segunda-feira, 8 de abril de 2013

MAIS BOND EM DOSE DUPLA.

= Excepcional. / = Muito bom. / = Bom./ = Regular. / =  Fraco. 

A vida sempre nos apronta surpresa. Nem mesmo na época do lançamento de 007 Operação Skyfall nas telonas, onde este blogueiro tentou comentar boa parte dos filmes da franquia, esperava, numa mesma semana encontrar e adquirir em DVD títulos do agente secreto mais conhecido do mundo (apesar que tenho vinte filmes e o tosco Nunca Mais, Outra Vez, em VHS, mas, estão parados, por não ter mais o saudoso companheiro de cinema em casa nas antigas, o videocassete). Na última quinta, passando pelas Americanas do Centro de Maceió, encontrei mais dois títulos, simplesmente, o primeiro filme da franquia, estrelado por Sean Connery e que no ano passado completou cinquenta anos e o segundo estrelado pelo meu Bond favorito, Roger Moore. Sem perder tempo com minha empolgação, vamos aos comentários de mais dois filmes da franquia 007.

O Satânico Dr. No OU 007 Contra o Satânico Dr. No (Dr. No).
Produção britânica de 1962.

Direção: Terence Young.

Elenco: Sean Connery, Ursula Andress, Joseph Wiseman, Bernard Lee, Jack Lord, Anthony Dawson, Robert Rietty, Lois Maxwell, entre outros. 

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo), por assinatura (Telecine Action) e em home vídeo (VHS e DVD).

Conceito

Nota: 8,0.   

Sinopse:  Um espião inglês e sua assistente, que atuam numa missão na Jamaica são assassinados. Sem saber do paradeiro dos dois, o M-16 envia o agente James Bond (Connery), para investigar o que aconteceu. Desde da sua chegada, Bond corre risco de morte, mas, conta com a ajuda do agente da CIA, Félix (Lord),  e, posteriormente, da caçadora de conchas Honey Ryder  (Andress). A investigação leva Bond a uma ilha misteriosa e deserta, de propriedade de Dr. No (Wiseman), gênio do crime que tem um plano maléfico de ferrar com a corrida espacial dos Estados Unidos.

Comentários:  Estreia em grande estilo de Bond nas telonas, o filme cinquentão chegou aos cinemas brasileiros com título O Satânico Dr. No e somente décadas depois, com o lançamento do filme em home vídeo, no jurássico e saudoso VHS, é que ganhou o título que conhecemos hoje. Independente do título duplo, o importante é que somos muito bem apresentados a mitologia do personagem que hoje conhecemos tão bem, desde do seu drinque favorito, passando pelo seu jeitão charmosão pica-doce que faz o cara listar e traçar a mulherada, a figuraça secretaria Moneypenny, e seu amigo da CIA e parceiro de várias missões, Félix. O filme tem um roteiro muito bem elaborado dosando perfeitamente a ação e todo clima investigativo (apesar de ser desnecessariamente alongado, característica negativa típica de boa parte dos filmes das franquias, em especial, os mais antigos), com Connery arrebentando como Bond, numa atuação carismática, e bond-girls lindíssimas. Curiosamente, fala-se somente de Andress, a primeira Bond Girl de fato e direito, mas, as outras duas moças que Bond se envolve também são um colírio para os olhos.

Algumas sequências podem parecer toscas para os dias de hoje, e o ritmo de ação um pouco mais lento (outra característica dos filmes do 007 das antigas) podem fazer a nova geração acostumada com os ritmo frenético dos filmes atuais torcer o nariz para o filme. Mas, o fato é que Bond fez uma grande estreia nas telonas, num filme envolvente e muito divertido. Pode não ser o melhor filme da franquia, mas, em compensação, está entre os melhores filmes da franquia. Um tesouro que precisa ser descoberto. 

 
"Bond, James Bond."
Primeira vez que o personagem diz sua célebre frase. 

 
Dr. No (Joseph Wiseman), abriu a galeria dos 
vilões inesquecíveis e surreais.

 
Com uma qualidade excepcional,
filme cinquentão está disponível em DVD e em Blu-Ray.

Trailer original.

007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro (The Man with the Golden Gun).
Produção britânica de 1974.

Direção: Guy Hamilton.

Elenco: Roger Moore, Christopher Lee, Britt Ekland, Maud Adams, Hervé Villechaize, Bernard Lee, Desmond Llewelyn, , Lois Maxwell, Soon-Tek Oh, entre outros. 

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo), por assinatura (Telecine Action) e em home vídeo (VHS e DVD).

Conceito

Nota: 6,0.   

Sinopse:  No nono filme da  franquia, a princípio a missão de Bond (Moore) é salvar a própria vida, já que está na mira do misterioso e egocêntrico assassino Francisco Scaramanga (Lee), que coloca suas vítimas num jogo mortal antes de matá-las. Sem saber como ele é, mas, apenas que o perigoso assassino tem três mamilos e pistola e balas de ouro, Bond tentar reverter a situação ao seu favor, investigando quem é o cara e mandá-lo para  a terra do pé junto antes que ele o faça primeiro. No decorrer da investigação, Bond descobre que tudo é uma farsa, pois o vilão tem outros planos bem mais ambiciosos do que apenas matá-lo. 

Comentários: Um ano depois da divertida estreia em grande estilo, com direito até a canção-tema cantada pelo eterno Beatle Paul McCartaney, Moore volta a dar mais um show de carisma e bom humor como Bond, ainda mais a vontade no personagem que este blogueiro considerá-lo, até hoje, o melhor Bond de todos os tempos. Mas, não lembro de outro filme da franquia repleto de personagens com nomes toscos como Scaramanga, Goodnight e Nick Nach, e bizarrices como os três mamilos do vilão, um figuraça anão como capanga do vilão (o saudoso Villechaize, o eterno Tattoo, o clássico seriado televisivo A Ilha da Fantasia) e Bond engolindo acidentalmente uma prova e partindo para uma farmácia para obtê-la da forma óbvia. Com um roteiro regular, além das  bizarrices, o filme também pega carona na crise do petróleo e no estouro dos filmes de kung fu estrelados pelo saudoso Bruce Lee, usando-os no desenrolar trama. O resultado final é um filme divertido, graças principalmente ao carisma de Moore, porém, um dos mais fracos da franquia. 

 
Bond com Goodnight.
A bond girl teve que ralar muito para levar o agente para cama.

 
Pequeno capanga, grande ladrão.
O saudoso e eterno Tattoo da Ilha da Fantasia 
rouba a cena no nono filme do agente 007.

 
Como todos os filmes da franquia, segunda missão do
Bond Moore encontra-se disponível em home vídeo.



Rick Pinheiro.
Cinéfilo.

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