga do sanguinário Wallace, mas, ninguém pode negar que Gibson nos presenteou com um filmaço épico de primeira, uma verdadeira obra-prima. Para este blogueiro, um dos poucos filmes que de fato mereceram ganhar o Oscar na categoria Melhor Filme. Nota 10,0.



Depois de cinco anos, foi a vez de Gibson voltar ao campo de batalha contra os ingleses, desta vez como o norte-americano Benjamin Martin em O Patriota, filme que acabei de assistir no canal Studio Universal. Martin é um ex-soldado, viúvo, pai de sete filhos, que só quer tocar sua fazenda e cuidar de sua família, batendo de frente com o seu filho mais velho Gabriel (o saudoso Heath Leadger), que contra a sua vontade, alista-se para lutar contra os ingleses pela independência da colônia americana. Até que um belo dia, os ingleses perseguem um grupo de confederados feridos, que são acolhidos por Martin e sua família, invadem sua fazenda, queimam tudo e ainda mata um dos seus filhos. Enfurecido, Benjamin revida, atacando praticamente sozinho parte da guarnição que detornou com seus bens. A partir daí, Benjamin engaja-se na guerra, ao lado de Gabriel, tornando-se um dos maiores líderes da histórica e ainda tendo o direito de confrotar o assassino do seu filho, o perverso sanguinário.

As semelhanças com Wallace de Coração Valente são gritantes, exceto pelo fato de Benjamin não ter existido realmente, sendo um milk-shake como vários heróis da independência americana. Com menos sequências de batalhas que aquele filmaço, mas mantendo o mesmo climão, O Patriota é um filme envolvente, que prende a atenção, principalmente pelas ótimas atuações de um elenco competente. Emmerich, uma fera em ficções blockbusters, surpreende com um drama histórico muito bem produzido, provando que é um bom diretor. Com um roteiro razoável e muito bem conduzido por Emmerich, que conta com um ótimo elenco, não chega a ser o melhor filme do diretor, de Gibson, de Leadger e de todos os envolvidos, e é massacrado impiedosamente em comparação a Coração Valente. Mas, mesmo assim,  O Patriota é um ótimo filme, que tem seus méritos e está bem acima da média. Nota 8,5.



O tempo passou e hoje Gibson, depois de várias merdas na vida pessoal, que incluem aquele estrenho e patético telefonema para a ex-namorada, trava sua maior batalha, tentando reerguer sua carreira. No dia 18 deste mês, Gibson chega às telonas por aqui com Plano de Fuga, filme que, pelo trailer (veja no final desta postagem), não promete ser lá grande coisa, e no próximo ano, chegará as telonas como o vilão de Machete 2, de Robert Rodriguez, provavelmente, sua grande volta por cima. Com força, torço para que, Gibson encare corajosamente, à exemplo de William Wallace e Benjamin Martin, está batalha pela volta por cima, pois, talento e determinação já provou que tem de sobra.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

REMAKE PODE SUPERAR O ORIGINAL?

 


Na semana passa, comentei aqui sobre o clássico dos anos 90, O Vingador do Futuro, estrelado por Arnold Schwarzenegger (cf.: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com.br/2012/04/ficcoes-cientificas-campeaes-de.html ). Na ocasião, comentei que duvidava que o remake, estrelado por Colin Farell, superasse o original estrelado pelo brucutu austríaco.

Mas, após assistir o trailer acima, tive que reconhecer que estava equívocado e que o novo filme, não somente tem tudo para ser tão fodástico quanto o original, como também pode surpreender e superá-lo. Assim como Os Mercenários 2, teremos que esperar até agosto para conferi. Pelo menos, neste caso, nossa ansiedade terá fim, logo no comecinho do mês.

E ainda dizem que agosto é mês de desgosto. Haja coração para tanta espera!


Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

DE VOLTA À ESCOLA EM GRANDE ESTILO.

Nova adaptação de seriado televisivo para as telonas, Anjos da Leia deve agradar tanto os fãs do seriado como a nova geração que nunca viu a saudosa série.

Uma coisa que eu percebi é que quando uma série televisiva de grande sucesso é adaptada para as telonas, seguem basicamente duas fórmulas: ou é levada a sério demais, gerando um filme decepcionante (Perdidos no Espaço, Miami Vice), ou ousa em recriar novos personagens e não se leva à sério em nenhum momento, beirando à sátira do original, gerando filmaços muito divertidos (os dois As PanterasEsquadrão Classe A). Ainda bem que Anjos da Lei, adaptação da divertidíssima série dos anos 80 (absurdamente, além de andar sumidíssima das telinhas, como a maioria das produções oitentistas, até onde estou sabendo, ainda não foi lançada em home vídeo por aqui), responsável por consagrar ao estrelato um ilustre desconhecido chamado Johnny Deep, segue esta última fórmula. Neste filmaço que não me contive esperar até amanhã e acabei de assistir online, Jonah Hill (indicado este ano ao Oscar, na categoria Melhor Ator Coadjuvante por sua atuação em O Homem que Mudou o Jogo) e o Channing Tatum, ambos também produtores do filme, dividem o protagonismo deste divertido filme, formando uma dupla carismática e muito bem entrosada.

