Desde que inventei de elaborar listas aqui no blog, que não queimei tanto neurônios como nesta onde trago, na minha humilde opinião, os melhores filmes do nosso aniversariante de hoje, Harrison Ford. E não foi a toa, afinal, o cara que foi eleito, merecidamente, o maior astro do século XX, que atualmente está em cartaz nos cinemas dando voz ao galo na animação Pets 2, tem uma filmografia repleta de filmaços, boa parte deles, no rol dos melhores da história da sétima arte. Para você ter ideia, dos onze filmes aqui listados (sim, tivemos um inevitável empate), oito receberam nossa nota máxima quando foram avaliados. Obviamente, uma lista como essa traz muitas controvérsias em relação a posição que cada filme ocupa, logo, não se sinta obrigado a concordar comigo, mas, duvido que você discorde da presença de algum. Como bônus, citaremos alguns filmes que contam com Ford no elenco que mesmo não estando entre os melhores, também valem a pena conferir. Enfim, mais rápido que o salto da luz da Millenium Falcon ou do tiro letal de Indiana Jones num espadachim exibidão, vamos a nossa lista.
Harrison Ford não foi o primeiro ator a viver Jack Ryan (antes dele, Alec Baldwin tinha dado vida ao personagem saído dos livros do escritor Tom Clancy), muito menos será o último (até agora, o personagem foi interpretado por Ben Affleck, Chris Pine e mais recentemente, por John Krasinski), mas, indiscutivelmente foi na pele do veterano ator que o agente fodão da C.I.A. ganhou sua versão mais memorável. Destaque para o primeiro dos dois filmes em que Ford viveu o personagem, um thriller eletrizante envolvente e empolgante do começo ao fim. Uma pena que o filme seguinte, Perigo Real e Imediato, mesmo com Ford cumprindo bem sua função com uma boa atuação, não repetiu a mesma qualidade. Mas, em compensação, Jogos Patrióticos é um filmaço tão espetacular que nos faz ignorar totalmente o decepcionante filme seguinte. Cereja do bolo: o encontro em carne e em osso de Ford com o veterano James Earl Jones, responsável por dar voz ao icônico vilão Darth Vader na franquia Star Wars.
Para você ver o naipe da nossa lista, uma obra-prima cultuadíssima da sétima arte ocupa a nossa nona colocação, e que com certeza para muitos figura entre os primeiros melhores filmes de Ford. O mestre Ridley Scott conduz com maestria este filmaço, trazendo todo o clima noir dos filmes policiais dos anos 1940 para uma ficção cyberpunk, que ganha um dos seus melhores exemplares. Com atuações memoráveis de um excepcional elenco inspiradíssimo encabeçado por Ford, numa das melhores de suas atuações, emplacando de cara mais um icônico personagem, que recentemente ele voltou a viver no ótimo Blade Runner 2049.
Falando em Ford voltando viver um icônico personagem, nossa lista prossegue com o retorno espetacular do astro como o cultuadíssimo Han Solo. No oitavo episódio da saga intergalática, Ford nos brinda com uma despedida emocionante e memorável como Solo, nos levando ao máximo da euforia e ainda arrancando algumas lágrimas com o desfecho épico do seu personagem.
Ainda dentro da franquia Star Wars, o filme que encerra a primeira trilogia lançada, não poderia ficar de fora da nossa lista dos melhores filmes de Ford, mesmo que seja malhado por alguns fãs. Devido ao final do filme anterior, nosso figuraça anti-herói demora um pouquinho para aparecer em cena. Mas, quando finalmente isso ocorre, Ford mais uma vez dar um show de carisma no personagem, mandando muito bem nas cenas de ação e de quebra, com uma boa atuação.
