sábado, 19 de abril de 2014

RELATOS BÍBLICOS PARA A GERAÇÃO GAME OF THRONES.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco.  

A Bíblia (The Bible).
Produção estadunidense de 2013.

Direção: Crispin Reece, Christopher Spencer e Tony Mitchell.

Elenco: Keith David, Diogo Morgado, Roma Downey, Sebastian Knapp, Amber Rose Revah, Darwin Shaw, Gary Oliver, Andrew Scarborough, Conan Stevens, Will Houston, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (DVD) nos dias 18 e 19 de abril de 2014.

Cotação

Nota: 8,5.  

Sinopse: Minissérie televisiva campeã de audiência nos Estados Unidos. Baseada na Bíblia Sagrada, a minissérie é composta de dez episódios, sendo os cinco primeiros narrando fatos do Antigo Testamento, como a criação do mundo, dilúvio, parte da vida de Abraão, Moisés, Sansão, Davi, entre outros e os cinco últimos narrando a vida de Jesus Cristo e a missão dos apóstolos após a Sua ressurreição e ascensão aos céus.

Comentários: Promessa é dívida e está aqui os comentários da minissérie bíblica que surpreendeu ao atingir o topo de audiência na TV dos States (provavelmente fato que despertou os produtores hollywoodianos a investir em filmes de temática bíblica) e foi exibida no Brasil timidamente na merda da Record. Claríssima tentativa de tornar atrativa as narrações bíblicas para a nova geração, apelando para efeitos especiais bacanas (em comparação aos padrões hollywoodianos chegam a ser toscos, o que acabou prejudicando a versão em longa metragem para os cinemas), com ritmo frenético e muita ação, o problema geral da minissérie é o uso exagerado da tal liberdade artística e a falta de profundidade no roteiro, o que acaba nos deixando sem apatia pelos personagens. Com exceção do primeiro e do segundo episódio (este para mim é um dos melhores da série), os outros que narram fatos do Antigo Testamento são chatinhos, apelando para episódios bíblicos de violência, onde a porrada corre solta (a sequência de Sodoma e Gomorra com os anjos saindo na porrada com os habitantes é patética demais). Mas, tem uma melhora significativa e volta ao ótimo nível dos dois episódios de estreia, quando chega aos relatos dos Evangelhos e dos Atos dos Apóstolos, mesmo que no caso daqueles, tenham recorrido a imitar descaradamente outras produções sobre Jesus Cristo, inclusive A Paixão de Cristo versão Mel Gibson. Aliás, falando em cópia, muitos destes episódios foram copiados e colados no longa O Filho de Deus, que vem acrescido de novas cenas, o que pode deixar uma sensação em que viu o filme de que foi enganado pagando para ver algo que já viu na telinha. 


Em síntese, se não fosse pelos dois primeiros episódios que narram fatos do Antigo Testamento e os cinco que narram fatos do Novo Testamento (particularmente, destes, o meu episódio favorito foi o último que faz uma síntese do livro do Atos dos Apóstolos,com um ator que interpreta Paulo de Tarso dando um show de interpretação, aliás, a melhor atuação de toda minissérie), com certeza, as minhas cotação e nota seriam bem abaixo da média. Mas, em compensação, no geral, a minissérie épica se sai bem melhor que adaptações brasileiras da emissora do bispo Macedo. Enfim, com erros e também acertos (é inegável que costurar as passagens bíblicas como se fosse uma única narração é excelente ideia e, neste ponto, os roteiros funcionaram perfeitamente), valeu a intenção de tentar atrair um público mais jovem para a leitura da Bíblia.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 



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