Schmidt (Hill) e Jenko (Tatum) estudavam no mesmo colégio e viviam em lados opostos, já que este era um carinha popular, do tipo atlético e o primeiro, um gordinho desajeitado, nerd, um zero à esquerda. Mas, ao entrarem na Academia de polícia, os dois tornam-se amigos, se formam e vão as ruas secos para atuarem como policiais de verdade e acabam se fustrando com a monotomia. Tanta afobação, faz os dois cometerem um erro primário durante uma prisão, mas, ao invés de serem punidos, os dois são enviados para uma divisão policial, recém-ressuscitada dos anos 80, comandada pelo Capitão Walters (Ice Cube, ótimo, numa pequena, mas engraçada participação), que consiste em enviar policiais, com carinhas de jovens, para atuarem disfarçados no meio da galera teen. Os dois recebem a missão de voltarem a estudar numa escola de Ensino Médio, a fim de descobrir e detornar com traficantes de uma nova droga que está chegando no mercado e já ocasionou a morte de um jovem.

Mesmo quem não tenha assistido a saudosa série televisiva, com certeza vai gostar de Anjos da Lei, já que é um filmaço divertido, com um roteiro bem desenvolvido e criativo, que, como já citado acima, não se leva à sério em nenhum momento e com direito a tiradas inteligentes que sacaneiam a cultura pop e a própria série televisiva que o filme se inspira. Os fãs saudosistas do seriado, como este blogueiro, de ínicio podem até estranhar o fato do filme pouquíssimo lembrar o seriado, principalmente, pela dosagem alta de humor, mas, com certeza não irão reclamar, já que são presenteados com um filmaço muito divertido, que já figura entre as melhores adaptações de seriados para às telonas, e ainda por cima, terão uma agradável e divertidíssima surpresa com uma minúscula participação dos dois maiores astros do seriado na época (não preciso dizer que um deles é Deep, né?).

Agradando gregos e troianos, o fato é Anjos da Lei é um filmaço muito divertido e tem tudo para inaugurar uma nova franquia (e a intenção deve ser esta, pois, no final do filme, o personagem de Ice Cube entrega uma nova missão para a dupla). Independente que isso ocorra ou não, espero que os distribuidores brasileiros aproveitem o embalo deste divertidíssimo fillme, para lançar por aqui o saudoso seriado. Com ação e humor na medida certa e uma dupla muito carismática e divertida, a adaptação é um filmaço divertido, que merece ser conferido. Não perca! Nota 9,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

 
Jenko (Channing Tatum) e Schmidt (Jonah Hill):
De adolescentes que não se bicavam a dupla fodástica de policiais.

 
Começo ruim na carreira policial, fazem a dupla
Jenko e Schmidt voltarem à escola em grande estilo.


domingo, 6 de maio de 2012

RECORDAR É REVER: O REI DOS KICKBOXERS.

Pegando carona no estouro de Van Damme, trashão de décima quinta categoria conseguiu a proeza dupla de chegar aos cinemas brasileiros e arrebentar nas bilheterias.

No começo dos anos 90, com o estouro nas  bilheterias de O Grande Dragão Branco filme que apresentou para nós o astro Jean Claude Van Damme, divulgado pelos distribuidores nacionais como o novo Bruce Lee, pipocaram produções de artes marciais similares, sobretudo os trashões classe "Z", tentando emplacar outros astros que na maioria das vezes, lutavam até bem, mas não tinha o mesmo carisma e atuação do baixinho que no início de carreira, surpreendia com atuações bem acima da média. De todas estas toscas produções que se não fosse o estouro do baixinho com certeza, se chegassem por aqui, iriam ser lançadas diretamente no mercado home vídeo, a mais bem bem sucedida foi O Rei dos Kickboxers, claramente uma imitação cagada e cuspida de Kickboxer: O Desafio do Dragão, já que o tema central é o mesmo (vilão tailandês ferra com irmão de mocinho, que anos depois volta ao país, conhece um mestre eremita que o treina de forma fora do convencional e, finalmente, vinga-se do canalha que detornou seu ente querido) e o cenário onde  se desenrola, com direito a usar as mesmas locações daquele filmaço divertido estrelado por Van Damme. 

A desculpa desta vez é que o mocinho Jake (Loren Avedon, que fez uma tímida carreira, estrelando filmes de ação classe Z como Os Irmãos Kickboxers e as horríveis continuações de Retroceder Nunca... Render-se Jamais!, sem nenhuma relação com o original), um policial fodão de Nova Iorque, volta dez anos a Tailândia, com a missão da C.I.A. de se infiltrar e detonar uma produtora de filmes de ação ilegais, que filmam e exibem mortes reais, cujo principal astro é Khan (Billy Blanks, que mesmo péssimo ator, fazendo caras e bocas, conseguiu a proeza de emplacar um vilão popular e inesquecível, o que lhe possibilitou ter também uma curtíssima e tímida carreira em filmes de ação classe "z", e além deste filme, tem de mais memorável, ser um dos figurantes que apanhou de Van Damme em Leão Branco: O Lutador Sem Lei), justamente o cara que matou na porrada o irmão de Jake.

