segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

A COBRA NÃO FUMOU.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

G.I. Joe Origens: Snake Eyes (Snake Eyes: G.I. Joe Origins).
Produção estadunidense de 2021.

Direção: Robert Schwentke.

Elenco: Henry Golding, Andrew Koji, Úrsula Corberó, Samara Weaving, Haruka Abe, Takehiro Hira, Iko Uwais, Peter Mensah, James Hiroyuki Laio, entre outros.

Blogueiro assistiu no streaming (Netflix) em 18 de fevereiro de 2023.

Sinopse
: Baseado em personagens de uma linha de brinquedos da Hasbro. Com sangue nos olhos em busca de um acerto de contas com o seu passado, o lutador Snake Eyes (Golding) acaba sendo recrutado por mafioso da Yakuza (Hira) para se infiltrar num clã japonês milenar, que guarda um poderoso segredo. Isso ocorre quando ele acaba salvando a vida de um dos membros (Koji), que prontamente o convida para ingressar. À medida em que ele vai se aprofundando no treinamento , ele fica na dúvida, entre levar adiante ou não, a missão para qual foi contratado.

Comentários
: Se tem uma franquia que eu torço bastante para dar certo é G.I Joe. Afinal, quando criança brinquei bastante com os bonecos do Comando em Ação. E não é por falta de tentativa que realmente a franquia não decola, já que na minha humilde opinião os dois filmes anteriores são muito bons. A mais recente tentativa foi neste filme que, ao mesmo tempo é prequel, spin-off e reboot, que no quesito ação consegue manter o mesmo padrão dos antecessores. Mas, infelizmente, o roteiro não ajuda, já que entrega uma trama bem genérica, típica de filme de ação B, recheada de clichês e ligeiramente arrastada. Problema nenhum se não fosse pelo potencial do personagem que, sem sombra de dúvida, é um dos mais interessantes do grupo, que inclusive se destacou nos filmes anteriores, e que portanto, merecia um cuidado melhor com o roteiro, desperdiçando uma ótima oportunidade de entregar uma trama à altura do personagem.

Além do desperdiço do personagem promovido pelo roteiro, também temos o desperdiço total de Úrsula Corberó, a Tóquio de La Casa de Papel, que  em seu debute numa produção hollywoodiana está pessimamente canastrona como a Baronesa, e principalmente, o astro marcial Iko Uwais (que inclusive, na minha opinião, deveria ter sido escalado para viver o Snake Eyes), muito mal aproveitado em sequências de ação xoxinhas, infinitamente inferiores ao seu inegável talento. E falando nisso é inadmissível que um filme cujo o personagem é perito em artes marciais as coreografias de lutas sejam tão burocráticas.

Apesar de tudo isso, o estrago não é total. O bom ritmo de ação frenética adotado acaba salvando o filme, entregando um bom entretenimento, que cumpre relativamente bem sua função de diversão escapista, sem nenhuma profundidade. O que acaba sendo pouco, quase nada para um filme que prometia resgatar uma franquia. Sem criar expectativas e não sendo muito exigente, você pode gostar. 
CotaçãoNota: 7,0.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.

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