quarta-feira, 16 de junho de 2010

ESQUADRÃO "DIVERSÃO" CLASSE A & COMÉDIA PLANO B.

Hoje é quarta-feira! É o dia que aproveito a minha folga no trabalho e na faculdade para ir ao cinema. E nem venham inventar de fazer reunião no trabalho ou na missão da Igreja, e aula extra na faculdade, que eu não dou as caras. Se Deus descansou quando criou o mundo, quanto mais eu que sou filho dEle.
Hoje, fui assistir dois lançamentos do último fim de semana. Como sempre sozinho. Tenho que começar a me acostumar com esse "deja vu" da minha adolescência.
O primeiro que assistir foi Esquadrão Classe A, versão para o cinema do seriado telivisivo dos anos 80, que alegrou muito o patrão Silvio Santos, graça a boa audiência que o seriado norte-americano dava a sua rede de televisão. Particularmente não lembro do seriado pois na época em que ele era exibido, a TV Alagoas já tinha deixado de ser afiliada do SBT, sendo afiliada da extinta TV Manchete.
O filme é divertídissimo, com aquelas cenas de ação repleta de mentiras que tanto amamos, propagada esgotadamente nos filmes de ação dos anos 80 e 90, principalmente os estrelado pelo governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger. Apesar de ser um filme de ação, Esquadrão Classe A, nos faz rir em muitas cenas e, o mais incrível, é um filme de violência leve, sem sangue jorrando para tudo que é lado como a maioria dos filmes de ação. O elenco destaca-se por está afiadíssimo e bem a vontade com os seu personagens. Com certeza, foi diversão para todos os envolvidos, que conseguiram repassar para nós. Lembra muito os dois filmes, também baseados em uma série de TV - As Panteras e As Panteras Detornando -, mas com roteiro mais interessante e cenas de ações mais empolgantes que as lindonas.
A trama gira em torno de um grupo de elite dos fuzileiros que em sua última operação no Iraque, pós-guerra, são traídos e são julgados e condenados injustamente. 6 meses depois que estão separados em prisões diferentes, cada um foge de forma mirabolante, surreal e engraçada, juntam-se novamente e vão em busca de limpar os seus nomes. O roteiro é meio sem lógica, o que justifica ser apenas uma desculpa para nos divertir bastante, com cenas de ações empolgantes e tiradas de humor hilárias de todos os personagens com destaque a medo de voar do personagem B.A., e as loucuras do Murdock, com direito a sátira aos Blue Men e ao filme Coração Valente.
Enfim, um ótimo filme, divertido, que prende a atenção da primeira aos créditos finais, que eu recomendo para todos que curte um bom filme de ação, sem grosseiria e violência extrema. Confiram!
Ah, o cartaz de Esquadrão Classe A diz que não existe Plano B. Na verdade existe sim. É uma comédia romântica bobinha, estrelada pela gatíssima Jennifer Lopez, que passo a comentar agora.

Não me perguntem o porquê um cara sem namorada, ir sozinho ao cinema, assistir uma comédia romântica, pois nem eu mesmo sei. Deve ser a ociosidade, a vontade de matar o tempo e me preparar para o pior dia da minha semana que é quinta-feira, onde lenciono dois horários e ainda vou a faculdade a noite para assistir quatro aulas. Durma com um trauma deste!
Plano B é a típica comédia boba romântica, onde tudo termina num final feliz, ao contrário da realidade de um relacionamento homem e mulher que começo acreditar ser uma loteria misturada com roleta russa.

O filme conta história de Zoe, interpretada pela gostossísma Jennifer Lopez, uma mulher que sonha em constituir uma família, mas sem sorte nos seus relacionamentos. Então, ela resolve fazer um inseminação artificial. No dia em que faz esta, ao sair da clínica, conhece Stan. Depois de idas e vindas acabam se apaixonando, algo típico deste tipo de filme. Mas o filme chega a ser interessante, com várias cenas engraçadas, em especial a cena de parto de uma das personagens secundárias, participante de um grupo de ajuda intitulada "Mães Solteiras Felizes", os conselhos de um maluco pai de três filhos e as com cachorrinho da personagem da Jennifer que rouba a maioria das cenas que participa.
Apesar de ser diversão leve e boba, daquelas dispensáveis para quem não curte filmes como esse, o roteiro até que é interessante e aprofunda um pouco os protagonistas, algo raro em filmes deste tipo. Em certa cena, o namorado pergunta a Zoe porque ela não fala do pai, que responde que ele abandonou sua mãe tão logo ela ficou doente com um cancêr terminal, o que justifica a personagem de Jennifer ser insegura em relacionamentos amorosos. Em outra cena, idalgado pela até então pretendente a namorada, o mocinho diz que nunca pensou em casamento, pois em seu único casamento, sua ex-esposa o traiu.
Enfim, a química entre o casal de protagonistas, boas interpretações de todo elenco e algumas cenas engraçadas, fazem de Plano B é um comédia leve acima da média deste gênero de filme. Quem estiver só, como eu, pode ir assistir, mesmo que filmes como esse são feitos para ser assistido à dois, pois este filme é divertido e fará rir do mesmo jeito. Mas convenhamos que rir a dois e reconhecer na tela algumas atitudes dos protagonistas como sendo suas ou da pessoa amada, é melhor ainda.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

EU RECOMENDO: PRÍNCIPE DA PERSIA - AS AREIAS DO TEMPO.

