domingo, 5 de março de 2017

RECORDAR É REVER: DEU A LOUCA NO CANGAÇO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Deu a Louca no Cangaço.
Produção brasileira de 1969.

Direção: Nelson Teixeira Mendes e Fauzi Mansur.

Elenco: Dedé Santana, Dino Santana, Noira Mello, Gibe, Rony Cócegas, Mario Alimare, Carlos Bucka, Djalma Lúcio, Elsa Martini, Fauzi Mansur, Castrinho, Adélia Iório, Átila Iório, entre outros.

Blogueiro assistiu no notebook em 27 de fevereiro de 2017.

Cotação

Nota: 6,0.  
Sinopse: Após serem expulsos de uma cidadezinha por venderem gato por lebre, a dupla Maloca (Dedé Santana) e Bonitão (Dino Santana) rouba roupas de alguns cangaceiros, e ao chegarem em outra cidadezinha, acabam confundidos com os temidos fora-da-lei nordestinos, principalmente, porque Maloca, é a cara cagada e cuspida do cangaceiro fodão Zé Maria (Dedé Santana) líder de um dos bandos. E o momento que os caras inventaram de aparecer por lá não é dos melhores, já que, além do bando está em conflito com um bando rival, a volante planeja acaba com a festa dos dois grupos desordeiros.

Comentários: Muita gente não sabe (inclusive, esse blogueiro, que só veio saber a pouco tempo, graças aos blogs O Poderoso Chofer e, principalmente, Os Trapalhões.Net, este prestando um excelente trabalho a memória do saudoso grupo, trazendo a mais completa filmografia), mas, o primeiro trapalhão a aparecer nas telonas não foi Renato Aragão, mas, Dedé Santana, que, fazia seu debute nas telonas quatro anos antes do debute de Aragão. Também é desconhecido pela maioria que Dedé teve carreira própria antes de se juntar em definitivo com o parceiro de longas datas, fazendo outra brilhante parceria com seu irmão, o saudoso Dino Santana (09/08/1940 - 26/12/2010), formando com ele a dupla Maloca e Bonitão, que fez sucesso na telinha e rendeu três filmes, cujo o primeiro é este, que tira sarro da modinha da época do nosso cinema de filmes sobre o cangaço. O problema do filme é  que o roteiro, escrito por Dedé Santana, é fraquinho e se perde em alguns momentos (como na desnecessária e patética sem graça sequência da miragem da dupla em confundir os cangaceiros com um monte de gostosas) com poucas piadas realmente engraçadas, e o pior, quando inventa de se levar a sério em alguns momentos no clímax (pelo menos rende um momento canastrão de Dedé que chega a ser hilário). Esperava-se mais de um filme roteirizado por Dedé e pelo próprio título prometer ser uma divertida paródia, como a maioria dos filmes dos Trapalhões. O resultado final é decepcionante, mas, não chega a ser um merda total, pois, felizmente, as poucas piadas que funcionam provocam risadas. E ver os impagáveis irmãos Santana em cena, como também os saudosos Gibe (10/01/1935 - 16/07/2010) - o eterno Papai Papudo da turma do Bozo, mais lembrado também por ter participado de algumas pegadinhas do Topa Tudo Por Dinheiro - e Rony Cócegas (17/04/1940 - 25/07/1999) - o eterno Galeão Cumbica da Escolinha do Professor Raimundo e Lindeza (do bordão "Calma, Cocada!") da A Praça é Nossa -, (Ah, Castrinho também marca presença numa ponta que não conseguir identificar em qual cena) são motivos suficientes para o filme ser descoberto e assistido.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


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