Direção: Pedro Vasconcelos.
Elenco: Juliana Paes, Marcelo Faria, Leandro Hassum, Nívea Maria, Ana Paulo Bouzas, Cassiano Carneiro, Duda Ribeiro, Fábio Lago, Cassiano Carneiro, Rita Assemany, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala 2 do complexo Kinoplex Maceió em 11 de novembro de 2017.
Cotação:
Nota: 4,0.
Sinopse: Nova adaptação da clássica obra homônima de Jorge Amado. A jovem delícia professora de culinária Dona Flor (Paes) ver sua rotina mudar quando seu marido, o vadio Vadinho (Faria) parte desta para uma melhor. Com o passar do tempo, ela acaba arrumando um novo amor, casando com o farmacêutico Teodoro (Hassum). Só que Vadinho volta do além, e a moça tentará conciliar esse rolo romântico.
Comentários: Com um filme clássico que passou mais de trinta anos como maior bilheteria do nosso cinema nacional e ganhou um mundo, com direito a ganhar um esquecível e ridículo remake hollywoodiano, um seriado da poderosa Globo que fez enorme sucesso, incontáveis peças teatrais, quem em sã consciência inventaria de fazer mais uma adaptação para as telonas de Dona Flor e Seus Dois Maridos? A resposta é a dupla Pedro Vasconcelos e Marcelo Faria, responsáveis pela montagem teatral da obra de maior sucesso, que nas telonas mantém Marcelo, mas substitui Carol Castro pela sósia Juliana Paes, e o saudoso Duda Ribeiro (que participa do filme, espantosamente magro, como um dos amigos de Vadinho) por Leandro Hassum. Esse, aliás, vem sendo alvo de alguns críticos, que dizem que ele é mal escalado. Sinceramente, não é a escalação do ator que é equivocada, mas, a culpa é do diretor e roteirista que simplesmente o deixa na sua zona de conforto, ao invés de tirar de Hassum uma boa atuação. Mas, esse não é o único problema do filme.
Para começar, a própria ideia de se levar, mais uma vez às telonas. São quarenta e um anos que separa o fenômeno do cinema nacional com esta nova adaptação e os tempos agora são outros. Se naquela época, existia o preconceito justificado que nosso cinema era sinônimo de putaria, e os produtores estavam nem aí, o que fez do filme original, apimentado e sensual, hoje, o público lota os cinemas para assistir um gênero específico de filmes nacionais: as comédias abestalhadas. No caso aqui, tentam agradar gregos e troianos (o que justifica o diretor deixar Leandro Hassum fazer suas costumeiras presepadas), trazendo um filme que divide-se em ser uma típica comédia besteirol de hoje em dia e dramalhão romântico meloso. Não chega ser totalmente ruim, pois provoca algumas risadas, ao mesmo tempo sono. Mas, o roteiro que traz uma historinha fraca e superficial, sem emoção, acaba resultando num filminho descartável e esquecível, algo totalmente contrário ao original. Mais um exemplo da desnecessidade de um remake.
FALANDO NISSO...
Indiscutivelmente, as várias adaptações, principalmente no teatro, do romance bebem da fonte de inspiração do filme original. Dirigido por Bruno Barreto e estrelado por Sônia Braga, Mauro Mendonça e José Wilker, o filme apresenta ao grande público a história criada pelo saudoso mestre Jorge Amado, onde Dona Flor (Braga) fica viúva em pleno carnaval do sem-vergonha porra-louca Vadinho (Wilker), contrai novas núpcias com o seríssimo farmacêutico Teodoro (Mendonça), mas, com vadio do Vadinho voltando do além para dividir o coração e comer o juízo de Flor. Temos aqui um filme que tipicamente brasileiro, com todo humor e sensualidade que nos são peculiares, com um roteiro satisfatório, que traz uma história interessante e envolvente, que acaba sendo um pouco arrastada. O grande atrativo, sem sombra de dúvida, é o trio de protagonistas, com ótimas atuações e uma química perfeita entre eles, com um ligeiro destaque ao saudoso Wilker, hilário, numa excepcional atuação onde exala todo cinismo, deboche e cafajestada de Vadinho. Eficiente e interessante, um clássico tupiniquim que merece ser descoberto.
Nota: 7,0.
Sinopse e Comentários no parágrafo acima.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
Para começar, a própria ideia de se levar, mais uma vez às telonas. São quarenta e um anos que separa o fenômeno do cinema nacional com esta nova adaptação e os tempos agora são outros. Se naquela época, existia o preconceito justificado que nosso cinema era sinônimo de putaria, e os produtores estavam nem aí, o que fez do filme original, apimentado e sensual, hoje, o público lota os cinemas para assistir um gênero específico de filmes nacionais: as comédias abestalhadas. No caso aqui, tentam agradar gregos e troianos (o que justifica o diretor deixar Leandro Hassum fazer suas costumeiras presepadas), trazendo um filme que divide-se em ser uma típica comédia besteirol de hoje em dia e dramalhão romântico meloso. Não chega ser totalmente ruim, pois provoca algumas risadas, ao mesmo tempo sono. Mas, o roteiro que traz uma historinha fraca e superficial, sem emoção, acaba resultando num filminho descartável e esquecível, algo totalmente contrário ao original. Mais um exemplo da desnecessidade de um remake.
Indiscutivelmente, as várias adaptações, principalmente no teatro, do romance bebem da fonte de inspiração do filme original. Dirigido por Bruno Barreto e estrelado por Sônia Braga, Mauro Mendonça e José Wilker, o filme apresenta ao grande público a história criada pelo saudoso mestre Jorge Amado, onde Dona Flor (Braga) fica viúva em pleno carnaval do sem-vergonha porra-louca Vadinho (Wilker), contrai novas núpcias com o seríssimo farmacêutico Teodoro (Mendonça), mas, com vadio do Vadinho voltando do além para dividir o coração e comer o juízo de Flor. Temos aqui um filme que tipicamente brasileiro, com todo humor e sensualidade que nos são peculiares, com um roteiro satisfatório, que traz uma história interessante e envolvente, que acaba sendo um pouco arrastada. O grande atrativo, sem sombra de dúvida, é o trio de protagonistas, com ótimas atuações e uma química perfeita entre eles, com um ligeiro destaque ao saudoso Wilker, hilário, numa excepcional atuação onde exala todo cinismo, deboche e cafajestada de Vadinho. Eficiente e interessante, um clássico tupiniquim que merece ser descoberto.
Direção: Bruno Barreto.
Elenco: Sônia Braga, José Wilker, Mauro Mendonça, Nelson Xavier, Dinorah Brillanti, Nelson Dantas, Mario Gusmão, Rui Resende, Nilda Spencer, Francisco Santos, entre outros.
Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e online (YouTube).
Cotação:
Nota: 7,0.
Sinopse e Comentários no parágrafo acima.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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