sexta-feira, 6 de maio de 2011

THOR E SEUS COLEGUINHAS.

Filmes.
Thor e seus coleguinhas.

"Antes tarde do que nunca!" Este ditado popular aplica-se perfeitamente a Editora Marvel. Enquanto a sua principal rival, a DC Comics, conseguia êxito nas telonas, com filmes do Superman e Batman, o elenco de heróis, na maioria criados pelo mago Stan Lee, amargava filmes "B" e séries toscas exclusivas para TV.

A história começou a mudar no final da década passada, em 1998,  com o sucesso de Blade, estrelado por Wesley Snipes, um herói, meio-homem, meio-vampiro, do segundo escalão da Marvel. Mas, a grande explosão vei nesta década, graças aos ótimos primeiros filmes das franquias X-Men e Homem-Aranha, que mantêm, até hoje, a Marvel por cima da carne seca, ocorreu . Empolgada com o sucesso dos Mutantes e do cabeça de teia, a Marvel começou a vender os direitos aos grandes estúdios, que, como  era de se esperar, nem sempre renderam bons filmes. Hoje, produz os seus próprios filmes, através da Marvel Studios.

Um ponto fraco, ao menos na opinião dos fãs mais radicais, é que a transposição destes para as telonas, na maioria das vezes, é infiel as suas fontes originais. Caramba! Se até filmes baseados em fatos reais fogem e muito da realidade, porque criar caso com um mudança ali, outra cá, de personagens de gibis? Particularmente, com todo respeito aos fãs devotados, acho uma asneira levarem a sério demais as distorções das adaptações dos quadrinhos. Se até os criadores dos personagens, seus proprietários intelectuais, se divertem e chegam a fazer pontas nos filmes, provando que nem eles levam a sério esta questão, quem somos nós para nos aborrecemos com esta besteira? Vai entender fanatismo, né?

Enfim, críticas aos fanáticos por gibis à parte, o fato é que os filmes baseados em heróis dos quadrinhos, sejam da Marvel, da DC ou outra editora, vão continuar invadindo as telonas e, na maioria das vezes, nos divertindo com ótimas produções.

Feita a explanação que seria apenas introdutória, mas acabei me estendendo demais, vamos ao que interessa.

MISSÃO CUMPRIDA!

Esta semana fui conferir na tela do Cine Maceió 1, o aguardado Thor, o mais novo herói da Marvel a estrear na telonas e que junto com outros, forma Os Vingadores.

Como todo filme de estreia de um personagem dos quadrinhos nas telonas, evidente que a trama gira em torno de sua origem, não necessariamente idêntica e fiel a conhecida nos quadrinhos. Se nestes, o Dr. Donald Blake, encontra um artefato que o transforma no deus do trovão, na versão para as telonas, o arrogante herói (interpretado de forma regular, mas sem comprometer, por Chris Hemsworth), é expulso do Reino de Asgard, pelo seu pai, Odin (Anthony Hopkins, como sempre roubando a cena), após desobedecer uma ordem expressa. Exilado na Terra, conhece a jovem cientista Jane Foster (a ganhadora do Oscar deste ano, Natalie Potman, como sempre arrassando), e numa destas reviravoltas tipicas da vida e da ficção, voltará do exílio para salvar a pátria. 

Além de um elenco afiado, Thor tem um bom roteiro, que diverte, com muita ação, tiradas hilárias (como chamar o Thor por Donald Blake e a menção ao nome de Tony Stark, o alter-ego do Homem de Ferro), e situações engraçadas, que arranca facilmente risadas da plateia. Com certeza, influenciado pelos dois filmes do colega Homem de Ferro. Outro mérito do roteiro é  finalmente situar a S.H.I.E.L.D nas telonas, ao contrário das produções anteriores de outros heróis, onde a organização secreta era mera coadjuvante e que geralmente aparecia no final da exibição dos créditos finais, na tradicional cena que dar gancho a outras produções, principalmente, Os Vingadores. Aliás, o gancho aqui  também aparece durante o filme, com uma pequena aparição do Gavião Arqueiro, um dos poucos vingadores a não ganhar um filme solo. Mas, como nas produções anteriores, ainda precisamos esperar passar os créditos finais, para ver o Nick Fury, interpretado por Samuel L. Jackson, dar as caras, nos já conhecido gancho pós-filme. Ao menos desta vez, o tempo de espera passou despercebido, graças a ótima música do Foo Fighters. Em Thor, o agente da S.H.I.E.L.D que dar as cartas é o mesmo  que deu as caras no primeiro Homem de Ferro.

