quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

RECORDAR É REVER: COM 007 SÓ SE VIVE DUAS VEZES.

Em sua quinta missão nas telonas, Bond corre contra o tempo para evitar a terceira guerra mundial.
 
Na época da guerra-fria, o mundo vivia apreensivo, com receio dos Estados Unidos e a antiga União Soviética viessem as vias de fatos  e inicia-se a 3ª Guerra Mundial.. E o cinema, em especial os filmes do agente secreto mais conhecido do mundo, 007, deitaram e rolaram sobre o tema. Caso, por exemplo, de Com 007 Só Se Vive Duas Vezes, de 1967, quinta aventura do espião de Sua Majestade nas telonas, interpretado aqui por Sean Connery, que se despedia pela primeira vez do personagem, voltando a interpretá-lo em 1971 em 007 - Os Diamantes São Eternos e extra-oficialmente em 1983 no tosco Nunca Mais Outra Vez. Na trama, naves espaciais, norte-americanas e soviéticas, passam a ser raptadas e sumirem em plena órbita. Ambos os países se acusam e com o desentendimento, a 3ª Guerra Mundial está preste a estourar. Para evitar isso, a Inglaterra envia seu melhor agente secreto. Bond vai até o Japão e nas investigações, descobre que a terrível organização SPECTRE, comandada pelo super-vilão Blofeld (o saudoso Donald Pleasence, ótimo), que quer mais que o mundo se exploda, para poder dominá-lo.
 
Com um roteiro bem escrito, apesar de cometer erros gravíssimos nos absurdos (Bond sendo transformado em japonês, foi a ideia mas tosca e desnecessária de toda série, que fazem as peripécias super-heroicas do personagem, principalmente nas produções recentes estreladas por Pierce Brosnan e Daniel Craig serem possíveis), o filme dosa perfeitamente a ação e o suspense, algo bem típico nas produções antigas de Bond. Connery, está cada vez bem a vontade no personagem, assim como Pleasence, que rouba a cena como o vilão Blofeld, que, depois de aparecer em outros dois filmes anteriores da série, apenas com sua mão afagando um gato branco, finalmente mostra sua cara feia nas telonas (o vilão ainda aparecia no filme seguinte, 007 A Serviço Secreto de Sua Majestade, interpretado pelo saudoso e eterno Kojak Telly Savalas (1924-1994), em mais dois filmes oficiais da franquia  e no lixo extra-oficial já mencionado acima). Não é o melhor filme de Bond (se sucedido pelos quatros excelentes primeiros filmes o prejudicou bastante), mas, também não é o pior, e ainda tem uma das música-tema mais memoráveis, cantada por Nancy Sinatra. Um ótimo filme da Bond, que pode até entediar os fãs da nova geração acostumado com o ritmo frenético das produções atuais, mas que merece ser descoberto, visto e revisto. Nota 8.0.
 
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
 
 
Bond, interpretado pelo lendário Connery, lutando
contra o tempo para evitar a 3ª Guerra Mundial.
 
 Donald Pleascense como Blofeld.
O vilão mostra sua cara pela primeira vez e,
depois apareceria mais duas vezes na franquia,
na pele de Telly Savalas e Charles Gray.
 
 
Um dos posters originais do filme.

 
Capa do DVD ainda disponível nas lojas.
 
 
Trailer original.
 

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