Filmes.
Outra versão teen para um clássico da literatura.
Um dos clássicos mais adaptados para o cinema, teatro e televisão, A Bela e a Fera acaba de ganhar mais um versão, desta vez, ainda mais moderninha e voltada para o público teen, em especial, os da Saga Crepúsculo. A Fera, filme lançado no fim de semana passado e que eu acabei de assistir on line, conta a história de Kyle (Alex Pettyfer, esforçado) um jovem riquinho, mimado, metido a bosta e arrogante, que acha que beleza física é mais importante que conteúdo. Após humilhar uma jovem emo para lá de esquisita que na verdade é uma bruxa (Mary-Kate Olsen, sem a irmã e como sempre canastrona), a mesma lhe roga um praga e de repente o bonitão torna-se um feioso com visual de punk. O cara, então, passa a viver isolado de todo mundo. Numa escapada bem no meio da festa de halloween, ele flagra sua ex-namorada e seu amigo no maior dos loves e ainda por cima os dois metendo o pau nele. É quando reencontra a belíssima Lindy (Vanessa Hughes, linda e esforçada), uma jovem que sempre via o cara além do seu metidíssimo jeito de ser. Kyle passa então a observar a moça, e em mais uma desculpa esfarrapada do roteiro, acaba salvando ela e o pai de uns traficantes, onde o pai mata um deles. Com o traficante sobrevivente dizendo a famosa frase dita por Schwarzenegger em O Exterminador do Futuro, é a desculpa patética para o pai aceitar a chantagem de Kyle para Lindy ir morar com ele. Obviamente, após as várias resistências da moça, com direito ao clássico fora "Você é um grande amigo!", os dois se apaixonam e o resto você já sabe.
Com certeza, Hollywood não aprende com os erros e mais uma vez, erra na fórmula ao tentar atualizar um clássico numa versão voltada para o público teen. O roteiro é fraco, com furos absurdos e patéticos e, por incrível que pareça, salva-se apenas os momentos bregas e clichês de climão entre o casal central, graças ao esforço de ambos. As interpretações são razoáveis, com destaque para Neil Patrick Harris que rouba a cena como Will, o tutor cego contratado pelo pai de Kyle para ajudá-lo nos seus estudos.
O filme não chega a ser ruim e está bem acima da média das produções do gênero. Mesmo com falhas patéticas no roteiro, A Fera é razoável filme de romance que passa de forma clara e objetiva a tão batida, porém, não entendida lição que o mais importante é conteúdo e não a beleza exterior. Cumpre direitinho sua função de arrancar alguns poucos suspiros dos mais românticos e, principalmente, de servir de veículo para alavancar a carreira dos seus jovens protagonistas. Resumindo: um filme bonitinho e nada mais que isso. Ideal para assistir ao lado do seu love.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo.
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