Ainda sobre as tradições que encontramos nos filmes baseados em heróis da Marvel, em Thor prevalece o ditado popular: "Dois pesos e duas medidas".  Se o gancho pós-filme é um dos mais fracos e sem graça já mostrados, servindo apenas para mostrar um dos possíveis vilões de Os Vingadores, em compesação, a ponta do criador Stan Lee, é hilária, e para mim, junto com a ponta no chato Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (onde o mestre é barrado na cerimônia de casamento dos pombinhos fantásticos), é uma das melhores e mais engraçadas.

Para ser sincero, confeso que não esperava grande coisa de Thor, e cheguei a pensar que seria um filme fraco, já que, ao contrário de outras produções baseadas em heróis dos quadrinhos, desta vez, quem está no comando é o diretor e ator skaspeariano Kenneth Branagh. Mas, após conferir o filme, sem dúvida não vejo um casamento mais perfeito, pois Branagh não somente colocou a sua formação clássica a serviço do desempenho dos atores, principalmente, os que deram vida aos asgardianos (mais uma vez destaco Anthony Hopkins), como também mostrou que sabe conduzir muito bem uma super-produção, com orçamento altíssimo e repleta de efeitos especiais. Com certeza, é sua competente direção, a agradável e merlhor supresa de Thor.

Contrariando boa parte das críticas que li antes de ir ao cinema, assistir em 3-D, já que a única sessão que o filme é exibido legendado, exibe-o também neste formato. E contrariando mais ainda os críticos, quero discordo que seja este seja o ponto negativo do filme. Reconheço que o 3-D em Thor é desnecessário já que é claramente visível que os ótimos efeitos especiais, principalmente os que retratam o belíssimo reino Asgard, causam o mesmo impacto qualquer que seja o formato que o filme seja exibido. Mas, dizer que o 3-D estragou o resultado final, para mim é um exagero da crítica.

Talvez a única falha do filme  é a desnecessária cenas que expõe sem camisa o malhadão ator que interpreta Thor e a breguice dos fletes entre Thor e Forster, bem ao estilo  Saga Crepúsculo.  Provavelmente uma estratégia imposta pelos produtores, para atrair o público feminino, já que não condiz com estilo do diretor.

Em síntese, Thor cumpre a missão de apresentar o herói nas telonas. Não chega a ser o melhor filme de um herói da Marvel, mas em compesação supera pelo menos duas dezenas de adaptações de quadrinhos da editora. Divertido e com ação na medida certa. Imperdível tanto para os que curtem adaptações dos quadrinhos quanto para os que fogem delas. Nota: 9,0.


VAI, COLEGUINHAS!


Dias antes de conferi  Thor, pegando o embalo da chegada do herói nas telonas,  resolvi rever os quatro filmes,  estrelados pelo seus colegas do grupo Os Vingadores, que aliás, começou a ser filmado em 25 de abril  e chega as telonas, no próximo ano. Na verdade, esta micro-maratona que realizei na semana passada, é estrelada por apenas dois heróis - Hulk e Homem de Ferro -, cujo os respectivos filmes passo a comentar a partir de agora.

HULK DECEPCIONA!

O primeiro vingador a estrelar nas telonas, foi Hulk, em 2003, num filme homônimo dirigido pelo talentoso Ang Lee, ainda na fervura do sucesso estrondoso obtido pelo ótimo O Tigre e o Dragão.

Particularmente, me decepcionei um pouco com este filme de estreia do monstrão nas telonas. A começar pelo verdão ser totalmente digital. Para um cara que, quando criança, saía correndo da sala, morrendo de medo do Hulk, "interpretado" por Lou Ferrigno na saudosa série televisiva, o monstro totalmente digital do filme de Lee chega a ser fustrante e mais patético que o meu medo de infância.

Outro ponto fraco é o enredo, que fugiu um pouco da sua origem nos quadrinhos, mostrando que o cientista Bruce Banner já tinha tendência a ficar verde quando irritado, desde de sua concepção, só agravando a ponto de virar o monstrão após o tosco e sem graça acidente com raio gama.

