Em sua segunda ficção, Schwarzenegger luta pela vida em reallity show fatal.
Nas últimas semanas, Arnold Schwarzenegger vem sendo citado com frequência nos telejornais em virtude do lançamento do remake de O Vingador do Futuro. Sem sombra de dúvida, o brucutu austríaco e atual ex-governador da Califórnia é um astro de ação que se deu muito bem na ficção científica, atuando, até agora, em seis produções do gênero. O Sobrevivente, de 1987, foi seu segundo filme do gênero e, visivelmente, o com o orçamento mais limitado. A trama se passa em 2017, onde os Estados Unidos vive um regime totalitário, após um grande colapso econômico. Ben Richards é um soldado à serviço do governo que, por desobedece a ordem de detornar uma multidão esfomeada, é condenado e enviado para prisão. Um ano e seis meses depois, Ben foge, mas é capturado e enviado para participar do programa televisivo The Running Man, um realitty show fatal, onde prisioneiros são caçados e exterminados ao vivo, apresentado pelo sádico Damon Killian (Richard Dawson), que para apimentar ainda mais e aumentar a audiência coloca no jogo seu amigo e companheiro de fuga, William (Yaphet Kotto), e a refém de Ben, Amber Mendez (Maria Conchita Alonso). O que o tosco apresentador não contava é que desta vez a caça não seria presa fácil, dando trabalho aos toscos caçadores do reallity.
Baseado num conto de Stephen King, que assinou com um pseudônimo, e que na época declarou apenas que seus filhos tinham gostado do filme, O Sobrevivente tem um roteiro regular, acerta em alfinetar a mídia, mas, que também, serve de mera desculpas para o Schwarzenegger, no auge de sua forma física e carreira nas telonas, fazer o que saber fazer melhor, ou seja, distribuir porradas e tiros para tudo que é lado. A produção não é das melhores e mais caprichadas, com direito a um figurino ridículo de Schwarzie, Kotto e Conchita Alonso, pagando um mico de proporções elevadíssimas. Mesmo com todo altíssimo nível tosco, o filme é divertido, envolvente, com muita ação e cenas empolgantes. Não chega a ser a melhor ficção do brucutu austríaco, mas, também não é a pior, dando um pisa feia em O 6º Dia e O Exterminador do Futuro 3 - A Rebelião das Maquinas, produções bem mais caprichadas com orçamentos mais generosos.
Curiosamente, a trilha instrumental do filme tornou-se inesquecível, não por ser uma obra-prima maravilhosa, mas, por sempre ser usada até hoje, pela Rede Globo, quando faz a chamada de algum filme de suspense. Outra curiosidade que um dos oponentes de Schwarzenegger no filme, Jesse Ventura, que também trabalhou com ele em O Predador, andou se estranhando na vida real devido as diferenças políticas. Ambos já foram governadores, sendo que Schwarzie da Califórnia e Ventura, de Minnesota.
Com um enredo regular, mas com ação e suspense na medida certa, O Sobrevivente consegue supera todas as suas deficiências, sendo um filmação muito divertido e empolgante. Um clássico oitentista que anda sumidísismo das telinhas, que precisa ser descoberto, visto e revisto, principalmente, por aqueles que curtem um filminho de ação bobo, que não tem outro compromisso que não seja entreter, sem exigir muita queima de neurônio. Nota 8,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
Silvio Santos do Mal:
Apresentador comete grande erro em colocar Schwarzie
no seu saguinolento reallity.
Trailer original legendado.
Contribuição deste blogueiro para que O Sobrevivente seja conhecido.
O filme inteiro, na dublagem original.
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