domingo, 10 de abril de 2016

CORDEL QUASE ENCANTADO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?. 

A Luneta do Tempo.
Produção brasileira de 2014.

Direção: Alceu Valença.

Elenco: Irandhir Santos, Hermila Guedes, Ivair Rodrigues, Servilio de Hollanda, Krystal, Ari de Arimatéa, Charles Teory, Ceceu Valença, Roberto Lessa, Alceu Valença, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 10 de abril de 2016.

Cotação

Nota: 5,5.  

Sinopse: Estreia do cantor e compositor Alceu Valença na direção. A trama se passa na época do cangaço, focando de forma ficcional os últimos dias de Lampião (Santos), Maria Bonita (Guedes) e seu bando, que percorrem o sertão nordestino, tocando o terror (ou não, para alguns), sendo perseguido pela volante. Vinte e cinco anos depois da sua morte, um filho de um volante encrenca com um jovem sanfoneiro, só pelo fato de se vestir como cangaceiro.

Comentários: Como falei em algumas postagens, inclusive, em uma do dia de hoje, é foda fazer cinema no Brasil, principalmente, filmes que fogem da modinha sem fim das comédias abestalhadas. Quatorze anos foi o tempo que levou Alceu Valença para fazer esse filme. Obviamente, que o tempo longo se deu a falta de experiência dele, mas também que a burocracia para arrecadar recurso é maior e consideravelmente mais nó cego, quando se trata de um filme autoral, que foge da citada modinha. Sobre o filme, apesar dos personagens históricos já terem sido tratados outras vezes nas telonas, a versão que Alceu Valença nos traz é 100% ficcional, em tom poético, de cordel e repente, com uma preocupação voltada apenas para o lado artístico, desprezando totalmente os fatos históricos. O filme tem uma premissa inegavelmente interessante mas que, lamentavelmente, se perde num roteiro péssimo, muito mal elaborado, que gera alguns momentos confusos, e outros chatos e enfadonhos pra caralho. A ideia original e criativa só não é totalmente jogada fora, por causa dos pontos positivos do filmes: uma parte técnica impecável (destaque para fotografia e figurino), uma trilha bacana e contagiante, a excelente atuação de Irandhir Santos e a direção esforçada e competente de Alceu Valença, que logo de cara, imprimiu sua marca, provando que tem talento. Só mais cuidado no roteiro nos próximos projetos.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


 
Pose clássica de Lampião e seu bando.
Personagens históricos ganham nova versão nas telonas. 

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