A infidelidade a fonte original, como citei na introdução desta postagem, é um fato comum a maioria dos filmes baseados em quadrinhos, mas  nesta produção chega a ser irritante. Aqui, Bruce Banner é um carinha baixo astral, cheio de traumas, um nerd patético, um borra calça, que nos faz sentir saudades do durão Dr. David Banner (algo que me irritava profundamente na série, como devorador de gibis que era na minha infância, é justamente a mudança de nome do personagem),da série televisiva, interpretado pelo saudoso Bill Bixby.

Outro ponto fraco de Hulk é a longa duração desnecessária (138 minutos). Pede-se muito tempo e enche o saco, os diálogos pseudo-científicos, como também as lembranças da origem distorcida de Banner. Por fim, a trilha é irritante, com uma mesma música, estilo filmes de Hitchock, que além de não  combinar nada com uma adaptação dos quadrinho,  nos persegue praticamente o filme todo.

Mas Hulk não é um filme ruim e tem seus méritos, a começar pelo elenco. Eric Bana que interpreta Banner está ótimo, assim como a ganhadora do Oscar, Jennifer Connely interpretando Betty, o grande amor da vida do cientista/monstrão-verde. Nick Nolte e Sam Elliot também estão bem como os vilões, pais dos pombinhos, cumprindo perfeitamente seus respectivos papéis dentro da trama.

Outro ponto alto do filme são as cenas de ação. Apesar da ideia ser tosca, a briga de Hulk contra uns poodle-monstros geneticamente modificados, empolga, como também as cenas de perseguições ao monstrão realizada pelo exército. Em contra-partida, a cena climáx, onde o verdão enfrenta o loucão pai de Banner, é patética, insossa, sem impacto nenhum.

O filme traz ainda uma discreta homenagem a saudosa série televisiva, com uma ponta de Lou Ferrigno, o canastrão e fisioculturista, que dava vida ao monstrão verde nas telinhas. Com certza, o saudoso Bill Bixby se  vivo estivesse, também iria dar as caras no filme.

Mas o maior mérito do filme, sem dúvida, é a interessante e criativa edição, que faz o filme um gibi vivo. Show de bola mesmo, assistir algumas cenas por vários ângulos ao mesmo tempo e o desenrolar de ações paralelas juntas. No quesito edição, Hulk é um fidelíssimo a sua fonte. Pena que o roteiro não teve a mesma fidelidade.

Em síntese, Hulk é um filme razoável, que apesar das falhas, em alguns momentos chega a divertir. Mas, para a grandeza do herói nos quadrinhos, a versão de Ang Lee  decepciona bastante. Tanto que sequer o nome do personagem é citado no filme. Nota: 5,0.

Confira abaixo o trailer, que, infelizmente, só encontrei no Youtube, sem legendas. Mesmo assim, vale a pena ser conferido.


FERRO NELES!

Em 2008, e já visando o projeto do filme solo dos Vingadores, a Marvel lança o divertido Homem de Ferro, com um elenco estrelar, tendo à frente o talentoso Robert Downey Jr.

Assim como em Hulk, o filme traz a origem do personagem, mas ao contrário da primeira produção do Verdão, Homem de Ferro não se afasta tanto da concepção original dos quadrinhos.

Na trama, o milionário fanfarrão Tony Strark, herdeiro de uma poderosa Indústria de Armas, muda seu estilo de vida e concepções, após ser sequestrado por um grupo terrorista, onde só conseguiu fugir de forma espertacular, graças a uma armadura que ele construiu, com algumas sucatas, bem ao estilo   Magayver do saudoso seriado Profissão Perigo. Já em casa, resolve aprimorar o invento, dando a origem ao famoso herói.

O filme é ótimo, como ação na medida certa e nos diverte do começo ao fim, principalmente, graças ao carisma de Downey, interpretando um personagem que parece feito sob medida para ele.  Além de apresentar o herói na telona, o filme serviu para finalmente ressuscitar a carreira deste excelente ator, que estava na lama, desde do seu triste, e hoje, graças a Deus, superado, problema com as drogas.

Também merecem destaque no elenco, o ótimo ator Jeff Bridges, que interpreta perfeitamente um vilão ganancioso, falso e cinico. Até mesmo a insossa Gynelth Paltrow convence, interpretando Pipie Laurie, a escudeira fiel de Stark, .

