Se tem um ponto em que as adaptações da DC Comics dar um banho em cima da Marvel são nos longas animados, inclusive, criando o próprio universo compartilhado, com uma eficiência que sua contraparte em live-action se perdeu todinho. Com enredos inspirados no recente reboot nas HQs Novos 52, este universo compartilhado rendeu dezesseis longas, lançados entre 2013 e 2020. e que para a nossa alegria, no momento todos estão disponíveis no HBO Max. Paralelamente, neste período também foram lançados outros longas animados, que também traziam na capa o título Universo Animado da DC Comics, o que acaba confundindo a parte do pública que não é fã de carteirinha e não acompanhou devidamente os seus lançamentos. Para resolver este problema, nessa postagem listaremos todos os longas que fazem parte deste universo compartilhado, colocando pela ordem do seu lançamento, que também é a ordem cronológica. Mais rápido que uma corridinha disputada entre Flash e Superman, vamos ao que interessa.
E o começo não poderia ser mais grandioso, já que simplesmente adapta o aclamado arco das HQs Flashpoint. Como neste, o velocista faz uma baguncinha na linha do tempo, criando uma realidade alternativa. A adaptação animada saiu dez anos a frente, já que a versão em live-action chegará aos cinemas apenas na véspera do São João do próximo ano.
O universo dar continuidade no ano seguinte com mais um longa animado estrelado pela Liga da Justiça. Inspirado na HQ Liga da Justiça: Origem, como o título entrega, os nossos queridos super-heróis unem forças, formando o icônico grupo, para enfrentar uma grande ameaça ao nosso planeta: simplesmente o fodástico Darkseid, que só iria dar as caras em live-action no ano passado no épico fodástico Liga da Justiça de Zack Snyder. Foi a partir daqui que o este universo animado passou a ganhar dois filmes por ano.
O primeiro longa solo do Morcegão, dentro deste universo animado, que inclusive, seria dominado por ele com mais filmes que até a Liga da Justiça. O filme que adapta a história Batman e Filho, o herói de Gotham City é surpreendido com a existência de um filho, o adolescente mala sem alça (raríssimos os que nessa fase da vida não são) Damian Wayne, neto de ninguém menos que Ra's Al Ghul, o líder da Liga dos Assassinos, que a partir daqui, iniciaria sua jornada para ser o novo Robin.
Adaptação da HQ homônima, o terceiro filme do grupo é praticamente uma continuação direta de Liga da Justiça: Guerra. Antes de ser vivido pelo brucutu Jason Momoa, o Rei de Atlãntida, teve sua versão digna neste longa, que praticamente conta a sua origem e onde ele une forças com os parças da Liga da Justiça para combater o seu irmão. Por justamente ser o primeiro a desmistificar a imagem tosca do herói aquático imortalizada no saudosa animação Superamigos, que este longa animado surpreendeu muitos fãs.
Repetindo a dobradinha de revezamento de protagonismo do ano anterior, o segundo e último filme de 2015 deste universo animado é mais um estrelado pelo Morcegão. Inspirado levemente no cultuado arco das HQs Corte das Corujas, o filme que praticamente é uma continuação direta de O Filho do Batman traz pai e filho em rota de colisão, quando Damian Wayne, influenciado pelo vilão Garra, passar a questionar o modus operandi do herói de Gotham de não mandar para o saco a bandidagem.
E a ordem de revezamento dos dois anos anteriores é invertida aqui e temos mais um longa do Morcegão. Além dele e do filhote, que já atua como o novo Robin, a família morcegona aumenta consideravelmente com a adição do Asa Noturna, da Batwoman e do Batwing, que unem forças com o moleque para procurar o herói de Gotham que tomou chá de sumiço. O filme ficou marcado por ser o primeiro deste universo compartilhado aminado a ter uma história 100% original, sem nenhuma inspiração nas HQs.
2016 sem sombra de dúvida foi o ano de introdução de novos personagens neste universo compartilhado. Após a Batfamília, foi a vez de ninguém menos que os Jovens Titãs fazer o seu debute neste longa. E praticamente assumindo o protagonismo, já que na trama, o pai da misteriosa Ravena, o demônio malvadão Trigon dominga os membros da Liga da Justiça, cabendo aos jovens heróis, assumirem grandes responsabilidades e resolverem a parada sinistra.
