Filmes.
Filme de ação classe "c", made in Brasil.
No ano passado, foi lançado nos cinemas o filme de ação brasileiro Federal, anunciado como tão bom quanto Tropa de Elite. Ainda bem que adquiri a cópia pirata já que iria comprar gato por lebre.
A trama se passa em Brasília, onde uma equipe de policiais federais, lideradas por Vital (o sumido da mídia Carlos Alberto Richelli), tendo como novato Daniel (Selton Mello, totalmente desperdiçado), combate o tráfico de drogas na Capital Federal.
Ao contrário dos excepcionais filmes de Padilha, que tratava de forma real o mecanismo estatal de Segurança Pública, Federal não lembra em nada a verdadeira Polícia Federal. O roteiro que incluir seita religiosa que serve de fachada para o tráfico, alguém no Palácio do Planalto que é o cabeça do tráfico, entre outras situações que até poderiam render um ótimo filme, não tem profundidade e acaba perdido e solto na trama.
O chefe do tráfico interpretado por Eduardo Dusek é um vilão tosco e patético, que faz o traficante “brasileiro” do novo Velozes e Furiosos ser um personagem fiel à realidade. A presença descartável do norte-americano Michael Madsen, coadjuvante frequente em filmes norte-americanos classe “z”, as desnecessárias cenas de sexo a cada dez minutos e as patéticas cenas de ação que fazem a coreografia dos Power Ranger ser mais convincente, torna Federal um autêntico filme de ação “b”, fazendo corar de vergonha, produções deste sub-nível, estreladas por Lorenzo Lamas e cia.
Em síntese, Federal é um filminho tosco que nada contribui a excelente fase do nosso cinema. Totalmente dispensável à excepcional filmografia do Cinema Nacional.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Michael Madsen em cena de Federal. Como se não tivessemos canastrões suficientes em nosso país, importamos um made in USA. |
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