Hoje é quarta-feira! É o dia que aproveito a minha folga no trabalho e na faculdade para ir ao cinema. E nem venham inventar de fazer reunião no trabalho ou na missão da Igreja, e aula extra na faculdade, que eu não dou as caras. Se Deus descansou quando criou o mundo, quanto mais eu que sou filho dEle.
Hoje, fui assistir dois lançamentos do último fim de semana. Como sempre sozinho. Tenho que começar a me acostumar com esse "deja vu" da minha adolescência.
O primeiro que assistir foi Esquadrão Classe A, versão para o cinema do seriado telivisivo dos anos 80, que alegrou muito o patrão Silvio Santos, graça a boa audiência que o seriado norte-americano dava a sua rede de televisão. Particularmente não lembro do seriado pois na época em que ele era exibido, a TV Alagoas já tinha deixado de ser afiliada do SBT, sendo afiliada da extinta TV Manchete.
O filme é divertídissimo, com aquelas cenas de ação repleta de mentiras que tanto amamos, propagada esgotadamente nos filmes de ação dos anos 80 e 90, principalmente os estrelado pelo governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger. Apesar de ser um filme de ação, Esquadrão Classe A, nos faz rir em muitas cenas e, o mais incrível, é um filme de violência leve, sem sangue jorrando para tudo que é lado como a maioria dos filmes de ação. O elenco destaca-se por está afiadíssimo e bem a vontade com os seu personagens. Com certeza, foi diversão para todos os envolvidos, que conseguiram repassar para nós. Lembra muito os dois filmes, também baseados em uma série de TV - As Panteras e As Panteras Detornando -, mas com roteiro mais interessante e cenas de ações mais empolgantes que as lindonas.
A trama gira em torno de um grupo de elite dos fuzileiros que em sua última operação no Iraque, pós-guerra, são traídos e são julgados e condenados injustamente. 6 meses depois que estão separados em prisões diferentes, cada um foge de forma mirabolante, surreal e engraçada, juntam-se novamente e vão em busca de limpar os seus nomes. O roteiro é meio sem lógica, o que justifica ser apenas uma desculpa para nos divertir bastante, com cenas de ações empolgantes e tiradas de humor hilárias de todos os personagens com destaque a medo de voar do personagem B.A., e as loucuras do Murdock, com direito a sátira aos Blue Men e ao filme Coração Valente.
Enfim, um ótimo filme, divertido, que prende a atenção da primeira aos créditos finais, que eu recomendo para todos que curte um bom filme de ação, sem grosseiria e violência extrema. Confiram!
Não me perguntem o porquê um cara sem namorada, ir sozinho ao cinema, assistir uma comédia romântica, pois nem eu mesmo sei. Deve ser a ociosidade, a vontade de matar o tempo e me preparar para o pior dia da minha semana que é quinta-feira, onde lenciono dois horários e ainda vou a faculdade a noite para assistir quatro aulas. Durma com um trauma deste!
Plano B é a típica comédia boba romântica, onde tudo termina num final feliz, ao contrário da realidade de um relacionamento homem e mulher que começo acreditar ser uma loteria misturada com roleta russa.
O filme conta história de Zoe, interpretada pela gostossísma Jennifer Lopez, uma mulher que sonha em constituir uma família, mas sem sorte nos seus relacionamentos. Então, ela resolve fazer um inseminação artificial. No dia em que faz esta, ao sair da clínica, conhece Stan. Depois de idas e vindas acabam se apaixonando, algo típico deste tipo de filme. Mas o filme chega a ser interessante, com várias cenas engraçadas, em especial a cena de parto de uma das personagens secundárias, participante de um grupo de ajuda intitulada "Mães Solteiras Felizes", os conselhos de um maluco pai de três filhos e as com cachorrinho da personagem da Jennifer que rouba a maioria das cenas que participa.
Apesar de ser diversão leve e boba, daquelas dispensáveis para quem não curte filmes como esse, o roteiro até que é interessante e aprofunda um pouco os protagonistas, algo raro em filmes deste tipo. Em certa cena, o namorado pergunta a Zoe porque ela não fala do pai, que responde que ele abandonou sua mãe tão logo ela ficou doente com um cancêr terminal, o que justifica a personagem de Jennifer ser insegura em relacionamentos amorosos. Em outra cena, idalgado pela até então pretendente a namorada, o mocinho diz que nunca pensou em casamento, pois em seu único casamento, sua ex-esposa o traiu.
Enfim, a química entre o casal de protagonistas, boas interpretações de todo elenco e algumas cenas engraçadas, fazem de Plano B é um comédia leve acima da média deste gênero de filme. Quem estiver só, como eu, pode ir assistir, mesmo que filmes como esse são feitos para ser assistido à dois, pois este filme é divertido e fará rir do mesmo jeito. Mas convenhamos que rir a dois e reconhecer na tela algumas atitudes dos protagonistas como sendo suas ou da pessoa amada, é melhor ainda.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Cinéfilo.