Quando adolescente e assistir O Rei dos Kickboxers, na tela do saudoso cinema São Luiz, eu e os meus colegas achávamos o filme um máximo e que o tosco vilão Khan de Blanks era tão fodástico e fatal quanto os lendários Chong Li e Tong Po. Mas, hoje na idade adulta, portanto, com o senso crítico bem mais apurado, impossível levar a sério um filme tão tosco, que causa gargalhadas facéis de tão mal feito que é. É irônico um filme que tem na trama uma  produtora que faz filmes com porradas reais, com sequências de lutas tão mal feitas, que graças ao péssimo posicionamento das câmeras, claramente é vista que ninguém no filme, dar ou leva porrada de verdade.

O roteiro é patético, repleto de furos e só serve de desculpa esfarrapada para os produtores encherem o cofre de dinheiro, pegando carona no estouro de um carismático astro do gênero. Não sei se eles conseguiram, mas, se dependeram do público brasileiro, com certeza superaram o êxito já que o filme, mesmo sendo uma produção medíocre de orçamento muito limitado, mal feito e com todos os defeitos já mencionados, foi campeão de bilheterias por aqui, provavelmente, sendo o maior êxito de uma das várias produções que pegavam carona no estouro do baixinho belga.

O Rei dos Kickboxers
é um trashão de décima quinta categoria que hoje serve para relembrarmos  os bons tempos que nos divertíamos bastante com produções baratíssimas e mal feitas como estas. Presença constante na saudosa sessão televisiva Força Total da Band (chegou a ser exibida na saudosa Rede Manchete), que exibia toscos e memoráveis filmes de ação classa "z" como este, e atualmente sumidíssimo das grades televisivas brasileiras, e ainda (ao menos que eu saiba) não relançado oficialmente em DVD e Blu-ray, pode ser encontrado facilmente online, inclusive no Youtube, onde acabei de assistir, na versão dublada (acredite, a dublagem conseguiu a proeza de torna esta pérola ainda mais tosca). Em síntese: típico é tão ruim que diverte bastante, logo, acaba se tornando bom, por isso mesmo, não estranhe a nota que darei depois de tanto malhação. Nota: 7,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

 
Parece Van Damme treinando para encarar Tong Po, mas não é.
Produtores de O Rei dos Kickboxers
não foram criativos nem mesmo no cenário.



sábado, 5 de maio de 2012

O VERDADEIRO FILME MAIS AGUARDADO DE 2012.

 


Sei muito bem que gosto não se discute. Mas, duvido que, após asssitir o trailer fodástico acima, alguém achará que filmes como Branca de Neve e o Caçador, Homens de Pretos 3 e O Espertacular Homem-Aranha encabeçam a lista dos filmes mais aguardados do ano. Pô, fala sério, né? Usar a cabeça e o bom senso é sempre bem-vindo.

Haja coração para aguardar até agosto!

Rick Pinheiro
Cinéfilo, ainda mais ansioso para assistir Os Mercenários 2.


CLÁSSICOS DA AMÉRICA VÍDEO: DESEJO DE MATAR 3 & 4.

Imortalizado pelo saudoso Charles Bronson, o arquiteto Paul Kersey vai de pacato cidadão que após sucessivas tragédias pessoais torna-se um vigiltante a Rambo geriátrico.

Presença frequente nas sessões televisivas de cinemas, principalmente no Domingo Maior da Rede Globo, o saudoso Charles Bronson (1921-2003) atualmente anda sumidíssimo da programação de todas as emissoras televisivas de nosso país. E olhe que o ex-pedreiro que se tornou ator tem uma longa e considerável filmografia que inclui o clássico Era Uma Vez no Oeste. Mas, sem sombra de dúvida, Bronson que tinha uma cara amarrada de dar medo a qualquer um tornou-se popularmente conhecido por atuar em diversos filmes de ação, na década de 70 e 80. Destes, destaque para a série Desejo de Matar, cujo o terceiro e quarto filme foram produzidos pela Cannon e lançados por aqui pela saudosa América Vídeo. Antes de comentar estes clássicos do cinema de ação, vale a pena aproveitar, para tecer alguns comentários sobre todos os filmes desta memorável franquia que mesmo sendo produzida entre os anos 70 e 80, possuem uma temática bastante atual, mesmo com as continuações saindo totalmente do contexto.

