terça-feira, 21 de março de 2017

SOGRO X GENRO DE SEMPRE E CONTO DE FADAS COM MUITA CANTORIA EM SESSÃO DUPLA DE CINEMA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Tinha Que Ser Ele? (Why Him?)
Produção estadunidense de 2016.

Direção: John Hamburg.

Elenco: James Franco, Bryan Cranston, Megan Mullally, Zoey Deutch, Keegan-Michael Key, Cedric The Entertainer, Griffin Gluck, Adam Devine, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 1 do complexo Cinesystem Maceió em 20 de março de 2017.

Cotação

Nota: 7,0.
Sinopse: No feriadão de Natal, Ned Flemming (Cranston) resolve levar sua esposa (Mullally) e filho caçula (Gluck), para visitar sua filha mais velha e xodó Stephanie (Deutch). Para sua surpresa, ela mora com o namorado, o figuraça Laird Mayhew (Franco), jovem que ficou milionário graças a um game, um figuraça boca-suja totalmente sem noção, que faz de tudo para agradar a família.
Comentários: O cultuadíssimo seriado Breaking Bad é um marco divisório na carreira do ótimo Bryan Cranston, que abriu as portas de Hollywood para ele. E sua indicação a ator por sua atuação em Trumbo: Lista Negra (cinebiografia que, mesmo não sendo indicada ao Oscar de Melhor Filme, a Glória Pires estava torcendo para que levasse a estatueta nessa categoria), só aumentou o seu prestígio. Cheio de moral para escolher a dedo qualquer projeto, é surpresa que ele tenha escolhido essa típica comédia familiar, que traz pela enésima vez o tema "sogro cabuloso versus cara do cara que tá pegando sua filhinha querida". E por mais que a fórmula seja exaustivamente batida, o resultado mais uma vez é satisfatório, já que trata-se de uma comédia descerebrada, com um roteiro satisfatório, que provoca gargalhadas facilmente, sem fazer muito esforço. Enfim, típico filme " desligue o cérebro e o bom gosto, relaxe e goze" que cumpre sua missão de provocar boas gargalhadas, sem exigir nadinha de nós. Se você, assim como eu, gosta de bobagens assim pode encarar numa boa pois a diversão é garantida.


A Bela e a Fera (Beauty and the Beast).
Produção estadunidense de 2017.

Direção: Bill Condon.

Elenco: Emma Watson, Dan Stevens, Luke Evans, Kevin Kline, Josh Gad, Ewan McGregor, Stanley Tucci, Audra McDonald, Gugu Mbatha-Rhaw, Ian McKellen, Emma Thompson, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 2 do complexo Cinesystem Maceió em 20 de março de 2017.

Cotação

Nota: 7,8.
Sinopse: Refilmagem live-action do clássico das animações Disney A Bela e a Fera, que por sua vez, é a enésima adaptação do célebre conto de fadas homônimo. Bela (Watson) é uma jovem que mora numa pequena aldeia francesa, que, um belo dia, preocupada com a demora do pai (Kline), resolve procurá-lo e acaba encontrando seu coroa prisioneiro de uma Fera (Stevens), proprietária do local. Ela se oferece para ficar no lugar do pai, o que o captor acaba aceitando. Permanecendo no castelo, Bela descobre que boa parte dos objetos são vivo e acaba sabendo que na verdade trata-se de uma maldição jogada no patrão e que eles pegaram de tabela, com a mandinga sendo quebrada se o patrão feioso e ranzinza arrumar um grande amor, antes que a última pétala de um rosa caia e eles fiquem assim para sempre.

Comentários: O sucesso de Alice no País das Maravilhas, deu o ponta-pé inicial para a modinha Disney (e também de outros estúdios)  de refilmar em versão live-action suas clássicas animações. Malévola, Cinderela e Mogli - O Menino Lobo e a bola da vez A Bela e a Fera são apenas a ponta do iceberg, já que o estúdio pretende lançar pelo menos mais sete no próximo ano. Uma modinha arriscada, já que parte das animações Disney são obras-primas insuperáveis, portanto, totalmente desnecessário ganharem remake, mesmo que seja com atores de carne e osso. Mas, enfim, a modinha está rendendo rios de dinheiro para os estúdios de Mickey, e enquanto isso não mudar, veremos clássicas animações que marcaram a infância de todos nós ganhando novas versões. Mas, vamos ao que interessa.

Aguardado por muitos, principalmente pelo fato de ser estrelado pela eterna Hermione da franquia Harry Potter, Emma Watson, o novo filme de cara é um espetáculo visual, pois, trata-se de produção super-hiper-mega-ultra requintada, chiquérrima até o talo. A riqueza de detalhes do cenário e as expressões da Fera são de encher os olhos, o que torna obrigatoriamente o filme seja visto em 3-D (e nesse ponto, a eficiência é tamanha, que até as cenas escuras, o formato funciona, um feito raríssimo de ser alcançado). O roteiro é outro ponto positivo do filme, que praticamente é o mesmo que o da animação, praticamente sem novidade (Ah! a tal polêmica do personagem homossexual é só muito barulho por nada, e na verdade parece ser plantada pela própria Disney para atrair mais atenção, já que mesmo dando indícios claramente que "a coca é fanta", limita-se a afetação do personagem, algo que qualquer um iria deduzir, sem precisar do marketing para chamar atenção). 

Porém, o filme peca por ser um pouquinho longo do que deveria, principalmente, devido a quantidade a mais de musicais em relação tanto ao original, como aos demais filmes da atual modinha Disney (nesse caso, lembra ligeiramente o malhadíssimo Caminhos da Floresta), o que particularmente acabou cortando quase por completo eu me envolver e me emocionar. Desculpe a minha insensibilidade, mas, para mim, o filme não é essa obra-prima que provoque comoção e mereça ser aplaudida no final, como aconteceu na sessão que eu estava. Indiscutivelmente, é uma produção muito bem realizada, que resgata um pouco do climão das clássicas animações de contos de fadas dos estúdios do Mickey. Bonitinho e nada mais do que isso.


Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 

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