sexta-feira, 3 de junho de 2011

PIRATAS ORIGINAIS.

Filmes.
Piratas originais.

Ainda no clima de  Piratas do Caribe: Navegando em águas misteriosas, que assisti na quarta-feira da semana passada,  esta  semana, antes de comentar a nova empolgante aventura do carismático e aloprado pirata Jack Sparrow,  resolvi revisar suas três primeiras aventuras.

No geral, os  filmes da franquia, baseada num brinquedo  do famoso parque da Disney, tem ótimos e criativos roteiros. Toda os filmes são divertidos e empolgantes, excelentes aventuras à moda antiga, com muita ação e efeitos especiais  de primeira. A trilha de Hans Zimmer, é  excepcional  e marcante, que entrar no rol  das grandes  e marcantes trilhas, que tornaram ainda mais inesquecíveis grandes filmes  como Tubarão, Superman, a quadrilogia Indiana Jones e a trilogia  original Star Wars.  Mas, sem sombra de dúvida, a grande atração  da, até agora, quadrilogia Piratas do Caribe é o figuraça pirata Jack Spa... ops, digo, Capitão Jack Sparrow, interpretado  de forma excepcional, a cada filme, por Johnny Deep,que simplesmente é um show a parte e que praticamente é que mantêm a franquia firme  e forte.

Enfim, chega de conversa e vamos aos comentários das primeiras aventuras de Jack Sparrow e cia. 

Em 2003, Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra, aporta nos cinemas do  mundo inteiro. Dirigido por Gore Verbinski (que antes tinha dirigido a comédia O Ratinho Encrenqueiro) e produzido pelo especialista em blockbusteres Jerry Bruckheimer (responsável por Armageddon, Pearl Habor e outras mega-produções),  a excepcional aventura narrava a saga do pirata  Jack Sparrow (Deep) e do ferreiro Will Tunner (Orlando Bloom, um discreto e  bom coadjuvante de grandes produções  do começo da década), que se unem, após o temível Capitão Barbossa (Geoffrey Rush, como sempre, perfeito) e sua tripulação de piratas fantasmas, sequestrarem a lindissima e corajosa Elizabeth Swann (Keira Knightley, carismática), filha do governador (o ótimo Jonathan Pryce, hilário).

O filme é uma excelente aventura,  com um  roteiro empolgante, que prende a nossa atenção. Somos presenteados com ótimas atuações, em  especial, de Deep, que estreia dando um show como Sparrow, uma interpretação perfeita, que lhe valeu a merecida indicação ao Oscar. Seus colegas de elenco também estão afiadíssimos, mostrando um perfeito entrossamento.

O ótimo roteiro, as interpretações  excepcionais, somados a direção impecável, a empolgante trilha e aos impressionantes efeitos especiais,  fazem deste primeiro filme, até  agora, o  melhor de toda franquia. Sem exagero, um  dos melhores e mais divertidos  filmes da história do cinema.


Como de regra, filme que faz sucesso (e às vezes até que os que não fazem), obrigatoriamente,  tem continuações. Ao assistir esta semana o primeiro filme,  percebi que a intenção dos produtores era mesmo criar uma franquia, já que após os créditos finais (como a Marvel atualmente faz nos seus filmes), é exibida uma cena que dar pista de continuação. Tiveram a brilhante, mas não inedita, ideia de produzir, paralelamente, mais dois filmes da franquia. Em 2006, chega Piratas do Caribe: O Baú  da Morte, trazendo de volta praticamente toda equipe, o trio Deep, Bloom  e Knightley, como também boa parte dos coadjuvantes, incluindo Pryce, e com a ausência inexplicada  de Zoe Saldana (que  anos depois estrelou o mega-sucesso Avatar, como depois, fez Neytiri), que no original fazia a única pirata mulher da tripulação de Sparrow.

Na trama, os pombinhos Tunner e Swann, estão aos pés do altar, quando são presos por ter ajudado Sparrow a fugir no primeiro filme. Na verdade, mera desculpa para que a Companhia das Índias Orientais, use Tunner, para tentar recuperar a  búsola maluca que Sparrow leva consigo. Os piratas fantasmas da  vez agora são liderados pelo temível Davy Jones (Bill Nighy), o capitão que tem uma dívida de sangue com Sparrow. Temendo ser um morto-vivo, escravo de Jones, Sparrow precisa encontrar o misterioso baú da morte para escapar desta roubada. Além dos  piratas-fantasmas cara de animais marinhos (a maquiagem é um show a parte, supreende pelos detalhes  realistas),  Sparrow  e cia., enfrentarão novos perigos como tribo de canibais famintos e o terrível monstro marinho.