Por mais que o Episódio VI de Star Wars seja um filmaço, a dança das cadeiras na posição da nossa lista começou realmente aqui. Confesso que dar dó colocar a segunda aventura do arqueólogo Indiana Jones nesta colocação, mas, reconheço também que, pela altíssima qualidade dos demais concorrentes, acaba não sendo uma posição tão desonrosa. Três anos depois do debute excepcional do aventureiro nas telonas, o trio Ford, Steven Spielberg (diretor) e George Lucas (produtor e junto com Spielberg criado do personagem) voltam com tudo, nos presenteando com uma aventura eletrizante, com ritmo frenético do começo ao fim. Aqui, Ford está ainda mais a vontade com o herói, dando um show de atuação e carisma, e de quebra, com uma química perfeitíssima com seus parceiros de aventura. Uma diversão espetacular que simplesmente é um dos melhores filmes do gênero de aventura de todos os tempos.
Han Solo e Indiana Jones foram responsáveis para que alguns críticos, no final dos anos 1980, elegessem Ford como o maior astro de ação dos anos 1980, à frente de Stallone e Schwarzenegger, algo que, particularmente, eu discordei. Mas, isso não quer dizer que o astro não deixe de ser lembrado como um dos maiores do gênero. Justamente suas duas maiores contribuições a este, são produções da década seguinte, que na nossa lista acabaram rendendo um empate. A primeira é a fodástica adaptação do seriado televisivo homônimo. O experiente diretor de filme Andrew Davis - que já havia presenteado os filmes de ação B com os ótimos Código do Silêncio com Chuck Norris, Nico: Acima da Lei e o primeiro A Força em Alerta, ambos com Steven Seagal -, chega ao ápice de sua carreira com este filmaço eletrizante, que rendeu sete indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, e que premiou Tommy Lee Jones com a estatueta careca de Melhor Ator Coadjuvante. Injustamente, Ford não foi indicado, já que aqui, ele tem uma das melhores atuações de sua carreira.
O que não falta nas produções hollywoodianas é um presidente dos Estados Unidos muito fodão. E sem sombra de dúvida, o maior deles é James Marshall, interpretado por Ford neste filmaço de ação dirigido pelo alemão Wolfgang Petersen. O cara simplesmente manda para as picas a liturgia do cargo para defender sua família, saindo na porrada com os terroristas que sequestram o avião presidencial. Além das fodásticas e empolgantes sequências de ação, este filmaço de ação espetacular traz os shows de atuação de Ford e de Gary Oldman, que dar vida ao líder dos terroristas.
A disputa acirrada volta a ser entre as duas maiores franquias da filmografia de Ford, e irá permanecer até o topo da lista. O debute da saga intergalática criada pelo mestre George Lucas não apenas é um marco na história do cinema, mas, um verdadeiro divisor de águas na carreira de Ford, que a partir de daqui chega ao estrelato. E não é a toa, pois no Episódio IV da saga, ele simplesmente ele rouba a cena, dando um espetáculo de atuação à parte, esbanjando carisma como o icônico adorável canalha mercenário, que de cara, já entrou na seleta galeria dos personagens mais icônicos da sétima arte e um dos mais memoráveis e cultuadíssimos da saga Star Wars.
Depois de dois filmaços divertidíssimos, a terceira aventura do icônico arqueólogo eleva ainda mais a qualidade da excepcional franquia. O carismático aventureiro encarar mais uma vez os nazistas - incluindo o próprio Hitler -, só que desta vez, na companhia do seu pai, o figuraça Henry Jones, vivido de forma magistral por Sean Connery. Além do show de atuações individuais, Ford e Connery arrasam numa química perfeitíssima entre eles, neste filmaço empolgante e em ritmo frenético do começo ao fim. O mestre Spielberg eleva a franquia ao grau máximo, presenteando a sétima arte e o gênero de aventura, com um dos seus melhores exemplares, insuperável até hoje, mesmo depois de trinta anos.
Não é a toa que o Episódio V é até hoje o melhor filme da fodástica franquia Star Wars. Depois do debute espetacular, a saga prossegue com o mestre George Lucas atuando como o produtor e roteirista, passando a batuta para o saudoso Irvin Kershner, que numa destas tristes ironias da vida, tem aqui seu único trabalho memorável. E que trabalho! Elevando a franquia a um nível épico excepcional, somos presenteados com as sequências, não apenas mais memoráveis da saga, mas de toda história da sétima arte. Ford chega ao ápice de sua atuação como Solo, dando um show ainda maior de carisma, com direito até uma das respostas e reações a uma declaração de amor mais icônicas de todos os tempos. Leva a nossa prata, mas, assim como a maioria dos filmes da nossa lista (precisamente, a partir da sexta colocação), com gostinho de ouro.