Quando em 1974, Desejo de Matar foi lançado nos cinemas do mundo inteiro gerou polêmica e discursões das mais variadas, afinal, o filme dirigido por Michael Winner, tratava do delicado tema da justiça pelas próprias mãos. Paul Kersey (Bronson), é um pacato cidadão, um arquiteto, que pouco está se lixando para o caos da violência urbana que atinge Nova Iorque, até que a pedra entra no seu sapato de forma trágica e dolorosa, com a esposa sendo assassinada e sua filha estuprada barbaramente, por uma gangue de marginais que cismam com elas (Curiosamente, um dos marginais é interpretado por Jeff Goldblum, em comecinho de carreira). Depois deste trágico incidente, Kersey chuta o pau da barraca, compra uma arma e sai matando a bandidagem, tornando-se um vigilante. O filme tem uma ideia até interessante, mas se perde num roteiro fraquíssimo e sem nexo (Kersey mata vários bandidos, exceto os que causaram o mal a sua família). Mesmo assim e com toda polêmica, o filme fez um estrondoso sucesso que inclusive, até hoje, inspira filmes do gênero. Um clássico do gênero, um dos mais polêmicos da história do cinema, como também com um dos finais mais tosco e risível de tão patético. Nota 5,0.



Com tanta polêmica, o filme acabou fazendo mais sucesso do que de fato merecia, e em Hollywood, sucesso de um filme é continuação na certa. Em 1981, Winner e Bronson voltam a saga de Paul Kersey em Desejo de Matar 2. Desta vez, a trama se passa em Los Angeles, onde Kersey toca sua  vida adiante como arquiteto, após dois anos da violência que abalou para sempre sua família, inclusive com sua filha ainda se curando dos traumas numa clínica psiquiátrica. Só que mais uma vez, uma gangue de estúpidos, cisma com a cara de Kersey, invade sua casa, estupra e mata sua empregada, e ainda levam a coitada da sua filha (a mulher devia ter um imã nas partes intímas para atrair tanto tarados psicóticos) e ainda são responsáveis por sua morte acidental. Puto da vida com tudo isso, Bron.., digo, Kersey volta  a vida dupla de arquiteto pelo dia e vigilante à noite, caçando e detornando os bandidos (um deles vividos por Laurence Fishburne, o Morpheus da Trilogia Matrix), um por um. Produzido por Menanhem Golan e Yoran Globus, mas não pela Cannon, o filme tem o roteiro mais bem elaborado de toda franquia, portanto, figurando entre os melhores e com Bronson ainda mais a vontade no personagem. Nota 7,0.



De um vigilante que só queria vingar uma tragédia familiar, Kersey tornou-se um exército de homem só, típico dos anos 80, a partir de 1985 com Desejo de Matar 3, mais uma vez dirigido por Winner, sendo o primeiro produzido pela Cannon e lançado por aqui pela América Vídeo. O roteiro é mera desculpa esfarrapada para Bronson encarnar o herói padrão da época que detona praticamente sozinho um exército de bandidos. A ação volta para Nova Iorque, onde o herói chega para visitar um amigo e o encontra morto por uma gangue que mete o terror no bairro. Desta vez puto da vida por terem ferrado com seu amigo (apesar de Bronson não demonstrar nenhuma tristeza), Kersey parte para cima da bandidagem, tornando-se o salvador da pátria local. No final, armado até os dentes, bem ao estilo do seu colega de produtora, Chuck Norris, Bronson detonar com um exército inteiros de bandidos sub-urbanos. Esqueça qualquer coerência no roteiro já que a mesma não existe, já que o filme tem o propósito de transformar Kersey numa espécie de Braddock urbano e seu interprete Bronson tão duro e imbatível quanto os saradões Stallone e Schwarzenegger, na época os grandes ícones do gênero. Apesar disso, tenho um carinho especial por este filme, pois o assistir na tela do saudoso cinema São Luiz, e até hoje, me divirto e caio na gargalhada pelos absurdos apresentados. Nota 8,0.



Mas, o ápice do exagero de Bronson como um Rambo Geriátrico estava por vim. Em 1987, Kersey volta ainda mais durão e imbatível em Desejo de Matar 4: Operação Crackdown, primeiro filme da franquia não dirigido por Winner, que foi substituído pelo saudos J. Lee Thompson, responsável pelos mega-sucesso da Cannon Os Aventureiros do Fogo com Chuck Norris e As Minas do Rei Salomão, e que dirigiu Bronson em outras produções, entre elas, os clássicos do gênero de ação, 10 Minutos para Morrer (aquele que Bronson persegue um tosco psicopata que ataca peladão) e a Kinjite: Desejos Proibidos (pérola onde Bronson usa, pasmen caro internauta, um consolo como arma letal contra um pedófilo).Como uma espécie de rodízio entre as cidades, a ação do quarto filme volta a Los Angeles, cidade da trama do segundo filme, onde Kersey vive de boa como arquiteto, dando uns pegas numa repórter até que a filha dela, morre de overdose e, como bom padastro durão que é, detorna com o traficante responsável por dar a droga letal a mocinha indefesa. Kersey iria voltar a programação normal de pacato cidadão, mas não contava que um tosco milionário, com a cara do finado presidente da república Jânio Quadros, iria chantageâ-lo para que detorne com os dois poderosos chefões do tráfico local. Após fazer o serviço, Kersey descobre que foi usado pelo cara que na verdade não passa de um traficante que queria, literalmente falando, eliminar a concorrência e aí, o pau vai comer mais uma vez. O roteiro deste filme é fraquíssimo e força a barra para tornar Kersey num sub-Braddock, com direito até usar a mesma trilha do primeiro filme do personagem durão imortalizado por Chuck Norris. As sequências são tão mal feitas, que erros grosseiros pipocam na tela, como na cena que Kersey detona com sua brazuca claramente um manequim substituindo o ator que faz o vilão. Nada funciona neste que, disparado, é o pior filme da série e da parceria Bronson e Lee Thompson. Recebe a nota 2,5, apenas por algumas interessantes sequências de ação e para matamos a saudades do durão Bronson.