O filme tem um clima um pouco mais sombrio que o original, mas, como na maioria das continuações, é  mais fraco que o original. As tiradas engraçadas aqui são deixadas um pouco de lado, acentuando o clima de suspense, o que acaba limitando um pouco de Deep brilhar um pouco mais. Além disso, destaca-se um pouco a mais, o Will Tunner, de Bloom, que dar a leve impressão de aparecer mais  que Sparrow.

Mas o filme não é nenhuma bomba. Muito pelo contrário,  é divertidíssimo, consegue manter o nível do primeiro  e nos deixa ansioso para a próxima aventura, já que o filme, assim como a maioria dos filmes produzidos paralelamente, tem um final aberto à próxima aventura, com a supreendente  participação, não creditada, do excelente Geoffrey Rush, na pele do Capitão Barbossa. Ah, como fiz esta semana ao assisti o primeiro filme, fiz uso da tecla fast foward, e acabei descobrindo outro tesouro, ou seja, uma cena após a exibição dos créditos finais. Uma cena apenas engraçada, que nada influir para dar pista da continuação.


Depois de quase um  ano de espera, em 2007, é lançado Piratas do  Caribe: No Fim do Mundo, anunciado pelos produtores  como último filme  da franquia. Como no primeiro filme,  toda equipe está de volta,  como também o trio de protagonistas, agora reforçado com a volta do excepcional Geoffrey Rush, e boa parte dos ótimos coadjuvantes. Uma pequena participação de Chow Yun-Fat e uma micro-participação especial do roqueiro dos Rolling Stones, Keith  Richards, que interpreta o pai de Sparrow, são as únicas novidades do filme.

Na trama, repleta de conspirações, traições e  reviravoltas, o grupo de amigos de Sparrow, agora contando com a ajuda  do Capitão Barbossa, partem em uma nova jornada, para resgatá-lo do além e, reunido o quarteto de protagonistas do original, vão para os acertos de contas com o lorde lorde Cuttler Beckett da Companhia das Índias Orientais,  e  com o terrível Davy Jones.

O filme segue a regra que, geralmente, o terceiro filme  de uma franquia é o mais fraco. A trama é sombria, levada à sério demais, sendo arrastada exageradamente (o filme é  o  mais longo da série, com quase três horas de exibição), com um desfecho um pouco triste e  decepcionante. A aventura divertida aqui é substituída por um roteiro a la Senhor dos Anéis. Esta mudança de tom do senso humor para o rigor de um épico, acaba fustrando, em comparação ao original. Mas, o erro fatal do roteiro foi simplesmente colocar Jack Sparrow como mero coadjuvante. Aliás, o filme não tem protagonista, já que, nenhum dos personagens tem se destaca,

Mas, assim como o segundo filme, Piratas do Caribe: No fim do mundo, não é um filme péssimo. Prende a nossa atenção e  tem alguns momentos divertidos e  empolgantes, como na sequência de negociação entre os rivais, uma clara homenagem ao clássico Era uma vez no Oeste, de  Sérgio Leone e a sequência do casamento de Will Tunner e Elizabeth Swann em  plena batalha final. A cena pós-créditos finais. Ao contrário dos anteriores e do novo filme, onde estas pequenas cenas serviam para ligar uma aventura a outra, aqui, serve para dar um final feliz a um dos personagens. Os efeitos especiais são impressionantes e o elenco, como sempre, é um show a parte, apesar de estarem limitados por causa  do confuso e fraco roteiro.

Em síntese, mesmo sendo o filme mais fraco da franquia, Piratas do Caribe: No fim do mundo, ainda  consegue superar muitas outras produções. Afinal, trata-se de um franquia acima da média, que tem deu uma nova  roupagem  aos filmes de aventuras estrelados por piratas.


Apesar  de ter sido anunciado como o último filme, ao final de Piratas do Caribe: No fim do mundo, inicia-se a corrida de Barbossa e Sparrow pela mítica Fonte da Juventude, enredo do  novo filme, Piratas do Caribe: Navegando em águas misteriosas, lançado há duas semanas, que comentarei  na próxima postagem. O que posso adiantar é que o novo filme abandonou o tom sombrio e sério dos dois últimos filmes, e retornou ao clima festivo do original, dando um novo folêgo a franquia, que só está começando.

Vida longa a Jack Sparrow, Barbossa e cia.! Os fãs dos ótimos filmes de aventura, agradecem.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

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