Baseado em fatos reais, filme sair do lugar comum das produções que narram a amizade entre criança e animais.
Desde sempre filmes infantis que narram a amizade entre um (a) pirralho (a) sempre são produzidos ao monte. Geralmente, são filmes bonitinhos, abobalhados, com toques exagerados de sentimentalismo barato que faz corar de vergonhas os protagonistas de novelas mexicanas. Poucos são filmes realmente bons, que fogem desta regra, como no caso do recente Winter, O Golfinho, que vem sendo exibido constantemente no canal fechado HBO, que conta uma cativante e emocionante história real de superação de um golfinho fêmea que é encontrado à beira da praia, entre a vida e a morte encalhado, preso a uma rede de pesca, por por Sawyer (Nathan Gamble), um garoto introvertido, que, imediatamente liga para a equipe de resgate de um hospital marinho em crise. O animal é salvo pela equipe, mas, tem sua cauda amputada. Sawyer e a família proprietária do lugar lutam contra o tempo para o fofo animal marinho supere a deficiência, a fim de não ser sacrificado, recorrendo a ajuda do renomado especialista em prótese, Dr. McCarthy (Morgan Freeman).
Admito que, além do fato de sido exibido apenas dublado nos cinemas alagoanos, não tive o mínimo interesse em assistir o filme, pois achava que se tratava de mais um filminho bobinho do tema, por isso, fui agradávelmente surpreendido quando assistir na HBO. Winter é um filmaço envolvente, realmente muito emocionante, sem apelar um segundo sequer para o sentimentalismo barato tão presente em filmes com este tema, que prende atenção e até arranca inevitáveis lágrimas dos mais sensíveis, graças a um roteiro muito bem escrito e a condução perfeita do diretor e atualmente sumidíssimo como ator Charles Martin Smith (que fez o intocável que realmente ferrou com Al Capone no fodástico clássico oitentista Os Intocáveis), que nos presenteia com sequências emocionantes e outras de encher os olhos.
Com um ótimo elenco e fugindo totalmente dos clichês das produções do tema, Winter, O Golfinho é uma agradabílissima surpresa, para ser vista e revista por toda família. Muito mais do que uma excelente produção feita sob medida, é uma belíssima e comovente história de superação. Ah, e os cinéfilos mais atentos, vale também conferir um encontro, mesmo que tímido e rapidíssimo entre Freeman e Ashley Judd, protagonistas de Beijos que Matam. Imperdível! Nota 9,5.
Ah, caso você deseje conheceR mais desta emocionante história real, acesse o site oficial da golfinho: http://www.seewinter.com/. O site, obviamente, está em inglês, mas, vale a pena conferir, com direito a ver ao vivo o simpático golfinho. Recomendadíssimo.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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