No meio na dança de cadeiras com tanto filmaços espetaculares, que me fez queimar consideravelmente mais neurônios que o habitual, o debute do icônico aventureiro acaba levando o título do melhor filme de Harrison Ford. Logo no seu debute no personagem, o astro dar um show de atuação, com charme e carisma para dar e vender, neste filmaço que fez e ainda faz escola, redefiniu o gênero de aventura, e que até hoje é insuperável. Impossível imaginar que o personagem não tenha sido inicialmente escrito para o astro (Tom Selleck era o escolhido, mas, graças a Deus, conflito com as filmagens do seriado televisivo Magnum, acabou fazendo o bigodudo pular fora), pois, simplesmente, Ford é Indiana Jones. O saudoso River Phoenix até mandou bem como o jovem Indy, mas, seguindo fielmente os trejeitos, maneirismos e até mesmo as expressões faciais de Ford. Pode ser que um dia, algum ator consiga dar cara própria ao arqueólogo, mas, acredito que dificilmente irá superar o show de atuação do nosso aniversariante de hoje como Indy.
VALE A PENA CONFERIR...
American Graffiti - Loucuras de Verão.
Na primeira parceria com o mestre George Lucas, Ford simplesmente rouba a cena com sua pequena participação, que acabou sendo seu primeiro papel de destaque nas telonas, neste clássico setentista sobre um grupo de jovens amigos nos anos 1960, que traz nos papéis principais os também astros promissores Richard Dreyfuss e o então futuro diretor Ron Howard.
Apocalypse Now.
Um clássico dos filmes de guerra que por si só é obrigatório. Marcado também pela verdadeira epopeia que foi a produção, marcada por uma porrada de empecilhos que surgiram, Ford tem uma minúscula participação como Major Lucas, neste filme que marca a segunda vez que o astro trabalhar com o genial Francis Ford Coppola.
Neste filme oitentista, Ford vive um policial que após se ferir, acaba indo parar numa fechada e rígida comunidade amish, onde vive o pirralho que ele precisa proteger por ter testemunhado um crime. O papel rendeu a única indicação ao Oscar por sua atuação, motivo suficiente para que este filme, que traz no elenco Kelly McGillis e Danny Glover, seja conferido no idioma original.
Uma Secretária de Futuro.
Comédia romântica estrelada por Melanie Griffith que traz o único encontro nas telonas de Ford com a também carismática e ótima atriz, Sigourney Weaver, que foi indicada ao Oscar por sua atuação neste filme oitentista, que também recebeu outras quatro indicações, inclusive Melhor Filme. Não é o encontro sonhado de Han Solo e Ripley, mas, vale a curiosidade de ver em cena os dois contemporâneos de estouro no estrelato.
Ford pode não ter vivido Jack Ryan em A Caçada no Outubro Vermelho, mas, isso não o impediu de se enfiar num submarino russo, neste thriller espetacular dirigido pela competente Kathryn Bigelow, onde vive um comandante russo que pretende desertar, e que tem como cereja do bolo, o duelo de titãs psicológico entre o personagem de Ford e o de Liam Neeson. Filmaço que, se fossemos elaborar um Top 15 (ou na pior das hipóteses, se Tom Selleck tivesse mesmo vivido Indiana Jones), com certeza, seria presença obrigatória entre os melhores filmes de Ford.
Mesmo sendo o mais fraco da até agora trilogia que reúne boa parte dos maiores astros de ação de todos os tempos, um dos pontos que o salva de ser uma merda total é a presença de Ford, que substituiu tão bem ninguém menos que Bruce Willis, que não nos deixa sentir falta dele, embarcando numa boa na brincadeira, claramente se divertindo. Vê-lo contracenando com os também astros icônicos Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger não tem preço.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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