sábado, 24 de setembro de 2022

AGOIJE FOREVER.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

A Mulher Rei (The Woman King).
Produção estadunidense de 2022.

Direção: Gina Prince-Bythewood.

Elenco: Viola Davis, Thuso Mbedu, Lashana Lynch, Sheila Atim, Hero Fiennes Tiffin, John Boyega, Jayme Lawson, Adrienne Warren, Masali Baduza, Jordan Bolger, Jimmy Odukoya, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 4 do complexo Kinoplex Maceió em 23 de setembro de 2022.

Sinopse
: Inspirado em fatos. Na África Ocidental do século XIX, os reinos vizinhos Daomé e Oye vivem um climão de tensão com a paz entre eles estando por um fio de cabelo. Daomé conta com as Agoije, grupo de amazonas guerreiras da guarda do rei (Boyega), comandadas pela implacável Nanisca (Davis). Recém-chegada ao grupo, a jovem Nawi (Mbedu) se dedica ao máximo para se tornar uma das grandes guerreiras Agoije.

Comentários
: Se fosse lançado em outros tempos, com certeza este filme atrairia muito mais interesse pelo seu conteúdo e pelo elenco do que as desconfianças de ser mais um dos enésimos que priorizam a tal da lacração ao invés de uma boa trama. O grande problema, na minha humilde opinião (e por favor, respeite, caso não concorde comigo) é a exageradíssima forçada de barra da galera progressista em impor sua ideologia goela abaixo na produção cultural, e que sinceramente, já deu. Reforço que não sou contra os produtores optarem em divulgar suas ideologias e valores, desde que façam isso de forma criativa, inserida com coerência dentro da proposta e da trama da produção, ao invés de como está sendo feito. De cara, temos aqui o desfavor com esse título bizarro e, convenhamos, errado na maioria dos idiomas, e que acaba sendo um agravante aqui no Brasil, onde temos um número alarmante da analfabetos. Na minha ignorância, não entendo o que os esquerdistas têm contra o substantivo "rainha" e como uma mudança desta para o equivalente masculino contribui na valorização das mulheres e na luta contra o machismo. Além de ser uma ofensa as regras do idioma, só cria ranço e desinteresse de uma boa parte do público em conferir uma obra.

Se você conseguir superar o ranço logo de cara com o título e as supracitadas desconfianças reforçadas pelo trailer, vai acabar sendo surpreendido positivamente. Evidente que a tal da lacração está presente, mas, felizmente, de forma criativa e diluída na trama, que sequer percebemos, desde que não fique caçando as lacradas. Mérito das roteiristas que, inspiradas em fatos, entrega uma boa trama, envolvente e cativante, valorizada pelas ótimas atuações de um elenco talentoso e carismático (além da veterana e sempre ótima Viola Davis, destaque também Thuso Mbedu, que simplesmente brilha e até rouba a cena), uma direção competente e uma parte técnica impecável, que além de encher os nossos olhos, é muito eficiente na reconstituição de época.

Enfim, tente deixar o ranço e as desconfianças de lado, encare numa boa e não vai se arrepender, pois tem aqui um bom filme épico, com ação e drama na medida certa, que cumpre bem sua missão de divertir, entreter do começo ao fim (literalmente, já que rola uma cena no final dos primeiros créditos finais, que sinceramente, nem fede, nem cheira na trama, nem dar gancho para uma sequência). CotaçãoNota: 7,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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