Não costumo ir aos cinemas aos domingos, até porque, além de geralmente eu está em Missão pela PJ Arquidiocesana, o ingresso é mais caro. rssss... Mas ao perceber que a diferença entre o valor do ingresso de estudante do fim de semana e de segunda e quarta, dias que eu costumo ir, era apenas de míseros R$ 3,00, aproveitei que estava num raro domingo livre de compromissos da missão PJoteira, entrei nas costumeiras lentas e chatas filas dos Cinemas do Shoping Maceió e fui assistir o lançamento da semana Príncipe da Persia - As Areias do Tempo.
Nossa, que filmaço! Pagava dez vezes mais para assisti-lo. Valeu cada centavo gasto com ingresso, pipoca e coca-cola. Não lembro da última vez que fui a cinema e esqueci totalmente os problemas da vida, prendendo toda atenção a um filme, mesmo indo, como sempre, sozinho. E essa sensação não é exclusividade minha, mas, pelo menos, de todos que estavam ontem no Cine Maceió 2, na sessão das 18:30, principalmente muitas famílias, que me fez recordar nostalgicamente dos tempos que ia com meus pais assistir os filmes de férias dos saudosos Os Trapalhões e o inesquecível e um dos meus cinco filmes favoritos, ET - O Extra-Terreste, de Spielberg.
Também não lembro da última vez que vi o público vibrar com as cenas de ação e rir daquelas que a proeza do príncipe Dastan eram exageradas, sob-humanas; vibrar e aplaudir com o primeiro beijo dos mocinhos; nem muito menos aplaudir um filme após a sua exibição. Eu mesmo sair do cinema empolgadíssimo e com uma excelente sensação de bem-estar. Tanto que esperei pacientamente a mais lenta e chata fila do Bompreço para fazer umas compras que minha mãe tinha pedido e também o cara da barraquinha de sanduíche, que ao esquecer o meu pedido, atendeu 5 pedidos de um turma que chegou depois de mim. E confeso que somente hoje de manhã, ao acordar, é que vieram a torna os problemas da minha vida e minha irritação com a distração desastrosa do meu amigo Fábio, dono da barraquinha. rsss...
Príncipe da Persia consegue a proeza, em tempos que Hollywood se preocupa mais com os efeitos e ignora o roteiro, de fazer um excelente filme , com história interessante e efeitos especiais de última geração. Isso somado ao um elenco afiado, com destaque a química perfeita entre o casal de protagonistas Jake Gyllenhaal e Gemma Arterton e a interpretação inspirada do grande ator Ben Kingsley, interpretando um vilão cínico, fingido e manipulador.
Príncipe da Persia é o típico filme familiar: Muita aventura, ação, mas sem violência grosseira (tanto que não vemos uma gota de sangue na tela), com excelente e criativo roteiro que prende a nossa atenção da primeira à última cena, nos fazendo vibrar.
Não percam tempo, nem tão pouco esperem o lançamento em DVD e, principalmente, não assistam a versão pirata filmada dentro de algum cinema, que já deve está sendo vendida em algum camêlo. Assistam o quanto antes este filmaço num cinema perto de você e divirtam-se.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

RECONTANDO AS MESMAS HISTÓRIAS DE FORMA DIFERENTE.

Este ano Hollywood está refilmando várias histórias. Falta de criatividade? A primeira vista sim. Mas ao observamos com mais cuidado, veremos que não é bem assim. Quatro filmes, que assistir a pouco tempo, têm em comum, além de ser grandes sucessos de bilheterias e filmes caríssimos que abusam dos efeitos especiais, é justamente o fato dos quatro contarem a mesma história de forma diferente.