Com a falência da Cannon, Bronson ainda voltou ao personagem pela última vez em Desejo de Matar 5 - A Face da Morte, lançado por aqui pela Europa Vídeo. Seguindo o rodízio de cidades, a trama volta a se passar em Nova Iorque, onde a vida de Rambo da terceira idade ficou no passado e Kersey vive tranquilamente como um pacato cidadão, professor de arquitetura e dando uns pegas numa estilista de sucesso. Até que o tosco e violento ex-marido da moça, resolve espancá-la e matá-la, e ainda por cima raptar sua filhinha. Motivo suficiente para Kersey sair da aposentadoria e partir para a sua última jornada vingativa. Sem o mesmo exagerado ritmo frenético da fase Cannon, o filme tem um roteiro bem desenvolvido, respeitando a idade de Bronson, onde o personagem só age quando o seu limite de paciência é ultrapassado. Mesmo com o ritmo lentíssimo, devagar quase parando, o filme tem seus momentos e diverte os fãs do gênero. Um final razoável para a franquia. Nota 4,0.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

RECORDAR É REVER: TRILOGIA HOMEM-ARANHA.

Junto com os mutantes do Professor Xavier, cabeça de teia abriu alas para os heróis da Marvel nas telonas, que chega ao seu ápice com Os Vingadores.


Muitos dos que assiste hoje nos cinemas o filmaço Os Vingadores - The Avengers, em especial os não familiarizados com o universo dos quadrinhos e de suas adaptações destes para as telonas não sabe que a Marvel, editora que abriga estes e outros personagens, amargou décadas de tentativas fustradas, fustrantes e toscas de emplacar seu elenco heroíco nas telonas. Para chega ao ápice com este filmaço do grupo mais cultuado do planeta, a Marvel deu  virada espertacular e heroíca, digna dos super-heróis que abrigam, a maioria criados pelo mestre Stan Lee, precisamente no início deste milênio, com a estreia das franquias X-Men (já comentada aqui. Confira em: http://blogdorickpinheiro.blogspot.com.br/2011/06/de-volta-as-origens-mutantes.html ) e Homem-Aranha.

Maior e mais cultuado herói do universo Marvel, o cabeça de teia ganhou uma excepcional trilogia, produzida entre 2002 e 2007, dirigida pelo genial Sam Raimi, que calou a boca de muitos que desacreditavam no seu potencial, principalmente os fãs mais xiitas do herói, e tendo Tobey Maguire, se superando e dando um show na pele do herói e seu alter-ego o figuraça Peter Parker. Sem sombra de dúvida o grande mérito da trilogia, formada pelos melhores filmes de super-heróis da história do cinema, foi a manutenção de Raimi, Maguire e boa parte do elenco central nos três filmes, o que acabou dando continuidade lógica entre os filmes, nos presenteando com uma saga completíssima e quase perfeita, que, sem exagero nenhum, não fica atrás de outras trilogias, digamos, mais sérias, como O Poderoso Chefão, de Coppola. 

O primeiro Homem-Aranha  é um verdadeiro divisor de águas tanto da Marvel nas telonas como também do personagem que até aquele momento tinha no currículo fora dos quadrinhos algumas séries animadas e uma tosca, porém, divertida série televisiva. O filme traz a origem do herói, surpreendendo a apresentar um Peter Parker nerd e mais bobalhão, algo que Maguire sobre fazer muito bem, com uma atuação explêndida. Peter é um adolescente zero à esquerda, que sofre bulling dos colegas, apaixonadíssimo pela sua vizinha Mary Jane (Kirten Dunst, convicente) e que só tem como amigo o também introvertido Harry Osborn (James Franco, ótimo), filho do excêntrico e milionário cientista, Norman Osborn (Williem Dafoe, roubando a cena com uma das melhores atuações de sua carreira). Tudo começa a mudar quando, numa excursão rotineira de colégio, Peter é mordido por uma aranha radiativa. A ínicio assustado com a mudança em seu corpo, o rapaz vai conhecendo e utilizando aos poucos seus novos poderes, e como todo adolescente de sua idade, sem qualquer responsabilidade, até que o seu Tio Ben (Cliff Roberston), após lhe dar o famoso conselho ("Grandes poderes trazem responsabilidade!". Uma das frases mais inesquecíveis da história do cinema), é brutamente assassinado por um ladrãozinho barato, que minutos antes tinha cruzado o caminho do herói. Parker não somente acolhe o conselho do seu recém-falecido tio, como também resolve usar os poderes para ajudar as pessoas, combatendo a  bandidagem. Pralelamente, Norman  injeta sua fórmula experimental de super-soldado em si mesmo, surta, tornado-se o psicótico vilão Duende Verde, o maior arqui-inimigo do herói nos quadrinhos.  

