sexta-feira, 17 de julho de 2020

RECORDAR É REVER: TRILOGIA O PODEROSO CHEFÃO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

O Poderoso Chefão (The Goodfather).
Produção estadunidense de 1972.

Direção: Francis Ford Coppola.

Elenco: Marlon Brando, Al Pacino, James Caan, Richard Castellano, Robert Duvall, Sterling Hayden, John Marley, Richard Conte, Al Lettieri, Diane Keaton, Abe Vigoda, Talia Shire, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e no streaming (Netflix).

Sinopse: Adaptação do livro homônimo escrito por Mario Puzo. Comandada pelo patriarca Don Vítor Coleone (Brando), a família Corleone é uma das mais poderosas da máfia italiana que atua em Nova Iorque no final dos anos 1940. Um dos seus filhos, Michael Corleone (Pacino), que acaba de servir na Segunda Guerra Mundial, é totalmente averso aos negócios da família e quer mais é seguir sua vida. Mas, quando Vitor sofre um atentado. Michael acaba mudando de ideia e  mergulhando de cabeça nos negócios da família.

O Poderoso Chefão: Parte II (The Goodfathter: Part II).
Produção estadunidense de 1974.

Direção: Francis Ford Coppola.

Elenco: Al Pacino, Robert Duvall, Diane Keaton, Robert DeNiro, John Cazale, Talia Shire, Lee Strasberg, James Caan (não creditado), entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e no streaming (Netflix).

Sinopse: Sete anos após os eventos do filme original, Don Michael Corleone (Pacino) comanda e e expande os negócios da família. Paralelamente, é mostrado a saga de pai, Víto Corleone (DeNiro), que no comecinho do século XX, após uma tragédia familiar, com apenas nove anos de idade (Oreste Baldini), foge da Itália e chega aos Estados Unidos.

O Poderoso Chefão: Parte III (The Goodfather: Part  III).
Produção estadunidense de 1990.

Direção: Francis Ford Coppola.

Elenco: Al Pacino, Diane Keaton, Talia Shire, Andy Garcia, Eli Wallach, Joe Mantegna, George Hamilton, Bridget Fonda, Sofia Coppola, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e no streaming (Netflix).

Sinopse: No final dos anos 1970, Don Michael Corleone (Pacino) está bem próximo de realizar o sonho de legalizar os negócios da família. Mas, os demais mafiosos de Nova Iorque querem utilizar os negócios legais dele para lavarem dinheiro. Paralelamente, ele acolhe com seu pupilo, seu sobrinho Vincent (Garcia), filho bastardo do seu irmão mais velho, Sonny (James Caan no filme original), que tem um temperamento explosivo e violento igual do seu finado pai, mas, que acaba se apaixonando por sua prima, Mary Corleone (Coppola), filha de Don Michael.

Comentários:  Custou, mas, finalmente, após mais de dez anos, finalmente, comento a aclamadíssima trilogia, que todo cinéfilo que se preze tem a obrigação moral de assistir pelo menos uma vez na vida. Admito que minha primeira experiência com a trilogia, ainda pirralho, não foi das melhores, e eu até cheguei a nutrir antipatia por ela, achando-a chata pra caralho e bastante entediante. Mas, após revê-la algumas vezes na idade adulta, constatei que não é exagero nenhum em dizer que se trata de uma verdadeira obra-prima da sétima arte.

O início de uma das melhores e maiores saga do cinema foi de forma espetacular com o excelente O Poderoso Chefão. O mestre Frances Ford Coppola dirige com maestria e entrega um filmaço envolvente, que conta com um ótimo roteiro, que traz uma trama cativante e muito bem desenvolvida no roteiro escrito por ele e pelo próprio autor da obra original, o saudoso Mario Puzo. O filme conta com uma parte técnica impecável e uma inesquecível trilha composta e conduzida pelo saudoso maestro Nino Rota. E o grande atrativo do filme, sem dúvida, é seu excelente elenco inspiradíssimo, que entrega ótimas atuações, com destaque especialíssimo para o show de atuação do saudoso Marlon Brando, que merecidamente levou um Oscar por sua atuação. Assim como também foram merecidos os Oscar por Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado. Enfim, com tudo isso, mais uma vez chovo no molhado, e digo que O Poderoso Chefão é simplesmente um filmaço, verdadeiramente uma obra-prima. Cotação / Nota: 9,5.

Dois anos depois, a dupla de mestres Coppola e Puzo prosseguem em altíssimo nível com o também excelente O Poderoso Chefão: Parte II, considerado pela maioria superior ao primeiro. E não é a toa, já que mais uma vez, a dupla entrega um filmaço envolvente, com um ótimo roteiro, que desenvolve muito bem duas interessantíssimas tramas paralelas, sem ser confusa, e também sem pressa, já que temos um filme com mais de três horas e vinte minutos de duração, sem ser arrastada, chata e entediante, um feito e tanto. A parte técnica e a trilha mais uma vez de Nino Rota continuam impecáveis, assim como os shows de atuações. com destaque para Al Pacino, se firmando cada vez no seu icônico personagem, e a espetacular roubada de cena de Robert De Niro, com sua excepcional atuação, merecidamente premiada com o Oscar, conseguindo unificar o seu Víto Corleone com o interpretado por Brando no filme original. Enfim, mais um filmaço que nasceu uma obra-prima, que na minha humilde opinião, é tão bom quanto o original. Cotação / Nota: 9,0.

Dezoito anos após o original e dezesseis após o segundo filme. a dupla de mestres volta para concluir no decepcionante O Poderoso Chefão: Parte III. Admito que tinha um ranço tremendo por este filme e o detestava bastante. Somente ao revê-lo hoje, percebi que não se trata de um filme tão ruim assim. Mais uma vez, Coppola e Puzo mostram que são feras em desenvolver uma trama. O problema é que a mesma não é tão boa quanto as dos filmes originais, estando longe da genialidade cativante deles. Sem Brando e De Niro para roubarem a cena, Al Pacino tem os holofotes todo para ele, e entrega um show de atuação. Apesar de consideravelmente inferior aos seus antecessores, o filme encerra de forma satisfatória mas melancólica a saga, sem estragá-la. É um bom filme, mesmo não estando à altura dos anteriores. Algo que a gente pode até tentar dar um desconto, já que os mesmos são verdadeiras obras-primas da sétima arte.Cotação / Nota: 7,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.



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