BOND NO BRASIL.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / =  Fraco.  

007 Contra o Foguete da Morte (Moonraker).

Produção franco-britânica de 1979.

Direção: Lewis Gilbert.

Elenco: Roger Moore, Michael Lonsdale, Lois Chiles, Richard Kiel, Corinne Cléry, Bernard Lee, Desmond Llewelyn, Lois Maxwell, Carlos Kurt, entre outros. 

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo), por assinatura (Telecine Action) e em home vídeo (VHS e Blu-ray).

Conceito:

Nota: 7,0.  

Sinopse:  A nave Moonraker é sequestrada em plena órbita. Bond (Moore) é convocado para saber o que de fato aconteceu e encontrá-la. No decorrer das investigações, que o leva aos Estados Unidos, Veneza e ao Rio de Janeiro, e a encarar um velho inimigo conhecido, o figuraça grandalhão   Jaws (Kiel) o agente secreto mais conhecido de Sua Majestade descobre que o mega-milionário Hugo Drax (Lonsdale), proprietário da nave, não somente é responsável pelo suposto desaparecimento, como também tem um plano maquiavélico de ferrar com o nosso planeta e reconstruí-lo posteriormente ao seu modo.

Comentários: A sensação de ter o primeiro Blu-ray é indescritível. Na última terça, não somente adquiri o aparelho, como também meus primeiros filmes na mídia, os quais somente este ainda não tinha sido comentado aqui. Mas, não estamos aqui para falar do novo "brinquedinho" de um cinéfilo, então, bora aos comentários do filme. Nas antigas, precisamente no final dos anos 60 e no decorrer dos 70 e meados dos 80, a ansiedade dos fãs da franquia 007 era a mesma dos atuais fãs dos filmes da Marvel, ou seja, esperar o termino dos créditos finais. Não tinha as cenas extras, gancho para o próximo filme, mas, tinha a frase "James Bond retornará em" e o título da próxima aventura de Bond nas telonas. Ao final do fodástico, e um dos melhores filmes da franquia, 007 - O Espião Que Me Amava, aparece a frase que Bond voltaria em Somente para os Seus Olhos. Mas, diante do estrondoso sucesso do gênero ficção científica no final dos anos 70, principalmente do primeiro Star Wars, os produtores da franquia 007 resolveram colocar Bond num cenário de ficção científica, com este 007 Contra o Foguete da  Morte, adaptação nada fiel (exceto apenas pelo nome do vilão) do terceiro livro de Fleming estrelado por Bond, um dos filmes mais malhados pela crítica e fãs. 

Particularmente, não acho o filme tão horrível assim, muito menos o pior da franquia. É bem verdade que não é grande coisa, mas, até a primeira metade, o filme é ótimo, mesmo com uma dosagem de humor exagerada que muitas vezes beirando ao besteirol de desenho animado, o uso desnecessário das trilhas das ficções  2001 - Uma Odisseia no Espaço e Contatos Imediatos do 3º Grau, e alguns efeitos especiais toscos, com atores em frente a uma tela projetada, ultrapassados até mesmo para a época, afinal, Star Wars e Superman - O Filme, por exemplo, já tinham sido lançados. O problema é a partir da sequência que Bond aparece em traje gaúcho ao som da trilha de Sete Homens e um Destino, e posteriormente, encontra o esconderijo do vilão e vai para o espaço. O roteiro se perde totalmente, com sequências patéticas e surreais, como a que Bond encara uma tosca sucuri, quando os atores fingem descaradamente e ridiculamente que estão em flutuando na estação espacial, a batalha homem a homem em pleno espaço sideral e as pistolas laser a la Star Wars. Motivos mais do que suficientes e justíssimos para fãs e críticos descerem a lenha no filme até hoje.

Em compensação, para nós brasileiros, temos a satisfação de ver Bond em nossa terrinha não fazendo feio, já que as melhores e mais divertidas sequências deste desastroso filme da franquia são justamente as que ocorrem no Rio de Janeiro, estereotipado, "para variar" com povo na rua pulando carnaval e matas. Também é motivo de orgulho a ponta do saudoso Carlos Kurt (1933-2003), o eterno vilão dos filmes da época do grupo Os Trapalhões , como funcionário do aeroporto que encara Jaws quando desembarca no Brasil. Uma pena que tanto a minúscula presença do saudoso ator brasileiro, como Bond por aqui, tenham sido desperdiçadas, justamente num dos filmes mais fracos da franquia. Já passou da hora do agente secreto mais conhecido de Sua Majestade voltar por aqui, deste vez num filmaço como 007 - Operação Skyfall. Quem sabe no próximo filme. 

Rick Pinheiro.

Cinéfilo. 

 

A volta do divertido capanga Jaws, sem o mesmo brilho 

do filme anterior, 007 - O Espião Que Me Amava.

 

Fiasco total.

Até no cartaz, produtores tentaram pegar carona em Star Wars. 

 

Uma das sequências dos efeitos espaciais à moda antiga.

Algo irônico para quem pretendia seguir a cartilha Star Wars. 

 

A aventura de Bond em terras brasileiras está disponível

em Blu-ray e DVD.

Trailer.