sábado, 25 de julho de 2020

RECORDAR É REVER: A GAIOLA DAS LOUCAS (TRILOGIA ORIGINAL E REMAKE).

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

A Gaiola das Loucas (La Cage aux Folles).
Produção francesa e italiana de 1978.

Direção: Édouard Molinaro.

Elenco: Ugo Tognazzi, Michel Serrault, Claire Maurier, Remi Laurent, Carmen Scarpitta, Benny Luke, Luisa Maneri, Michel Galabru,  entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo), em home vídeo (VHS) e on-line (YouTube).

Sinopse: Adaptação da peça teatral de Jean Poiret. Renato Baldi (Tognazzi) é um renomado empresário da noite. proprietário da renomada boate Gaiola das Loucas em Saint-Tropez, que vive uma união estável com a principal estrela do local, a temperamental Zazá (Serrault). A rotina é abalada quando o filho único de Renato (Laurent) aparece e anuncia que vai casar. Só que sua noiva (Maneri) é filha o político ultra-moralista Simon Charrier (Galabru) e sua esposa (Scarpitta), que resolvem visitá-los.

A Gaiola das Loucas 2 (La Cage aux Folles II).
Produção francesa e italiana de 1980.

Direção: Édouard Molinaro.

Elenco: Ugo Tognazzi, Michel Serrault, Marcel Bozzuffi, Michel Galabru, Paola Borboni, Benny Luke, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo), em home vídeo (VHS) e on-line (YouTube).

Sinopse: Após uma briga rotineira com seu companheiro Renato (Tognazzi), Zazá (Serrault) resolve sair sozinha, e acaba sendo abordada por um misterioso homem, que tempo depois é assassinado na sua frente. A partir de então, os pombinhos se metem numa perigosa intriga de espionagem, que coloca suas vidas em risco constante.

A Gaiola das Loucas 3: 'Elas' Se Casam (La Cage aux Folles III: 'Elles' se Marient).
Produção francesa e italiana de 1985.

Direção: Georges Lautner.

Elenco: Ugo Tognazzi, Michel Serrault, Antonella Interlenghi, Saverio Vallone, Michel Galabru, Benny Luke, Stéphane Audran, Gianluca Favilla, Umberto Raho, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e on-line (YouTube).

Sinopse: Renato (Tognazzi) está com seríssimos problemas financeiros e pode até fechar sua renomada boate. A esperança surge quando Zaza (Serrault) se torna herdeira de uma parente milionária escocesa. Porém, para pegar a bolada, o testamento exige que ela se case com uma mulher e tenha um filho com ele num período de um ano e meio.

A Gaiola das Loucas (The Birdcage).
Produção estadunidense de 1996.

Direção: Mike Nichols.

Elenco: Robin Williams, Gene Hackman, Nathan Lane, Dianne Wiest, Hank Azaria, Christine Baranski, Dan Futterman, Calista Flockhart, Tom McGowan, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e no streaming (Telecine Play).

Sinopse: Remake do filme homônimo de 1978. Armand (Williams) é um bem sucedido empresário da noite de Miami, proprietário da  badalada casa de shows A Gaiola das Louccas. Homossexual, Armand vive uma união estável de vários anos com o temperamental Albert (Lane), principal estrela da casa de shows. A rotina deles muda quando o filho de Armand, Val (Futterman), chega e anuncia que vai casar com a jovem Barbara (Flockhart), filha do renomado senador conservador Kevin Keeley (Hackman), que junto com sua esposa (Wiest) e a filha, resolvem fazer uma visita a família do noivo.

Comentários: Para quem é da nova geração deve não saber que o filme franco-italiano A Gaiola das Loucas foi um grande fenômeno no final dos anos 1970 e nas décadas seguintes, popularizando a peça teatral que se baseia, ganhando várias montagens pelo mundo, inclusive, aqui no Brasil. E merecidamente, já que a adaptação para as telonas de um peça teatral de sucesso, simplesmente, é uma das melhores e mais engraçadas comédias já produzidas. Estrelado pelos saudosos Ugo Tognazzi e Michel Serrault, que simplesmente estão hilários, com excelentes atuações e perfeito entrosamento entre eles (nós brasileiros, ainda fomos brindados na dublagem clássica com as vozes dos icônicos Márcio Seixas e o saudoso Newton da Mata), o filme original conta com um ótimo roteiro, que traz uma trama simples, porém, interessante, e também várias piadas hilárias que a dupla de protagonistas tiram de letra. E a cereja do bolo fica por conta da trilha composta e conduzida pelo saudoso Ennio Morricone, que dar um toque a mais no excelente humor do filme. Cotação / Nota: 10,0.

O enorme sucesso do hilário filmaço acabou gerando duas continuações, infelizmente, inferiores, sofríveis, e que trazem um fato no mínimo curioso. A primeira veio dois anos depois, trazendo um roteiro fraco, com uma trama desinteressante, mas, com algumas boa piadas que acabam funcionando e provocando algumas boas risadas, o que acabou salvando o filme de ser uma merda total. Porém, não de ser uma péssima continuação consideravelmente inferior ao original. Cotação / Nota: 2,5.

A impagável dupla voltou atuar uma última vez nas telonas fechando a trilogia cinco anos depois. A Gaiola das Loucas 3: 'Elas' se Casam, até tem uma premissa mais interessante e um roteiro que traz uma trama mais bem elaborada que a do filme anterior.. Porém, curiosamente, acaba sendo um filme inferior e o mais fraco da trilogia, por cometer o pecado mortal imperdoável de uma comédia: se totalmente sem graça. Lamentavelmente, um triste e melancólico final da franquia. Cotação / Nota: 0,5.

Inacreditável que somente quase vinte depois do original e onze anos do fim da trilogia que A Gaiola das Loucas ganhou uma versão hollywoodiana. E nesse caso, sinceramente, antes nunca do que tarde. Não que o filme seja totalmente ruim. Mas, apesar de ser uma cópia cagada e cuspida do original, praticamente  sem mudanças nenhuma na trama, e contar com um elenco estrelar encabeçado pelo saudoso Robin Williams, o remake acaba sendo sem graça, sem o mesmo brilho do original e m pouco burocrático e arrastado. Se só tiver assistido ele, pode até se divertir e achar engraçadinho, mas, nada mais do que isso. Mas, quem assistiu o original, vai achar uma cópia preguiçosa, um total desastre e desperdiço de uma boa, divertida e engraçada trama. Lamentável! Cotação / Nota: 3,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.





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