E chegamos ao final de mais um ano, e como de costume, nossas últimas postagens sempre são listando os destaques positivos e negativos que assistimos nos cinemas no decorrer do ano. Peço licença a vocês para quebrarmos um pouquinho a tradição, invertendo à ordem das postagens, iniciando listado os piores filmes, seja porque o ano de 2019 foi bom demais para nós cinéfilos e não seria legal encerramos falando dos que tentaram atrapalhar, seja para que eu queime neurônios por mais algumas horas na lista dos Melhores Filmes do Ano, já que temos um empate entre os quatro primeiros colocados n. Por mais que a safra de filmes deste tenha surpreendido, indo além do esperado em relação a qualidade, como sempre ocorre, sempre chegam algumas bombas. E mesmo eu evitando alguns filmes que estavam prometendo ser ruins, acabei não escapando, e infelizmente, encarando alguns, que a partir de agora, iremos listar.
E iniciamos a nossa lista nada honrosa com um empate. E triplo, arrancado já nos quarenta e cinco do segundo tempo. Em comum, além de serem ruins, os filmes que formam esse trio da vergonha alheia trazem um festival de desperdícios de talentos. Enquanto o suspense estadunidense desperdiça o talento da ganhadora do Oscar, Octavia Spencer, que faz o que pode com a merda de roteiro que lhe dão, a comédia tupiniquim desperdiça todo elenco da sitcom e a premissa interessante de contar como os personagens se conheceram, e de quebra, comete o pecado imperdoável de uma comédia de ser totalmente sem graça. O desperdício de elenco estrelar ainda é mais grave com a atualmente malhadíssima adaptação do musical renomado, já que além disso, colocar cada um para pagar um King Kong homérico em suas respectivas filmografia.
9. A Favorita.
Com certeza você deve está no mínimo estranhando a presença (isso se não tiver me xingando mentalmente) deste bajuladíssimo filme indicado ao Oscar. Só lembrando que, não sou crítico, muito menos um formador de opinião, mas, apenas um cinéfilo do povão, com preferências bem simples. Portanto, não sou obrigado a ter a mesma opinião que essa galera intelectualizada. Enfim, mesmo reconhecendo seus méritos (destaque para as atuações e a parte técnica que faz uma excepcional reconstituição de época), não gostei deste filme, achei chatinho e entediante, e por isso mesmo, garantiu lugar cativo nesta lista dos piores filmes do ano.
8. Kardec.
2019 não foi um bom ano para o nosso Cinema Nacional, como você pode perceber apenas vendo o mosaico na introdução (e olhe que eu deixei de assistir um monte de produção tupiniquim que aparentam ser tranqueiras). Neste período nebuloso, tentaram ressuscitar (ou seria reencarnar?) a modinha dos filmes de temáticas espíritas que, mesmo bem intencionados, pecam pelo excesso de didatismo doutrinário, que acabam engessando os atores, que entregam atuações que variam entre a canastrice e o piloto automático. É o que ocorre com esta cinebiografia (outro sub-gênero que teve um péssimo ano), que mesmo contando com uma parte técnica impecável, que entrega uma excelente reconstituição de época, não consegue salvar o filme de ser chato e entediante.
7. Greta.
Outro filme que está na nossa lista dos piores, mas, que você vai encontrar por aí na lista oposta, acompanhado de elogios rasgados. Ok! Reconheço que não só de filme fantasioso e com alto astral vive a sétima arte, e que uma produção mais realista, pé no chão, pessimista, melancólica, pode ser bem-vinda. Não é o caso deste filme, que acaba sendo entendiante ao extremo, com personagens todos fodidos, e um protagonista que de tão burro e otário chega a irritar. Mesmo as excelentes atuações (em especial, a do veterano Marco Nanini) conseguem salvar o filme de ser na minha humilde opinião um dos filmes mais chatos do ano.
Mais um empate na nossa lista da vergonha alheia. Sem dúvida, o gênero do terror é um dos que mais tem clichês, e os realizadores usam e abusam deles na maior cara de pau. O problema é quando rendem filmes ruins como A Maldição da Freira, que resgata dos quinto dos infernos o formato found footage da pior forma possível, e Maligno, que é mais um filme do gênero que traz pela enésima vez um pirralho malvadão. Dois filminhos bem bostas, com péssimos roteiros que trazem tramas patéticas que devem ser totalmente ignorados.
