segunda-feira, 29 de julho de 2024

O DOM DO MARTÍRIO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Assim Deus Mandou / O Diálogo das Carmelitas (Le Dialogue des Carmelites).
Produção francesa e italiana de 1960.

Direção: Raymond Leopold Bruckberger (creditado: R.L. Bruckberger) e Phillippe Agostini.

Elenco: Jeanne Moreau, Alida Valli, Madeleine Renaud, Pascale Audret, Pierre Brasseur, Jean-Louis Barrault, Anne Doat, Georges Wilson, Pierre Bertin, Claude Laydu, Judith Magre, entre outros.

Blogueiro assistiu no streaming (Lumine) em 29 de julho de 2024.

Sinopse
: Adaptação da peça teatral O Diálogo das Carmelitas de George Benanos, que por sua vez é baseado em fatos narrados no livro O Último ao Cadafalso, escrito por Gertrude von Le Fort. Em 1789, no auge da Revolução Francesa, a rotina pacata das freiras carmelitas no Mosteiro Compiègne muda drasticamente quando autoridades locais passam a ter uma marcação cerrada, fazendo visitas frequentes. É o início de uma perseguição onde o martírio por não renunciar a fé em Cristo será inevitável.

Comentários
: Longe da ideia romanceada que, inclusive, absurdamente até alguns professores passam sobre a Revolução Francesa, o fato é que houveram abusos e crimes terríveis cometidos pelos ditos revolucionários, alguns até piores dos que cometidos pelo absolutismo real. Este clássico sessentista retrata de forma tocante e emocionante um desses episódios sangrentos de perseguição religiosa. Contando com um ótimo roteiro, que não esconde suas origens teatrais, valorizado pelas excelentes atuações, o filme é uma pequena obra-prima que envolve e prende a nossa atenção do começo ao fim. A parte técnica que faz uma impecável reconstituição de época somada a uma direção competente de uma dupla afiada são a cereja deste excelente drama. Imperdível, inclusive até mesmo para os que não são religiosos. 
CotaçãoNota: 9,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

domingo, 28 de julho de 2024

ZOEIRA, SURPRESAS E DIVERSÃO SEM MODERAÇÃO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Deadpool & Wolverine.
Produção estadunidense, canadense, australiana e neozelandesa de 2024.

Direção: Shawn Levy.

Elenco: Ryan Reynolds, Hugh Jackman, Emma Corrin, Morena Baccarin, Rob Delaney, Leslie Uggams, Aaron Stanford, Matthew MacFadyen, Jon Favreau, Henry Cavill, Chris Evans, Jennifer Garner, Wesley Snipes, Channing Tatum, Dafne Keen, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 2 do complexo Cinesystem Maceió em 26 de julho de 2024.

Sinopse
: Baseado em personagens das HQs da Marvel Comics. Wade Wilson (Reynolds) está tentando ter uma vidinha normal e pacata, longe da ação como Deadpool. Isso acaba mudando quando ele descobre que o universo onde vive está com os dias contados. A fim de salvar sua realidade e as  pessoas que ama, o mercenário tagarela acaba tendo que pedi arrego ao Wolverine (Jackman) de outro universo.

Comentários: "Você está chegando numa má fase!" Essa frase dita por um dos protagonistas a outro resume muito bem a missão de Deadpool & Wolverine. Único filme da Marvel Studios em 2024 chega aos cinemas após um crescente queda de qualidade nas produções da Casa das Ideias causada por uma decisão equivocadíssima da Disney em aderir a militância woke. Tão logo foi anunciado que teríamos um terceiro filme do mercenário tagarela vivido com paixão ímpar por Ryan Reynolds, a grande dúvida é se seria contaminado ou se o astro, que também é um dos roteiristas e produtor, teria carta branca para manter o mesmo altíssimo padrão de qualidade e de zoeira dos filmes anteriores. Pela alfinetada da frase que abre este parágrafo, já deu para você perceber que, felizmente, prevaleceu o bom senso e Reynolds e companhia usaram e abusaram com eficiência a liberdade criativa dada.

