RECORDAR É REVER: O RAPTO DO MENINO DOURADO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / = Preciso mesmo dizer?.

O Rapto do Menino Dourado (The Golden Child).

Produção estadunidense de 1986.

Direção: Michael Ritchie.

Elenco: Eddie Murphy, Charles Dance, Charlotte Lewis, Victor Wong, Randall "Tex" Cobb, James Hong, Shakti, J.L. Reate, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo), em home vídeo (VHS) e online (Telecine Play).

Cotação: 

Nota: 3,5.

Sinopse: Segundo uma antiga lenda tibetana, a cada mil anos nasce uma criança que irá trazer paz ao mundo. Com o surgimento de uma nova criança (Reate), o capeta envia o malvadão Sardo Numpsa (Dance), que acaba com a festa dos monges tibetanos, invadindo o templo com seus capangas, sequestrando a criança e levando-a para Los Angeles. Mas, nem tudo está perdido, já que a mesma lenda diz que um escolhido irá acabar com a capetagem, salvando a criança. Ao ver num tosco programa de entrevistas Chandler Jarrell (Murphy), cara que ganha vida procurando crianças desaparecidas em Los Angeles, a gata sacerdotisa tibetana Kee Nang (Lewis) acredita que Chandler seja o escolhido e pede arrego a ele, que mesmo cético com tal destino, aceita procurar a tal criança dourada.

Comentários: Clássico oitentista e da Sessão da Tarde que claramente faz uma mistura entre Um Tira da Pesada com Os Aventureiros do Bairro Proibido, com pitadas generosas de Indiana Jones, estrelado por Eddie Murphy, no auge do seu sucesso com o estouro do primeiro Um Tira da Pesada, que arrebentou nas bilheterias no finalzinho do ano de 1986. Quando criança gostava deste filme, mas, ao revê-lo hoje percebo que o filme tem um seríssimo problema: um roteiro fraquíssimo e preguiçoso, que traz uma historinha bobinha, patética, mas, repleto de furos e incoerências. Apesar de bastante cultuado por muitos até hoje, o resultado é um filminho abestalhado, fraquinho e insosso, com pouquíssimos momentos divertidos e engraçados (leia-se apenas a sequência da consulta aos monges e que se passa no aeroporto no Nepal com Murphy à la Axel Foley), que envelheceu mais (os efeitos são toscos para o que estamos acostumados hoje em dia) e só não é um dos piores de Murphy porque o astro estrelou muitas tranqueiras bem piores que esta. Vale apenas pela nostalgia de rever e nos lembrarmos dos bons e saudosos tempos da Sessão da Tarde, que em comparação a maioria dos filmes que são exibidos hoje em dia, tornam este uma obra-prima da diversão.

VOCÊ SABIA?

Pois é, galera. O Menino Dourado do título nacional na verdade é uma menina. De acordo com o site Nerd Pai, isso ocorreu não porque os produtores escalaram uma menina para interpretar um menino, mas, toda a culpa é de quem escolheu o título tupiniquim, que erroneamente sapecou um "Menino" ao invés de colocar a tradução literal "Criança Dourada". E realmente, assistindo o filme com mais atenção, percebemos que em nenhum momento o menciona como menino, mas, como criança (apesar da dublagem clássica e atualmente a legenda do Telecine Play permanecer no erro de chamar "Menino"). Mas, vamos dar um desconto, já que o visual Buda mirim da criança e, principalmente, a sequência final onde a criança realmente está vestida como um menino, leva qualquer um de nós ao erro.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.