5. Eu Acredito.
Provavelmente, o filme mais bem intencionado da nossa lista, e por isso, é uma pena que esteja aqui. Mas, não seria justo ficar de fora, já que trata-se de um filminho gospel que de tão boboca chega até ser uma afronta a inteligência do público mais fervoroso, sendo um prato cheio para os detratores da fé alheia, principalmente, os que a definem com alienação. Um verdadeiro retrocesso no gênero que vem a cada ano ganhando em qualidade com ótimas produções, que aqui, tem um dos seus piores filmes.
4. Anos 90.
Outra escolha polêmica na nossa lista já que é mais um filme que a crítica rasgou elogios. O filme que marca o debute na direção do ator Jonah Hill, que até acerta na nostalgia, principalmente, em adotar o formato e a textura de imagem noventistas, mas, como roteirista acaba derrapando feio, resultando nun filme arrastadíssimo e entendiante (mesmo que só tenho aproximadamente uma hora e vinte minutos de duração), com personagens irritantemente chatos pra caralho (dar vontade de dar uma surra no pirralho protagonista de tão porre que ele é). Realmente, minha compreensão é pouca para entender como uma merda dessa agrada tanto a crítica.
3. Os Parças 2.
Chegamos ao nosso pódio, e infelizmente, a partir daqui, só vai dar Cinema Nacional. Nosso bronze de merda fica com essa comédia, que desperdiça de forma impressionante três impagáveis nomes do humor brasileiro. Simplesmente, o roteiro é um colcha de retalho, aparentemente feito de qualquer jeito, que só existe para o besteirol rolar solto. Não seria problema nenhum (particularmente, até gosto, e solto gargalhadas de qualquer bobagem) se não cometesse o pecado imperdoável de uma comédia: ser totalmente sem graça. Qualquer vídeo dos trio de protagonistas nos seus respectivos canais no YouTube é infinitamente mais engraçado e divertido. Infelizmente, essa merda está bombando nas bilheterias, o que só incentiva a emplacarem um terceiro filme, provavelmente, com o mesmo desleixo no roteiro e ainda mais desperdício dos inegáveis talentos de Tom Cavalcante, Whindersson Nunes e Tirullipa.
2. Mal Nosso.
Com entusiasta do nosso Cinema Nacional, defendo implacavelmente que sair da mesmice das comédias abestalhadas, das cinebiografias e dos filmes cabeças que rodam os festivais pelo mundo é algo essencial. É inegável que vários cineastas também estão atento a isso, e produzindo filmes de outros gêneros fora da caixinha, em especial, filmes de terror. Mal Nosso é uma dessas tentativas e tem uma parte técnica caprichadíssima. Mas, infelizmente, isso não é o suficiente para render um bom filme, já que o roteiro é uma bosta, trazendo personagens insuportáveis e uma trama chata pra caralho e patética. O resultado é tão frustrante e ruim, que fica com a nossa prata de merda.
Depois de queimar uma porrada de neurônios e não querendo encarar de novo nenhuma dessas duas merdas, acabou dando empate no nosso Pior Filme do Ano. E merecidamente, pois as duas cinebiografias tupiniquins contam com péssimos roteiros que descaradamente distorcem os fatos em prol da lavagem cerebral pretensiosa, seja para enaltecer e praticamente santificar um controverso líder religioso, ou para levantar bandeira ideológica e de resistência. Dois lixos cinematográficos que acabam sendo perigosos, já que muitas pessoas só têm contato com fatos narrados aqui apenas por eles, e passarão a acreditar com verdade o festival de mentirada que ambos vomitam. Além de um vergonhoso desserviço prestado, como sétima arte é péssimo, já que são duas bombas homéricas que juntos são os piores filmes de 2019.
MENÇÕES HORROROSAS:
Se você chegou até aqui, deve está sentindo falta de alguns filmes malhadíssimos, que figuram entre os piores em um monte de lista por aí. É o caso de Hellboy, que até funcionaria como um piloto de um seriado televisivo, mas, os imbecis inventaram de fazer um reboot nas telonas que ninguém pediu, e acabou dando nessa merda que quase todo mundo ama odiar e meter o cacete. E como não lembrar do tosco A Sereia - Lago dos Mortos, mais uma bomba vinda da Rússia para tentar avacalhar o gênero do terror. Por fim, a toda poderosa Disney também comete erros grosseiros, e na minha humilde opinião, nem mesmo Angelina Jolie e um elenco estrelar salvam o desnecessário Malévola: Dona do Mal de ser o único filme realmente ruim da Disney lançado em 2019.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano, na torcida que esses bombas fiquem em 2019.
Nenhum comentário:
Postar um comentário