quarta-feira, 1 de junho de 2011

FALANDO EM CHAPLIN, OSCAR E RICHARD ATTENBOROUGH...

Curisiodades/Filmes.
Falando em Chaplin,  Oscar e Richard Attenborough.

Como diz o ditado popular: um assunto puxa ao outro.

Falando  em Chaplin e Oscar...

Apesar de seu inigualável talento, o genial Charles Chaplin, não foi devidamente reconhecido pelos membros da Academia. Disparada isoladamente em primeiro lugar, a  maior injustiça já cometida na história do Oscar.

De acordo com informações extraídas da Wilkipédia*:

* Na 1ª Entrega dos Prêmios da Academia em 16 de maio de 1929, os procedimentos de votação da auditoria ainda não tinham sido postos em prática, e as categorias eram ainda muito fluidas. Chaplin havia sido originalmente indicado ao Oscar de Melhor Ator e de Melhor Diretor pela excepcional comédia pelo O Circo, mas seu nome foi retirado quando a Academia decidiu dar-lhe um prêmio especial "pela versatilidade e genialidade em atuar, escrever, dirigir e produzir O Circo".

* Em 1972, Chaplin ganhou o Oscar de Melhor Trilha Sonora pelo filme Luzes da Ribalta, de 1952, que também foi um grande sucesso. Curiosamente, além de ter sido premiado vinte anos depois, o filme não chegou a ser exibido durante uma única semana em Los Angeles quando foi originalmente lançado. Este critério de nomeação era desconsiderado até 1972.

* Chaplin também foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original e Melhor Ator em O Grande Ditador em 1940, e novamente por Melhor Roteiro Original em Monsieur Verdoux em 1948. Espantosamente, não  foi premiado.

* O desprezo dos membros da Academia era  recíproco por parte do gênio. Durante seus anos ativos como cineasta, Chaplin expressava desprezo pelos Oscars; seu filho descreve que ele provocou a ira da Academia ao deixar seu Oscar de 1929 ao lado da porta, para não deixá-la bater. Isto talvez explique porque Luzes da Cidade e Tempos Modernos, considerados por várias enquetes como dois dos melhores filmes de todos os tempos,[nunca foram indicados a um único Oscar.

* O segundo Oscar Honorário de Chaplin veio quarenta e quatro anos mais tarde, em 1972, e foi pelo "efeito incalculável que ele teve em tornar os filmes a forma de arte deste século". Ele saiu de seu exílio para receber esse prêmio, e recebeu a mais longa ovação em pé da história do Oscar, com uma duração total de dez minutos. Chaplin também aproveitou seu breve e triunfante retorno aos Estados Unidos para discutir como seus filmes seriam relançados e comercializados.

Apesar do não reconhecimento devidamente por parte dos membros da Academia, o inigualável talento de Chaplin é merecidamente reconhecido até hoje, superando até mesmo a famosa premiação da estatueta careca. Somente um gênio como Chaplin para conseguir tamanha façanha.

Falando em Chaplin e Attenborough..

Em 1992, o ator e diretor Richard Attenborough, mais conhecido como o Dr. John Hammond de Jurassic Park,  nos presenteou com o excelente Chaplin, cinebiografia do gênio,  que foi interpretado magistralmente por Robert Downey Jr., conhecido hoje pela molecada por dar vida ao herói dos quadrinhos Homem de Ferro.

O roteiro é excelente e narra de forma sensível e realista a vida do ator, sem ter medo  de expor as fragilidades humanas, muito menos toda   versatilidade e talento do genial Carlitos. Downey Jr., simplesmente arrebenta, na melhor interpretação da sua carreira, a frente de um elenco de feras como Anthony Hopkins, Dan Aykoryd, Marisa Tomei, James Woods e Geraldine Chaplin,  filha do gênio, interpretando de forma magistral, sua avó. Também no elenco, outros nomes conhecidos como Diane Lane, Nancy Travis e Milla  Jovovich, conhecida hoje pela molecada com a Alice da série Resident Evil.

A injustiça dos membros da Academia contra  Chaplin, também contagiou sua cinebiografia, já  que o filme recebeu  apenas três indicações ao Oscar (Melhor ator para Robert Downey Jr., Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Sonora), não recebendo nenhuma estatueta. Uma pena que os membros da Academia não conseguem aprender com os erros cometidos.

Em síntese, Chaplin é  um excelente filme, que infelizmente, hoje é desvalorizado pelas emissoras televisivas, abertas e por assinatura, que o guardam em algum porão empoeirado.  Uma obra-prima recente, que assim com o seu genial cinebiografado, precisa ser descoberta e valorizada  pela nova geração.



Falando  em Attenborough...

Dez anos antes de Chaplin, Richard Attenborough nos presenteou com outra excepcional cinebiografia: Gandhi, que  narrava  a história do famoso líder hindu, que foi interpretado também de forma magistral por Ben Kingsley.

Ao contrário que aconteceu com a cinebiografia do genial criador de Carlitos, a justiça foi feita já que  os membros premiaram o longa com oito das onze categorias que foi indicado: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Ben Kingsley), Melhor Roteiro Original, Melhor Direção de  Arte,  Melhor Fotografia, Melhor Figurino e Melhor Edição.

Outra  obra-prima moderna ignorada pelas emissoras televisivas, que precisa ser descoberta, vista e revista, e valorizada pela nova geração.



Rick Pinheiro
Cinéfilo.

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