Aproveitando a moda de adaptação de livros adolescentes para as telonas, Percy Jackson e o Ladrão de Raios é um Harry Potter melhorado.
Com o estouro nas bilheterias no mundo inteiro de Harry Potter e A Saga Crepúsculo os produtores hollywoodianos foram buscar na literatura recente, principalmente à voltada para o público infanto-juvenil sua fonte de renda. Em 2010, os estúdios Fox contratou o diretor Chris Columbus, responsável pelos dois primeiros filmes do bruxinho cabuloso e lançou toda as suas fichas em Percy Jackson e o Ladrão de Raios, filme que acabei de assistir no canal Fox, utlizando praticamente a mesma fórmula: um trio de jovens protagonistas estreantes auxiliados por um elenco coadjuvante de astros e estrelas, efeitos especiais caprichadísismos que só tornam reais aos nossos olhos um roteiro muito bem escrito. Pena que o tiro saiu pela culatra e fracassou nas bilheterias norte-americanas. Felizmente, fez um relativo sucesso munda à fora, o que animou o estúdio a se animar e engantilhar uma continuação, atualmente em fase de produção.
A fonte original é bem interessante. Ao contrário de J. K. Rowling, que criou todo universo de Harry Potter, o escritor Rick Riordan foi buscar na mitologia grega a inspiração para criar o universo de Percy Jackson. É inegável que a idéia, além de criativa, é também educativa, um prato cheio para os professores de história e filosofia despertarem o interesse dos alunos pela mitologia grega. Não li nenhum dos livros, mas, impossível depois de assistir Percy Jackson e o Ladrão de Raios, não querer ir agora mesmo numa livraria e adquirir os livros da série. Curiosidade pelos livros à parte, vamos ao que interessa que é os comentários sobre o filme.
Na trama, Zeus (Sean Bean), vem à terra, puto da vida por terem roubado o seu raio, louquinho para chutar o pau da barraca e provocar uma guerra. Sua suspeita cai sobre o filho do seu irmão Poseidon (Kevin McKidd), o adolescente Percy Jackson (Logan Lerman), que sequer consegue superar a dislexia e déficit de atenção, quanto mais saber que na verdade ele é um semideus ou herói. Até que um dia, após ser atacado por uma criatura mitológica, descobre a verdade da sua origem e que seu melhor amigo, Grover (Brandon T. Jackson) é um sátiro (metade homem, metade bode) que tem a missão de protegê-lo. Após enfentar um gigantesco minoutaro, Grover e Jackson chegam ao acampamento dos meio-sangues, lugar onde outros semideuses/heróis são treinados por Quíron (Pierce Brosnan). Ao saber que sua mãe (Catherine Keener) não morreu no ataque do minotauro e está sendo aprisionada por Hades (Steve Coogan), e também querendo provar sua inocência, Percy parte do acampamento, sendo acompanhado pelo fiel protetor Grover e pela belíssima Annabeth (Alexandra Daddario), filha da deusa Atena (Melinda Kanakaredes). O trio enfrenta corajosamente os mais variados perigos, incluindo um encontro com a Medusa (Uma Thurman, surpreendentemente convicente e hilária) antes de chegar ao Mundo Inferior, onde habita Hades e sua esposa Perséfone (Rosario Dawson).
Com um enredo muito bem escrito e criativo Percy Jackson e o Ladrão de Raios é um filmaço de aventura com ótimas sequências de ação, que prende a nossa atenção do começo ao fim. Somado com um elenco competente e os efeitos especiais de encher os olhos o resultado é uma agradabilíssima surpresa que consegue ser melhor e mais eletrizante e empolgante que a série Harry Potter (me desculpem os fãs do bruxinho, mas, essa é a minha opinião). Em síntese um filme excelente, com todo potencial e moral para inaugura com chave de ouro uma franquia que tem tudo para se tornar tão inesquecível e marcante na história do cinema quanto a saga do bruxinho. Nota 10,0.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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