domingo, 26 de março de 2017

RECORDAR É REVER: SANSÃO E DALILA (1949).

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Sansão e Dalila (Samson and Delilah).
Produção estadunidense de 1949.

Direção: Cecil B. DeMille.

Elenco: Hedy Lamarr, Victor Mature, George Sanders, Angela Lansbury, Henry Wilcoxon, Julia Faye, Russ Tamblyn, Olive Deering, George Reeves, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo e SBT) e em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 3,5.
  
Sinopse: Baseada na história bíblica narrada nos capítulos 13 a 16 do Livro dos Juízes. Aproximadamente mil e poucos anos antes de Cristo, o povo judeu era dominado pelos filisteus, e tinha em Sansão (Mature), seu grande líder inspirador. Fortão como ninguém a ponto de sair na porrada com um leão e mandá-lo para a terra do pé-junto, o ponto fraco dele era a queda que tinha por mulheres filisteias. Inicialmente se apaixonando por Semadar (Lansbury), sua desgraça mesmo viria pela irmã dela, a periguete sedutora, maquiavélica, recalcada e vingativa Dalila (Lamarr), que após ser rejeitada pelo brucutu, e uma posterior tragédia familiar, jura vingança, e alia-se com o rei do seu povo (Sanders), para acabar de vez com a força de Sansão, seduzindo-o.

Comentários: Ontem a noite fiquei surpreso em ver o SBT exibir esse clássico da sétima arte, numa das raras vezes em que o filme exibido faz jus ao nome da sessão televisiva, Cine Belas Artes (também foi  surpresa ter constatado que comentei esse filme aqui,  mesmo tento comprado o DVD em dezembro e revisto esse clássico, que nas antigas era presente frequente no Corujão da Globo). Dirigido pelo lendário mestre Cecil B. DeMille, simplesmente temos uma produção luxuosa para época que até hoje enche os nossos olhos e que merecidamente ganhou o Oscar por direção de arte e figurino. Porém, a produção chiquérrima traz uma lição que até hoje Hollywood não aprendeu e teima em nunca aprender: não adianta caprichar na produção e esquecer do roteiro. E esse é o grande problema do filme que parte o coração deste blogueiro por dar uma nota tão baixa a um clássico do cinema que arrebentou nas bilheterias e que fez tanto a minha alegria nas madrugadas em que era exibido. O mestre DeMille pegou três capítulos do filme e transforma num novelão mexicano bíblico, com romancinho brega meloso, dramalhão e diálogos risíveis, tudo isso aumentado pela canastrice dos atores - que na dublagem ainda é mais acentuada -, fazendo com que o filme pareça mais uma novela da tarde exibida no próprio canal aberto que reprisou o filme ontem misturada com a megalomania ficcional exagerada das novelas bíblicas da Record. Mas, apesar de tudo isso, não é um filme totalmente ruim, e consegue ser uma diversão descompromissa bobinha, que vale a pena ser vista e revista, sem enjoar.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

 
Clássico do cinema está disponível em DVD.


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