Filmes.
Mantendo o mesmo nível.
Ontem comemoramos o Dia Internacional da Mulher. E como não lembrar das grandes divas hollywoodianas e seus inesquecíveis personagens? Como também não deixar de lembrar as guerreiras duronas, personagens tão míticas que comprovam a frase do poeta popular, o cantor e compositor Erasmo Carlos, que afirma em uma de suas canções "Dizem que a mulher é sexo frágil, mas que mentira absurda!". É o caso, por exemplo, da tenente Ripley (Sigourney Weaver) da quadrilogia Alien, Trinity (Carie-Anne Moss) da trilogia Matrix e mais recentemente da Alice (Milla Jovovich) da franquia Resident Evil e sua contemporânea Selene (Kate Beckinsale) da franquia Anjos da Noite, cujo o último filme, Anjos da Noite - O Despertar, está em cartaz e conferi na última quarta, dia 07, na sala 3 do Complexo Kinoplex Maceió. Depois de só aparecer no finalzinho tosco do terceiro filme da franquia, finalmente, Selene volta com tudo, fazendo o que sabe de melhor: detornar Laycans, vampiros e agora também seres humanos abelhudos, sem perder todo charme, beleza e feminilidade. Antes de comentar este novo filme, como de costume, aproveito a oportunidade para fazer alguns comentários sobre os outros filmes da franquia.
A franquia Underwold, que no Brasil ganhou o tosco título Anjos da Noite (para mim não combina nem a pau com a franquia, já que, até agora, não apareceu nenhum anjo na trama), iniciou em 2003 com o interessante Anjos da Noite - Underwold. No decorrer da trama, que não para um só instante, conhecemos que na calada da noite, os clãs dos vampiros e Laycans (= lobisomens) duelam a vários séculos. Numa destas batalhas diárias, ou melhor dizendo, noturnas, os Mercadores da Morte, grupo de guerreiros de elite do clã dos vampiros, liderados por Selene (Beckinsale) desconfiam do interesse dos Laycans por um humano em especial, o jovem estudante de medicina Michael Corvin (Scott Speedman), que na verdade é um puro sangue, perfeito para combinar vampiros e lobisomens, originando uma nova espécie. Desobedecendo ordens dos seus superiores, Selene protege o rapaz e, obviamente, os dois se apaixonam. A saga inicia com tudo, num ótimo filme de ação, repleto de sequências eletrizantes, num ritmo acelerado, o que vem sendo, até agora, mantido na franquia. Outros pontos positivos e que também vêm sendo mantidos, é manuntenção do elenco e, principalmente, os roteiros muito bem escrito e interessante, que ao contrário da franquia teen A Saga Crepúsculo, respeita toda mitologia dos vampiros e lobisomens, com direito a luz do sol e bala de prata como inimigos fatais das criaturas, respectivamente, e acréscimos de alguns interessantes aperitivos. Em síntese, um filme de ação bem acima de média e disparado, até agora, o melhor da franquia. Nota 7,5.
Com o sucesso da estreia, inaugurou-se uma franquia que, a cada três anos, chega as telonas com um novo filme. O primeiro Anjos da Noite - A Evolução, de 2006, traz de volta o diretor Len Wiseman (que na vida real é casado com Beckinsale), a protagonista Selene e seu love meio vampiro, meio Laycan, numa trama que se passa coladinha com a do primeiro filme. Chega a vez do novo chefão dos vampiros, Marcus (Tony Curran) despertar e iniciar o seu reinado (os vampiros mais velhos reversam no reinado, enquanto os outros tiram uma sonequinha, algo explicado no primeiro filme) e parte com tudo para detornar a "traidora" Selene e seu namoradinho "aberração" híbrida (no filme anterior, o cara foi mordido duplamente, uma vez por um Laycan e posteriormente por Selene), Michael (Speedman). Os pombinhos noturnos investigam e descobrem que, mesmo com todo ódio, vampiros e Laycans tem a mesma origem, o primeiro imortal Alexander Corvinus (Derek Jacobi), antepassado de Michael. O filme consegue manter o mesmo clima e pique do primeiro filme, sendo tão bom quanto este. Divertido e empolgante, um raro caso de continuação que consegue a proeza de está no mesmo nível que o original. Em síntese, nota 7,0.
Fazendo jus a batida regra dos terceiros filmes serem o mais fraco de uma franquia, em 2009, chega as telonas Anjos da Noite - A Rebelião, retomando, agora com mais enfase, a trágica história de amor entre o Laycan Lucian (Michael Sheen) e a vampira Sonya (Rhona Mitra), filha do terrível líder vampiresco Viktor (Bill Nighty). A trama se passa séculos antes dos fatos dos filmes anteriores, precisamente na época do surgimento das duas espécies, sendo os vampiros aristocratas, que até vivem com uma certa cordialidade com os seres humanos, obviamente da mesma classe social, e os selvagens lobisomens, que sequer conseguem voltar a forma humana. Até que uma alteração genética origina um lobinho na forma humana, Lucian, capturado por Viktor, que utiliza este dom, até então inédito entre os Laycans, para gerar novas espécies e escravizá-los, domesticando-os através de uma coleira com pontas de pratas, que os impedem de se tranformar. O tempo passa e o inesperado acontece: sua filha única e herderia, Sonya, apaixona-se e manter um caso amoroso com Lucian. Ao descobrir do caso e que ela espera um filho, Viktor se invoca, mata sua própria filha, expondo-a a luz do sol, fato que originou o acirramento e o ódio imortal entre as duas espécies. Apesar do afastamento de Selene da trama, já que a mesma se passa antes de sua origem vampiresca, o terceiro filme da franquia consegue manter o pique e o nível da franquia, com muita ação, do começo ao fim. Nota 6,5.
Depois de fazer uma viagem ao passado e nos apresentar a origem do acirramento da briga entre vampiros e Laycans, voltamos ao presente, ou melhor, vamos a um futuro não tão distante em Anjos da Noite - O Despertar. Na trama do novo filme, o primeiro da franquia em 3D (um dos motivos que tornou o filme o mais caro da franquia), finalmente, os humanos descobrem que não somente vampiros e lobisomens existem, mas que as duas raças vivem no meio de nós e saindo na porrada na calada da noite. Inicia-se então uma grande perseguição, onde salve-se quem se puder. Tentando fugir, o casal Selene e Michael são emboscados pelos humanos, com a vampira capturada. Anos depois, ela é despertada dentro de uma clínica e escapa, tendo visões que acredita ser de Michael. Mas, ela descobre que trata-se dasvisões da Cobaia 1 que a descongelou, sua colega de prisão no laboratório, é uma garota de 12 anos que na verdade é sua filha hibrida. Selene parte com tudo para defender sua filhota, que passa a ser perseguida pelos Laycans e conta com ajuda inesperada de um policial humano. A heroína chupadora de sangue volta com tudo e de quebra ainda eleva o ótimo nível da franquia, num filme com muita ação do começo ao fim. O único ponto negativo, ao meu ver, é o 3D que passa um pouco despercebido devido a fotografia escura do filme. Uma pequena falha que não atrapalha em nada o resultado final deste filme empolgante. Nota 7,5.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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