Finalmente, o herói ganha uma digna versão em carne e osso , estreando com o pé direito, num filmaço excepcional, com ação e humor na medida certa, somado a um elenco afiadíssimo, roteiro muito bem elaborado e efeitos especiais de primeira. Tudo isso, com a direção precisa do mestre Sam Raimi, que acabou nos presenteando com um dos melhores filmes de todos  os tempos, repleto de sequências antológicas e inesquecíveis como a cena do beijo invertido do herói em sua amada Mary Jane e os memoráveis embates entre herói e o vilão Duende Verde. Homem-Aranha é uma verdadeira obra-prima dos blockbusters, que consegue a proeza de não somente agradar aos fãs de filmes inspirados em super-heróis dos quadrinhos com também dos cinéfilos que curtem um bom filme 100% diversão. Nota 10,0 é pouca para um clássico dos nossos tempos.



A segunda proeza de Raimi foi fazer uma continuação tão excepcional quanto o original, em 2004, com o também filmaço Homem-Aranha 2. Com os personagens devidamente apresentados no filme de estreia e mantendo basicamente o mesmo elenco, Raimi continua a saga do herói mais carismático dos quadrinhos. Parker passa por uma crise de identidade, já que ao mesmo tempo que deseja usar seus poderes em prol do povo nova-iorquino, ferrando com a bandidagem, quer viver uma vida normal, principalmente, tentando (re) conquistar seu grande amor, Mary Jane, que ele deu um toco no final do primeiro filme, e agora está noiva do astronauta John Jamerson (Daniel Gillies), que é filho do figuraça editor do Clarim Diário, J. Jonah Jamerson (J.K. Jamerson, cada vez mais hilário e impressionante com a sua perfeita caracterização do personagem, idêntica aos quadrinhos). Como o psicológico sempre acaba provocando reações no corpo, Parker perde seus poderes temporariamente e passa a viver tranquilarmente como um pacato cidadão Mané. Algo que dura pouco já que o Dr. Otto Octavius (Alfred Molina, convicente), cientista que ele admira, sofre um acidente durante uma exibição cientifíca mal-sucedida, tornando-se o vilão Dr. Octopus, que se unirá ao seu quase ex-amigo Harry, para detornar com ele.

Com muito mais ação e humor, novamente na dosagem certa, Homem-Aranha 2 mantém o mesmo nível excepcional do original sendo um filmaço. Raimi nos presenteia com um roteiro ainda mais bem elaborado, com um elenco ainda mais afiado, efeitos especiais ainda mais caprichados (a cena do metrô onde o herói enfrenta Dr. Octopus e depois tem que salvar um trem em movimento de um desastre eminente é de tirar o folêgo de tão empolgante). Mas o grande diferencial é a direção primorosa de Raimi, que nos presenteia com outra obra-prima do cinemão entretenimento, repleto de sequências ainda mais eletrizantes e, de quebra, com um dos finais felizes mais românticos e emocionantes da história do cinema. Em síntese, a segunda aventura nas telonas de um dos mais queridos e simpáticos super-heróis dos quadrinhos é um filmaço excepcional e assim como o filme de estreia, a nota 10,0 é pouca.



Seguindo a tradição da maioria dos terceiros filmes serem o mais fraco de uma franquia, Raimi encerra a franquia em 2007 com Homem-Aranha 3. Neste caso, mais fraco não quer dizer pior ou queda de qualidade, muito pelo contrário, pois tudo vem melhorado em dose tripla. O fraco aqui refere-se apenas a comparação aos outros dois anteriores, a despedida de Raimi, Maguire e cia do universo do personagem, já que Homem-Aranha 3 é um filmaço que figura entre as melhores da história dos blockbusters. Na trama, o herói está de boa, conseguindo conciliar sua vida dupla de herói dos nova-iorquino e jovem comum, só love com sua amada Mary Jane. Numa bela noite de namoro ao luau, Vennon, um grotesca e minúscula, porém destrutiva, criatura simbiótica, chega do espaço e mais devagarzinho que a música do nosso Martinho da Vila, vai se aproximando e tomando conta do nosso herói. Como se desgraça só não bastasse, Flint Marko (Thomas Harden Church, em perfeita caracterização quase idêntica aos quadrinhos), bandido que supostamente matou o Tio Ben, reaparece e numa fuga sofre um acidente, tornando-se o vilão Homem de Areia. Além de enfrentar o vilão e si próprio possuído por Venon, nosso herói ainda terá que enfrentar seu ex-amigo Harry, agora assumidamente é o vilão Duende Macabro. Pense que os problemas do cabeça de teia acabaram? Sem chance, já que ele ainda terá que encarar uma crise no relacionamento e ainda o pentelho Eddie Brock (Topher Grace), um rival fotógrafo. Ufa! Haja estresse! 

