sábado, 11 de março de 2017

TRASHÃO COM ELENCO ESTRELAR.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Anaconda (Anaconda).
Produção estadunidense de 1997.

Direção: Luis Llosa.

Elenco: Jennifer Lopez, Jon Voight, Ice Cube, Eric Stoltz, Kari Wührer, Owen Wilson, Jonathan Hyde, Vincent Castellanos, Danny Trejo, entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo (VHS), na TV por assinatura (AXN) e aberta (SBT).

Cotação

Nota: 7,0.  
Sinopse: Grupo de documentaristas gringos se embrenham no meio da floresta amazônica a fim de encontrarem uma tribo indígena isolada de tudo. Mal começam a navegar no rio, encontram encalhado pedindo arrego o misterioso com cara de psicopata Paul Sarone (Voight), que se diz ser um ex-seminarista que vive atualmente capturando animais exóticos para vender, e que sabe onde está a porra da tribo secreta. Só que na verdade eles não chegam até lá, já que no meio do caminho tinham uma gigantesca e faminta cobra anaconda, para embaçar com os planos deles.

Comentários: O título da postagem causa estranheza pelo feito inédito que esse filme que o SBT exibiu na noite de ontem pela enésima vez, e que eu jurava já ter comentado aqui. Mas, o feito até onde eu saiba inédito tem uma explicação bem simples: isso rolou porque o elenco é mesclado por astros em começo da carreira (Jennifer Lopez, Ice Cube, Owen Wilson) e veteranos que tiveram alguma relevância nos anos 1980 mas na época da produção deste filme não estavam mais com a bola toda (caso do competente Jon Voight e de Eric Stoltz. Nem vou incluir Danny Trejo que era um veterano em fazer pontas). Anunciado exageradamente como o novo Tubarão, o filme na verdade poderia até chegar perto, pois, apesar da premissa patética (quem seria burro em dá carona e permanece com um cara claramente psicótico no barco e ainda confiar nele logo de cara, isso tudo no meio de uma floresta?) tem um roteiro interessante e satisfatório, que poderia até render um puta filme como o clássico do mestre Spielberg, se os caras tivessem tido um pouquinho mais de grana para caprichar nos efeitos especiais e na confecção da tal criatura. E justamente isso é que torna o filme um trashão. 

Apesar do competente diretor Luis Llosa (que dirigiu O Especialista, fodástico filme noventista onde Sylvester Stallone dá uns pegas na então gostosona Sharon Stone) tenta tirar leite de pedra e manda muito bem nas cenas quando a câmera se passa pelo olhar da criatura a la mestre Spielberg no citado clássico,  e nas atuações do elenco, com destaque, obviamente, para Voight, que mete mais medo que a própria cobra gigante (mas, para conferir isso, obrigatoriamente, você precisa assistir no idioma original). Mas, quando a criatura aparece, todo esforço do diretor vai para as picas, pois, o trashão está estabelecido. Mesmo assim, acabou fazendo sucesso e redendo quatro continuações desnecessárias e esquecíveis (uma delas comentadas aqui no nosso blog), lançadas diretamente em home vídeo, e genéricos (Python, BOA, etc.). Vale pela curiosidade de ver um elenco estrelar pagando um micaço (a piscadinha de olho de Voight após ser vomitado pela bichona malvadona é um dos maiores micos de um grande ator da história do cinema). Divirta-se!

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 

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