= Excepcional. / = Muito bom. / = Bom./ = Regular. / = Fraco. / = (Preciso mesmo dizer?).
Produção australiana e estadunidense de 2024.
Direção: George Miller.
Elenco: Anya Taylor-Joy, Chris Hemsworth, Tom Burke, Alyla Bowne, George Shevtsov, Lachy Hulme, John Howard, Angus Sampson, Charlee Fraser, Elsa Pataky, Nathan Jones, Josh Helman, David Field, Rahel Romahn, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala 2 do complexo Cinesystem Maceió em 30 de maio de 2024 .
Sinopse: Spin-off da franquia Mad Max. Muitos anos antes dos eventos mostrados em Mad Max: Estrada da Fúria, Furiosa (Taylor-Joy) é raptada ainda criança (Bowne) por membros da gangue do malvadão Dementus (Hemsworth). É o início de uma jornada de dor e sofrimento, que irá forjá-la para um dia acertar contas contra Dementius.
Comentários: Antes de comentar o filme em tela, permita-me falar que até agora não vi ninguém falar sobre o diretor George Miller. Não sei que tabu é esse, mas, o fato é que o cara, que indiscutivelmente, é um dos grandes realizadores da sua geração, tem etarismo (preconceito com idade). Após trocar Mel Gibson por Tom Hardy no filme anterior, agora foi a vez dele descartar Charlize Theron, e substituí-la pela brigadeiro de festa jovial Anya Taylor-Joy. A desculpa esfarrapada desta vez até é convincente (e pode ser por isso que ninguém falou sobre o claro etarismo de Miller) por conta do filme ser uma prequel de Estrada da Fúria, mas, acaba caindo por terra na última cena do filme, quando refaz uma sequência deste com Taylor-Joy. Enfim, dada a minha humilde opinião sobre Miller, vamos ao que realmente interessa.
Ironicamente, o "garotão" de 79 anos George Miller parece que está começando a envelhecer, já entrega aqui um filme aquém do seu inegável talento. Não que Furiosa seja um filme ruim. Muito pelo contrário, até mantém o mesmo climão pós-apocalíptico da franquia, prende a atenção pelo bom roteiro, que traz uma trama básica e clichê de jornada de herói (no caso aqui, heroína), e pelas boas atuações, com Taylor-Joy mandando muito bem como Furiosa, seguindo direitinho a atuação de Charlize Theron, e pela roubada de cena de Chris Hermsworth, e principalmente, da pequena Ayla Bowne, que arrasa com o início da jornada da protagonista, segurando muito bem na carga dramática.
O problema é que Miller entrega um filme bem genérico, com sequências de ação nada inspiradas e com os efeitos práticos, uma das principais características da franquia, quase inexistentes, o que acaba frustrando um pouco. Pelo menos são boas e algumas chegam a empolgar. Mas, diante do que Miller entregou no filme anterior, é óbvio que nesse quesito, esperávamos outro espetáculo.
Mesmo com essa derrapada, o fato é que Furiosa: Uma Saga Mad Max cumpre satisfatoriamente sua função de entreter com uma boa jornada de origem de uma icônica personagem. Não é o pior filme da franquia mas acaba comendo poeira na estrada da maioria dos anteriores. Cotação: / Nota: 7,0.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
Cinéfilo alagoano.