O primeiro que eu assistir da safra 2010 de remakes foi Alice no País das Maravilhas, do diretor Tim Burton, já conhecido pelo seus filmes com tom obscuro e histórias malucas com personagens mais pirados ainda. Para refilmar Alice não teria diretor mais perfeito. A novidade sem dúvida é a história. Ao contrário que muitos pensavam, Alice não é a garotinha que se aventura pela primeira vez no País que devia se chamado "País das Maluquices", mas uma jovem de 19 anos, prestes a contrair um matrimônio arranjado com um seboso mauricinho. Na verdade o título do filme deveria se chamar "Alice DE VOLTA AO País das Maravilhas". Mas o diretor e os produtores hollywoodianos preferiram manter o título do grande sucesso do cinema e da literatura, correndo o risco de fustrar os fãs de ambos os formatos.
Infelizmente, assistir a versão dublada e só ficou memorável para mim a chatíssima frase "Corte a cabeça!" dita repertinamente pela dubladora da Rainha de Copas. Mesmo dublado e com muita maquiagem, deu para perceber que ela foi bem interpretada por Helena Bonham Carter, ao contrário da sua irmã Rainha Branca, interpretada (se é que podemos chamar assim), de forma robótica, ridícula e sem sal por Anne Hathaway. Percebi também que Jonnhy Deep, interpretou da mesma forma afetada de sempre, o que tornaria o Rambo um Bambi, graças aos trejeitos exagerados e caricatos do talentoso ator. Chapeleiro Louco caiu como uma luva para um ator tão acostumado a interpretar tipos esquisitos.
A falha mais grosseira de Alice sem dúvida foi o pouco uso do recurso 3D, o que decepcionou um pouco. Mas que conseguiu superar, neste quesito, Fúria de Titãs, onde praticamente não se percebe esta tecnologia.
Enfim, com erros e acertos, Alice é um filme bom e divertido que podemos assistir em família.

O segundo foi o remake do clássico do terror dos anos 80 e um dos filmes mais assíduo da extinta Sessão das Dez do SBT, A Hora do Pesadelo. O roteiro muito interessante, mesclando cenas do original refeitas (numa clara homenagem ao original), com fatos e personagens ineditos. Se comparar com o original perde feio, até porque tiraram o carismático ator de todos os filmes anteriores Robert Englund e deram o papel do vilão-protagonista para um desconhecido, sem graça e sem talento nenhum. Isso sem falar que a maquiagem do personagem Freddy Krueger estava ridícula, não assustando ninguém, que nem mesmo os tradicionais "Alaursos" dos carnavais aqui em Alagoas, usaria. Para quem curte filme de terror é um ótimo filme, evitando comparar com o original de Wes Craven. Nota 8,5.
O outro filme desta onda de remake, e na minha opinião o melhor e mais criativo e original dos quatro, é Robin Hood, do grande diretor hollywoodiano, Ridley Scott. Confeso que não esperava grande coisa deste filme, até porque não gosto muito do chatérrimo e metido a merda, Russel Crowe. Mas fui supreendido com um excelente filme, como ótimas interpretações e um roteiro muito criativo e empolgante, já que, ao contrário de contar a tão manjada história do herói que rouba dos ricos para dar aos pobres, narra um Robin mais humano, sério, envolvido com causas políticas, antes de se tornar o lendário herói. As cenas de batalha recorda muito o grande filme Coração Valente, de Mel Gibson, mas não tira o mérito de Robin Hood ser um excelente, criativo e empolgante filme. Nota 8,5.

Por fim, Fúria de Titãs, refilmagem de um clássico tosco da antiga e saudosa Sessão da Tarde. Muitos efeitos especiais, mas o 3d é praticamente nulo, pois não percebemos a diferença entre assisti-lo neste formato e convencional. De fato, foi a maior decepção deste filme, já que a divulgação exaltava que "A fúria começa em 3D." Devia ter sido completado com a frase: "3D???? Aonde????"
O filme tem um roteiro mediano, com muita ação, mas com diálogos e coerência na história que deixaram a desejar, principalmente na cena de encontro dos talentosos Liam Neeson e Ralph Fiennes, respectivamente protagonista e antogonista de A Lista de Schindler, e o clímax , onde a tão esperada luta de Perseu contra o deus Hades, assassino de sua família, resumiu-se em apenas um golpe. Fora isso, também achei um bom e divertido filme, que também nos levar a reflexão e comparação com a nossa fé. Falarei mais deste filme, num artigo que escreverei comparado a mitologia grega com o Cristianismo.

Bem, a onda de remake não para. Esta semana estreia Esquadrão Classe A, versão para o cinema do famoso seriado dos anos 80, que alavancou a audiência do SBT. Em agosto, chega Karatê Kid, onde os produtores teimam em chamá-lo asssim, já que o filme, estrelado pelo filho do Will Smith, coloca o protagonista na China, aprendendo Kung-fu com o mestre Han, interpretado pelo grande ator e lutador Jackie Chan, ao invés de aprender Karatê, na ensolarada Califórnia, com o inesquecível Sr. Miyagi, interpretado magistralmente pelo saudoso Pat Morita. O ideal seria chamar o filme Kung Fu Kid, mas como os gananciosos e muitas vezes burros produtores hollywoodianos preferem o título original, será inevitável a comparação com o original outro clássico da saudosa Sessão da Tarde, o que correrá o grande risco de tornar esta versão um grande fiasco.

Falta de criatividade ou recontar a história de forma criativa? A dúvida permanece e não serei eu, um simples cinéfilo a esclarecê-la. Cabe a cada um analisar cuidadosamente cada um destes e outros filmes que foram e virão a ser refilmados.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.