8. Liga da Justiça Sombria.
Mais um novo ano e a expansão deste universo prossegue, desta vez, com a introdução do grupo de heróis que combatem o sobrenatural. Depois de uma pausa nos filmes solos neste universo compartilhado, Batman é escalado para marcar presença aqui, provavelmente, pelos realizadores não confiarem no cacife do grupo que conta com John Constantine (curiosamente, dublado originalmente pelo seu intérprete na telinha Matt Ryan), Zatanna, Monstro do Pântano, entre outros. O curioso é que, posteriormente, o grupo acabou dando título justamente ao filme que encerra este universo animado.
Um ano após o debute neste universo compartilhado, o grupo de jovens heróis ganha um filme solo para chamar de seu. Desta vez, os caras viajaram no tempo para buscar inspiração, já que o filme adapta uma clássica graphic novel oitentista, cuja a trama traz o grupo de jovens heróis ganhando uma nova membra, que logo iria traí-los.
Até o grupo de anti-heróis ganhou um longa animado para chamar de seu neste universo compartilhado. Dois anos após o live-action que muita gente ama odiar, o grupo ganha um filme à altura. Sendo mais um do universo compartilhado 100% original, na trama, a fodona Amanda Waller, que está com a mão na vela e outra no solo, reúne um time de bandidos para pegar um artefato mítico que pode salvar sua vida.
Após cinco anos de universo compartilhado animado e dez longas, finalmente, o Homem de Aço ganhava seu filme solo. Aparentemente tentando compensar o descaso com o herói, os caras resolveram adaptar o clássico arco da sua morte, que já tinha ganho um elogiado longa animado onze anos antes. A nova versão não ficou atrás, já que também agradou os fãs, que destacam a fidelidade do filme ao icônico arco noventista das HQs.
O filme solo de John Constantine traz duas curiosidades. De cara, não foi concebido originalmente como tal, já que foi uma série da plataforma digital do canal televisivo CW, o CW Seed. Outra curiosidade é que a produção também é uma continuação direta do seriado em live-action do personagem, que só teve uma temporada. Como o herói já tinha sido apresentado neste universo no ano anterior, os episódios acabaram sendo editados como um longa e marcando 2018 como o primeiro dos dois anos em que este universo animado ganharia três produções lançadas.
13. Reino do Superman.
Penúltimo ano deste universo compartilhado, 2019 também ganhou três longas, sendo aberto com o segundo e último filme solo do Homem de Aço. Dando continuidade A Morte do Superman, a trama se passa seis meses após a batida de botas do Filho de Krypton, com vários aspirantes a sua vaga buscando mostrar ser merecedores de assumirem seu legado. Particularmente, foi um dos longas deste universo compartilhado que menos me empolgou. Mas, felizmente, não é ruim e cumpre bem sua função de entretenimento satisfatório.
Após três anos, o Homem-Morcego volta a ter um filme solo neste universo compartilhado (faço questão de destacar isso, já que correndo por fora não faltaram outros longas animados do Morcegão). Infelizmente, a despedido do herói num longa animado para o seu não foi com chave de ouro, já que muitos fãs odiaram as mudanças feitas aqui em relação ao arco homônimo das HQs em que se baseia. Não sei se pelo fato de não ter lido o material original, mas, particularmente, gostei demais desse filme, a ponto de considerá-lo um dos melhores do Morcegão.
Se já é um absurdo o Homem de Aço ganhar um filme solo neste universo animado apenas depois de dez anos, imagina a Mulher-Maravilha, outra membra da trindade da Trindade, que só ganhou um longa animado para chamar no seu, no finalzinho. E se levarmos em conta que a heroína é dublada pela veterana Rosário Dawson, a indignação só aumenta. Recontando sua origem, o filme traz a heroína amazona enfrentando algumas vilãs icônicas de sua galeria.
E o universo animado DC, inspirado nos Novos 52, chega ao seu fim de forma épica. Coube a Liga de Justiça Sombria a responsabilidade de encerrar a saga, mas, somente no título, já que o filme reúne a Liga da Justiça, os Jovens Titãs e até o Esquadrão Suicida, para juntos enfrentarem Darkseid e sua horda, e salvar o nosso planeta. Num ano tão tenso para todos nós que foi 2020, o filme acabou sendo a produção da DC mais comentada, dividindo opiniões dos fãs, com sua trama ousada sem medo de mandar para o saco uma porrada de personagens queridos.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano, listando os filmes do universo animado da DC Comics.
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