Raimi pisa na bola e encerra frustrando sua trilogia com um bom filme, mas repleto de erros no roteiro, que acabou gerando situações ridículas. As atuações são perfeitas e os efeitos ainda mais impressionantes. Só perde para os anteriores por ser um filme com uma dosagem trágica anunciada, porém, necessária para o desfecho da saga. Mesmo sendo, em comparação com os antecessores, o mais fraco da série, o fato é que Homem-Aranha 3 é um filme que não chega a ser uma merda, mas, frustra demais, principalmente após um filmaço tão fodástico e cultuado pelos fãs. Final indigno para uma trilogia tão excepcional. Nota 7,0. Independente desta derrapada, o fato é que, sem sombra de dúvida, Raimi, Maguire e todos os envolvidos na trilogia, marcaram para sempre não somente a história do cinemão hollywoodiano de entretenimento, como também das adaptações dos quadrinhos para as telonas. 



A excepcional trilogia de Raimi, infelizmente, chegou ao fim, mas não a saga do herói aracnídeo no cinema, já que este ano, ele volta em O Espertacular Homem-Aranha, onde sua saga é reiniciada, ignorando totalmente os filmes anteriores, com novos diretor e atores. Particularmente, além de não gostar da ideia do afastamento dos envolvidos na trilogia original e deste título tosco e ridículo que remete aquelas animações infantis dos anos 60 e exibida por aqui nos anos 80, no extinto Xou da Xuxa, o trailer não me agradou, principalmente, o novo interprete do herói, Andrew Garfield. Espero está errado e que o novo filme nos surpreenda tanto quanto o filmaço de estreia do herói. Vamos esperar para o dia 06 de julho, data prevista para o filme estreiar aqui no Brasil, para tirarmos nossas próprias conclusões. Mas, para ser sincero, duvido que a nova franquia (antes mesmo do lançamento, o segundo filme já está agendado para 2014) consiga superar uma trilogia tão excepcional.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

HOMÔNIMOS TOTALMENTE OPOSTOS.

Três astros e uma merda.

Como era esperado, Os Vingadores - The Avengers vem, merecidamente arrebentando nas bilheterias, ao contrário do seu homônimo   de 1998 (provavelmente motivo pelo qual o filmaço com os heróis da Marvel ter o título original escrito logo após o títula nacional) que, mais merecidamente, foi um fiasco total e que tive o desgosto de acabar  de assistir pela primeira  vez, na tela do Max HD. Baseado numa série televisiva dos anos 60, Os Vingadores é estrelado por Ralph Fiennes, Uma Thurman e Sean Connery, pagando um King Kong de proporções inigualáveis, numa das piores atuações de suas respectivas carreiras. A trama é tosca e totalmente ridícula. Johs  Steed (Fiennes, péssimo e caricato), um agente da organização secreta inglesa intitulada Ministério, é convocado para investigar uma série de estranhas mudanças climáticas. Inicialmente, a principal suspeita é a Dra. Emma Peel (Thurman, como na maioria dos seus filmes, patética e nada convicente), mas, descobre-se num piscar de olhos  que o verdadeiro responsável é o Sr. August (Connery, impressionantemente canastrão, fazendo caras e bocas), um vilão megalomaníaco que quer detornar com o mundo em troca de alguns trocados.

Nada funciona neste péssimo filme, que tem um roteiro ridículo, repleto de tiradas toscas, totalmente sem graça. É incrível como grandes atores, principalmente, Connery, topam fazer porcarias como estas, ao contrário do que fizeram Mel Gibson e Nicole Kidman que sabiamente recusaram pagar este micaço. Os Vingadores é totalmente oposto em todos os sentidos ao seu homônimo que estreiou semana passada nos cinemas. Um filme chatíssimo, patético e irritante, que sequer sacia o desejo dos cinéfilos mais sádicos, que adoram ver grandes artistas em situações constrangedoras. Não perca tempo com esta merda. Nota 0,0 bem redondinho.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo. 

 
Connery poderia ter se aposentado sem passar por este constrangimento.

 
Fiennes em cena com Thurman.
Aposto que ele gostaria de passar a vida toda maquiado
como Voldemort somente pela vergonha de ter feito
esta merda de filme.



