quinta-feira, 2 de junho de 2016

LENDA AMAZÔNICA EM CLÁSSICO OITENTISTA DO NOSSO CINEMA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?. 

Ele, O Boto.
Produção brasileira de 1986.

Direção: Walter Lima Júnior.

Elenco: Carlos Alberto Riccelli, Ney Latorraca, Cássia Kiss, Dira Paes. Paulo Vinícius, Lutero Luiz, Ruy Polanah, Maria Sílvia, Rolando Boldrin, Tonico Pereira, Marcos Palmeira, Vanja Orico, entre outros.

Blogueiro assistiu no extinto cinema São Luiz (Maceió) e na TV aberta (Globo).

Cotação

Nota: 4,0.  

Sinopse: Baseado numa lenda do folclore amazônico, que conta que durante os festejos juninos, um boto torna-se homem para seduzir as mocinhas e engravidá-las. Tereza (Kiss), moradora de um vilarejo no feofó amazônico, noiva de Rufino (Latorraca), ver sua vida totalmente modificada quando é seduzida pelo boto em forma de homem (Riccelli). Achando pouco, o ser mitológico também seduz a adolescente Corina (Paes), irmã mais nova de Tereza. 

Comentários: Zapeando pelos canais na madrugada de terça para quarta, acabo surpreendido ao me deparar com a exibição deste clássico oitentista que pouca gente lembra ou conhece no Corujão da Globo. Se eu lembro, é por conta da memória afetiva de ter ido assistido garoto com meus amigos de infância, na sala do saudoso cinema São Luiz, aqui de Maceió, quando foi lançado nos cinemas em 1987. Na época, lembro-me que nos divertirmos muitos com esse filme e até achava que era um bom. Mas, revendo percebo que Ele, O Boto é um filminho até bem intencionado, mas, que peca pelo excesso, seja do roteiro regular, arrastado e repetitivo que acaba dando uma indevida duração maior que o necessário, seja pelo excesso de nudez, pela trilha chiclete a ponto de enjoar composta por Wagner Tiso, pelos trejeitos afetadíssimos em algumas cenas de Carlos Alberto Riccelli, que está mais para gazela do que para boto que bota na mulherada (Tosco trocadilho, admito. Mas, não me contive), e pela cara de paisagem na maioria das cenas de Cássia Kiss, novinha, impressionantemente em nada lembrando está atriz fenomenal que conhecemos hoje. Mas, nem tudo é ruim no filme, já que conta com belas locações, que é prejudicada em vários momentos pela fotografia escura, e por uma boa atuação de Dira Paes (meninona, mas, roubando a cena, impondo personalidade e sem medo de encarar cenas de nudez e a de sexo da foto ao lado), e, dando um descontaço, também do próprio Carlos Alberto Riccelli, que convence nas cenas de pegador sedutor (e apenas nessas, já que nas demais, a canastrice impera, a ponto de ser ridícula e patética, como na sequência que o boto se passa por gringo). Em síntese, vale apenas pela curiosidade. Caso a tenha, você pode conferir no vídeo abaixo.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 

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