sexta-feira, 16 de junho de 2023

FESTIVAL DE FAN SERVICE FAZ UM FILMÃO?

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

The Flash.
Produção estadunidense, canadense, australiana e neozelandesa de 2023.

Direção: Andy Muschietti.

Elenco: Ezra Miller, Sasha Calle, Michael Shannon, Ron Livingston, Maribel Verdú, Kiersey Clemons, Antje Traue, Michael Keaton, Saoirse-Monica Jackson, Rudy Mancuso, Jeremy Irons (não creditado), Ben Affleck (não creditado), Gal Gadot (não creditada), George Clooney, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 2 do complexo Cinesystem Maceió em 14 de junho de 2023.
 
Sinopse
: Baseado em personagens da DC Comics e levemente no arco Flashpoint. Às vésperas do julgamento do recurso do seu pai (Livingston), condenado injustamente por matar sua mãe (Verdú), Barry Allen (Miller) descobre que seus poderes o possibilita viajar no tempo. Contrariando os conselhos de Bruce Wayne (Affleck), ele inventa de voltar no tempo e evitar que a trágica morte de sua mãe, e acaba provocando uma lambança temporal e multiversal.

Comentários
: "Um herói atrapalhado acaba mexendo no tempo e se metendo nas maiores confusões...". Bem que o trailer (pelo menos o brasileiro) do tão aguardado The Flash deveria vim com esta narração, já que temos aqui um filme bem Sessão de Tarde. Não no sentido de ser infantilizado, mas, por ser um filme que não se leva a sério. o que acaba sendo bem divertido, desde que você não crie nenhum tipo de expectativa, não cair na balela exageradíssima de alguns que vêm afirmando que se trata de um filme épico de super-herói. E se tiver um conhecimento prévio bem básico de cultura pop e das adaptações anteriores dos personagens da DC Comics, vai se diverti ainda mais com o festival de referências e fan service que são feitos aqui. Nesse sentido, o filme realmente surpreende (Dica: fuja de spoilers e, se possível, dos trailers, como o diabo foge da cruz) e provoca em nós tanto deliciosas risadas como emociona em alguns momentos.

Com tanto fan service e referências no cardápio, sem sombra de dúvida o prato principal acaba sendo as versões do Batman. Ben Affleck se despede do Morcegão de forma rápida, mas, em grande estilo, nos deixando com um aperto no peito por não tido a chance de brilhar infinitamente a mais como sua versão do herói.  Não é toa que o ator, que não guarda boas lembranças dos tempos em que esteve na DC, declarou em entrevista que sua participação aqui como o herói é a sua favorita.

Mas, ver Michael Keaton de volta ao Morcegão após trinta e um anos é um presentão nostálgico que recebemos. Impossível não se empolgar e se arrepiar em ver o veterano ator vestido o manto do herói, ao som da trilha original do clássico do final dos anos 1980. As participações do Morcegão em versão dupla roubam a cena, sem ofuscar o protagonismo do velocista escarlate, vivido duplamente de forma competente por Ezra Miller, que prova que tem talento. Realmente é uma pena que fora das telonas ele seja um cara tão problemático.

Chegamos agora a pergunta que dar título a nossa postagem. E a resposta obviamente é não. O grande problema do filme, sem sombra de dúvida é seu roteiro apenas satisfatório. Se por um lado é eficiente em  ir direto ao ponto, não inventar a roda com explicações mirabolantes que poderiam dar nó na nossa mente, por outro lado, as conveniências, furos e situações que só acontecem simplesmente porque o roteiro quer, acabam simplificando além da conta a trama, e chega a frustrar alguns, em especial aqueles fãs que teorizaram ou seguiram teorias de influencers e youtubers. E não aproveitarem a oportunidade para encerrar o praticamente extinto universo compartilhado e inaugurarem o novo que será implantado a partir do vindouro filme do Superman dirigido por James Gunn, acaba sendo um erro estupidamente grosseiro e imperdoável.

Outro erro estupidamente grosseiro e imperdoável fica por conta das várias ausências no festival de fan service promovido pelo filme. Por mais que não tivessem como contratar os atores, puta merda, custava pegar imagens em arquivos das produções passadas? Afinal, são da mesma empresa, portanto, sem nenhum tipo de impedimento. E cagarem para um certo segmento inteiro da DC, os artistas que o fizeram e os fãs cativos que o acompanhou por anos, é um total desrespeito, tornando esse erro ainda mais imperdoável. 

Por fim, outro problema no filme, que pode desagradar são alguns efeitos toscos, como por exemplo, numa certa cena que envolve bebês, que inclusive, o diretor meteu um caô para tentar justificar o injustificável, Um erro inadmissível e imperdoável nos dias de hoje, principalmente numa super produção de um grande estúdio centenário. Um adiamento a mais para capricharem mais nos efeitos (e de preferência, ajeitarem também o roteiro) seria muitíssimo bem-vindo. Sinceramente, por mim este The Flash deveria ter sido lançado após Besouro Azul e Aquaman: O Reino Perdido, para de fato marcar o desfecho de um universoe início de outro.

Felizmente, a direção competente e o carisma do elenco conseguem driblar os supracitados erro e entregam um filme muito divertido, que provoca boas risadas e também emociona em momentos pontuais. Evidente que fica a sensação após os créditos finais (literalmente, pois rola uma cena no final deles) que poderia ser um filme infinitamente melhor. Mas, não criando nenhum tipo de expectativa ou teoria, que particularmente foi o que fiz, com certeza, vai se divertir bastante e pelo menos sair satisfeito do cinema. CotaçãoNota: 7,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.


Nenhum comentário:

Postar um comentário