DUPLA IMPAGÁVEL EM DOSE DUPLA.

Will Smith acerta em mais uma perfeita parceria.

No dia 25 deste mês chega às telonas brasileiras MIB - Homens de Preto 3, trazendo de volta, depois de de doze anos, uma das duplas mais impagáveis do cinema formada por Will Smith e Tommy Lee Jones. Particularmente, não estou muito animado pois, além do tempo longo do último para este novo filme, que fez a franquia cair um pouco no esquecimento, tem o fato de, aparentemente de acordo com trailer que  você confere logo abaixo, a sensacional dupla aparecerá pouco em cena, já que a trama se passa no passado, ondeo talentoso Lee Jones dará lugar ao também talentoso Josh Brolin, que fará o durão Agente K quando jovem. Expectativa (ou falta dela) à parte, na tarde e noite de hoje revi os dois primeiros da franquia, no canal fechado Universal, e passo a comentar a partir de agora.



Uma dupla improvável e um enredo bobinho e regular. Quem diria que esta seria a fórmula do sucesso para o diretor Barry Sonnenfeld, em 1998, presentear o público com um blockbuster divertido, com um dupla de protagonistas com um perfeito entrosamento entre eles. Em MIB - Homens de Preto, os personagens da agência que monitora atividade alienígena em nossa planeta estreia com tudo  Na trama, o agente K (Lee Jones) da agência secreta MIB está a procura de um substituto, quando conhece por acaso o policial novaiorquino James Edwards (Smith, roubando cena) e o leva para fazer um teste, junto com outros candidatos. Apesar de demonstrar  claramente que é desajeitado, passa justamente no teste prático que requer raciocínio lógico na hora que a coisa aperta. Escolhido por K, James torna-se o agente J, e logo de cara, junto com seu parceiro, vai salvar o mundo da ameaça de um extraterrestre denominado Inseto, que vem ao nosso planeta em busca de uma galáxia que encontra-se escondida por aqui.

Dirigido por Barry Sonnenfeld e produzido pelo mestre Steven Spielberg, MIB - Homens de Preto é um filme divertido, com enredo repleto de ação e humor, com direito a tiradas geniais e a brincar com figuras da vida real como o cantor pop-star Michael Jackson, o jogador de basquete Denis Rodman e o ator Sylvester Stallone, afirmando que os mesmo são extraterrestes. Além do criativo roteiro acrescenta-se ainda na fórmula que tornou o filme um fenômeno pop campeão de bilheterias, excelentes efeitos especiais e um elenco com boas atuações, principalmente da dupla de protagonistas, Jones  e Smith, que dão um show num perfeito entrosamento. Curiosamente, o papel de J não era para Smith, mas para Chris O'Donnell (o Robin dos dois filmes carnavalescos do homem-morcego, dirigidos pelo imprevisível Joel Schumacher) que, graças a Deus, recusou em fazer o filme. Ainda bem, pois com certeza seríamos privados de ser presenteados com uma das duplas mais carismáticas da história do cinema. Ufa! Smith não somente ficou com o personagem e esbanjo talento e simpatia, como também ganhou o direito de cantar a música tema deste filme divertido e empolgante que recebe deste blogueiro a nota 8,0.



Com o sucesso estrondoso do primeiro filme, evidentemente que uma continuação seria inevitável. E diga-se de passagem, foi necessário três anos para sair do papel devido as negociações com os protagonistas, com o diretor e até com Spielberg, todos exigindos altos salários. Ainda bem que tudo foi resolvido e em 2002 fomos presenteados com MIB - Homens de Pretos 2, uma continuação que consegue a rara proeza em Hollywood de manter o mesmo alto nível do original, sendo tão boa quanto este. A trama é praticamente a mesma do filme anterior. Desta vez que visita o nosso planeta com intenções nada amistosas é uma E.T, parecidíssima com uma planta carnívora que se disfarça de modelo de lingerie, chamada  Serleena (Lara Flynn Boyle), que invade a sede dos MIB, em busca de uma bugigana extra-estrelar que lhe dar poderes para dominar o universo. J (Smith, ainda mais engraçado) recorre então ao seu ex-parceiro e mentor K (Lee Jones, também ainda mais engraçado e a vontade no personagem), que foi desmemorizado e agora trabalha numa agência dos correios no feofó dos States, único que já havia encarado a vilã e sabia onde estava escondido a tal bugiganga.

Apesar de ser bem mais curto que o seu antecessor, o segundo filme da franquia consegue ser tão divertido quanto o primeiro e, como foi dito anteriormente, consegue manter o mesmo alto nível do original. A dupla central, agora mais a vontade nos seus personagens, dão mais um show de carisma e versatildade, gerando momentos engraçados e divertidos. O destaque curioso vai para a participação especial do cantor Michael Jackson, numa curtíssima mas hilária sequência, implorando para ser aceito na agência. Em síntese, um filme divertido tão bom quanto o original. Nota 7,5.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo