segunda-feira, 13 de março de 2017

SOFRIMENTOS EM NOME DA FÉ.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Silêncio (Silence).
Produção estadunidense, italiana, japonesa e mexicana de 2016.

Direção: Martin Scorsese.

Elenco: Andrew Garfield, Adam Driver, Liam Neeson, Tadanobu Asano, Ciarán Hinds, Yôsuke Kubozuka, Yoshi Oida, Shinya Tsukamoto, Issey Ogata, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 5 do complexo Cinesystem Maceió em 13 de janeiro de 2017.

Cotação

Nota: 8,0.
  
Sinopse: Baseado num romance homônimo. A trama se passa no Japão do século XVI, época em que o governo perseguia violentamente qualquer influência estrangeira, principalmente, religiosa. Ao saberem e não acreditando que seu mentor, o padre Ferreira (Neeson), pode ter renegado a fé cristã, os jovens padres jesuítas portugueses, Sebastião Rodrigues (Garfield) e Francisco Garupe (Driver) chegam ao país do sol nascente em busca do seu mentor e saber o que de fato aconteceu. Lá, eles se deparam com a duríssima e cruel perseguição aos cristãos e eles sentiram na pele a ponto de alguns momentos questionarem sua fé.

Comentários: Muitos falaram sobre a ausência do mestre Scorsese e seu novo trabalho entre os indicados ao Oscar deste. E após assisti-lo posso dizer que, até certo pontoa ausência até que é compreensível, já que não é um dos melhores trabalhos do diretor. Mesmo assim, ainda consegue ser bem melhor do que a maioria dos indicados deste ano a melhor filme, inclusive, até mesmo que o ganhador. Mesclando um elenco estrelar estadunidense e japonês, o filme comete um gafe terrível justamente em colocar gringos fazendo papel de portugueses sem disserem uma letra no idioma, como se a língua oficial lusitana fosse o inglês estadunidense (os atores nem se deram ao trabalho de fazer o conhecidíssimo para nós sotaque lusitano). Mas, é um errinho até perdoável, já que o filme tem um ótimo roteiro que apresenta bem uma boa história, com uma parte técnica impecável e a direção sempre competente de Scorsese que arranca boas atuações de um ótimo elenco, com destaque para Andrew Garfield, aqui merecendo outra indicação. Poderia ser melhor se fosse um pouquinho enxuto (as mais de duas horas e meia do filme, acaba tornando-o um pouco repetitivo, gerando em nós um comecinho de morgação_, mas, o resultado final é satisfatório, nos levando a refletir sobre a estupidez que é intolerância religiosa, infelizmente, ainda muito viva e presente em pleno século XXI.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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