Qualquer expectativa sobre o tão aguardado filme é superada.
Deadpool & Wolverine é um filme divertidíssimo do começo ao fim (literalmente pois, como já é esperado, rola uma cena pós-créditos), não apenas mantendo o padrão de qualidade dos anteriores, mas, acrescentando algo que os anteriores não tinham: um camada de emoção dramática na dosagem certa, sem deixar de zoar com tudo e com todos. De quebra, acaba sendo uma verdadeira cartilha de como entrega de forma eficiente, criativa e divertida o fanservice  que nos deixa boquiaberto e com um sorrisão de orelha a orelha. 

Isso tudo valorizado pela excelente direção de Shawn Levy, que nos presenteia com sequências de ação eletrizantes e utiliza de forma criativa a ótima trilha musical nostálgica que tem em mãos. Mas, sem dúvida, o grande destaque, como já era esperado, é o show de carisma e química dos protagonistas Ryan Reynolds e Hugh Jackman, que aproveitam ao máximo a amizade de anos na vida real para se divertirem e nos divertir. Sem sombra de dúvida já estão por merecimento no rol das maiores duplas da história do cinema, e por isso, não será surpresa, se for anunciado em breve que teremos mais produções com eles vivendo os personagens.

Deadpool & Wolverine
não é um filme perfeito e tem alguns problemas no roteiro, que traz uma boa trama mas que poderia ter sido mais bem elaborada. Mas, acaba sendo um defeito mínimo  pois somos presenteados com um blockbuster divertidíssimo, engraçado e empolgante, que provoca em nós não apenas deliciosas gargalhadas mas provoca em nós os mais variados sentimentos. Se será o filme que resgatará a Marvel ou mais um ponto fora da curva como foram Homem-Aranha: Sem Volta pra Casa e Guardiões da Galáxia Vol. 3 não sabemos. Mas sem sombra de dúvida, mostra para os engravatados da Marvel e da Disney o caminho para retornar a confiança dos fãs e o sucesso. CotaçãoNota: 9,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.



sábado, 27 de julho de 2024

A ESTRELA DEXXXCE!

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

MaXXXine.
Produção estadunidense, britânica e neozelandesa de 2024.

Direção: Ti West.

Elenco: Mia Goth, Elizabeth Debicki, Moses Sumney, Michelle Monaghan, Bobby Cannavale, Halsey, Lily Collins, Simon Prast, Charley Rowan McCain, Uli Latukefu, Giancarlo Esposito, Kevin Bacon, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 1 do complexo Cinesystem Maceió em 15 de julho de 2024.

Sinopse
: Último filme da trilogia iniciada por X: A Marca da Morte. Em 1985, a atriz pornô Maxine Minx (Goth) está em Hollywood tentando engatar uma carreira com atriz em filmes sérios. Ela acaba conseguindo o papel de protagonista numa sequência de um filme de terror. Mas, terríveis acontecimentos próximos a ela, além do risco do seu passado vim à torna, acabam complicando ainda mais sua jornada.

Comentários
: Após o interessante Pearl, a trilogia de terror da superestimada produtora A24, roteirizada e dirigida por Ti West, e estrelada pela promissora Mia Goth, chega ao seu desfecho com este filme que até tem uma premissa interessante e ao contrário dos anteriores, uma produção muito mais caprichada, recheada de um elenco estrelar. Talvez o orçamento consideravelmente melhor pode ter afetado a criatividade de West como roteirista, já que desperdiça premissas interessante numa trama insossa e chatinha, que acaba se perdendo com um clímax patético. Mesmo não tendo assistido o primeiro filme, afirmo que a tal maldição do terceiro filme está presente aqui, já que MaXXXine é ruinzinho e bastante decepcionante. 
CotaçãoNota: 4,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.