De um extremo ao outro: Em Condenação Brutal, Sylvester Stallone deixa de lado os personagens durões, quase indestrutíveis, para viver um molenga que só reage no final.
Desde que Clint Eastwood estrelou em 1979 o clássico Alcatraz - Fuga Impossível, que praticamente virou regra que todo astro de ação que se preze deveria fazer um filme ambientado na prisão. Dez anos depois, foi a vez do eterno Rambo, Sylvester Stallone, ir para atrás das grades no atualmente sumidíssimo Condenação Brutal, onde vive Frank Leone, um prisioneiro que cumpre pena num presídio de segurança mínima. Faltando seis meses para pagar sua dívida com a sociedade, a vida de folgadão num balneário é interrrompida quando, inexplicavelmente, na calada da noite, Frank é transferido por um presídio barra-pesada, administrada pelo diretor Drumgoole (Donald Surtherland, ótimo), que anda engasgado com Frank, por ser o único prisioneiro que escapou de uma prisão administrada por ele. Puto da vida, o sádico diretor faz Frank comer o pão que diabo amassou, provoncando-o, com a intenção dele chutar o pau da barraca e tentar uma fuga, o que só aumentaria a sua pena.
Condenação Brutal tem um roteiro regular, com situações clichês típicas dos filmes de prisão, como também sequências ao estilo Rocky IV (a sequência da reforma de um carro velho, ao som de um música horrível) e Rambo III (a sequência do jogo de futebol americano), filme de Stallone anterior a este. Condenação Brutal tem um enredo até certo ponto interessante, apesar de arrastado. O problema é que Frank Leone é uma personagem tão passivo que chega a irritar. Acostumados a ver Stallone como um durão fodástico, exército de um homem só, nos fustramos ao ver o astro apanhando feito um condenado, sem reagir, só dando o troco nos quinze minutos finais. E são justamente esses instantes finais, somados a um elenco coadjuvante competente, que além da ótima atuação de Surtheland, conta também com John Amos e Tom Sizemore, que salvam o filme de um desastre total e de entrar na lista ds piores filmes do astro. Nota 7,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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