O filme serve também de ponta pé inicial para o aguardado filme dos Vingadores. A partir daqui, começamos a ser obrigado à esperar passar todos os créditos finais, para a já tradicional cena que serve de gancho a outras produções (A vantagem do DVD, é que fazemos uso da tecla fast foward). Aqui, quem dar as caras é o ótimo e  simpático ator  Samuel L. Jackson, estreando na versão carne e osso do herói Nick Fury, diretor da S.H.I.E.L.D.

Em síntese, Homem de Ferro se não é tão fiel aos quadrinhos, na opinião dos mais fanáticos leitores, na minha humilde opinião, e de muitos, sem dúvida é um dos melhores filmes baseados em heróis. Diversão garantida! Nota: 9,3.

Confira agora o trailer desta divertida aventura saída dos quadrinhos.



HULK SAMBA!

Depois da decepcionante estreia nos cinemas, um dos mais popular dos Vingadores, merecia uma segunda chance. E ela aconteceu em 2008. Pegando o embalo do sucesso de Homem de Ferro, O Incrível Hulk chega as telonas, em grande estilo, com elenco novo, numa trama envolvente, superando o original de 2003, mas sem ignorá-lo por completo.

Na trama, Banner está escondido na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, trabalhando numa fábrica  de guarina, e nas horas vagas, pesquisa a  cura para livrar-se de vez do verdão. Mas, o General Ross, e sua equipe, vão  até o Rio de Janeiro para capturá-lo, o que irrita Banner, e aí, já sabemos o que acontece quando ele fica irritado.

O filme, com o perdão do trocadilho, samba em cima do primeiro filme, superando-o em todos os sentidos. A começar pelo ótimo roteiro, com muita ação, correria e que ainda se dar ao luxo de homenagear digna e explicitamente a saudosa série televisiva, com direito a alguns acordes da inesquecível música-tema e uma  cena de Bruce Banner numa máquina, idêntica a do David Banner, na abertura da série.

O elenco é ótimo e, praticamente, é um empate técnico com o filme de 2003. Edward Norton, lutou tanto para que o personagem  voltasse a telona na sua pele,  que não decepcionou, apesar de, particularmente, achar que Eric Bana se saiu um pouquinho melhor, interpretando Banner. O empate técnico ocorre também e é mais acentuado entre William Hurt e Sam Elliot, que deram vida ao arqui-inimigo do verdão, o General Ross, neste e no filme anterior, respectivamente. Em contrapartida, a belíssima, mas fraca atriz Liv Tyler, não consegue superar a ótima Jeniffer Connely, na pele de Betty, o grando amor do cientista/monstro-verde. A excelente atriz deveria ter sido mantida no elenco.

Apesar do personagem neste filme também ser digital, o resultado final me agradou mais que o primeiro, apesar de achar que nenhum dos Hulk digitais superam o canastrão Lou Ferrigno. Até quando se trata de um péssimo ator, o produto de uma máquina jamais irá superar um ser humano.

Assim como o seu colega metálico de Vingadores lançado meses antes, O Incrível Hulk também engrossa a lista dos melhores filmes de heróis. Divertido e empolgante. Nota: 8,0. Confiram!

Ah, falando em Homem de Ferro, dando gancho aos próximos filmes, o carismático Robert Downey Jr., dar as caras no final de O Incrível Hulk, fazendo uma pequena participação como Tony Stark. Até agora, o melhor gancho já realizado.


FERRO NELES OUTRA VEZ!

Encerrando com chave de ouro a micro-maratona com os colegas de Thor nos Vingadores, no ano passado Homem de Ferro 2 chegou as telonas. Aliás, já comentei aqui em outra postagem este filme. Mas, como falar de um ótimo filme nem  sempre é  chato e repetitivo, comentarei de novo, já que Homem de Ferro 2  é um ótimo filme, e consegue a proeza de superar o primeiro.

Na trama, após o alvoroço da supreendente revelação da identidade secreta, no final do primeiro filme, Tony Stark está sendo alvo de investigação do Congresso, que tenta a todo custo apreender as armaduras do herói metálico. Com o surgimento de um novo inimigo, Stark não só vestirá a armadura dourada com vermelho, como também dará uma ao seu melhor amigo, Rhodes (agora interpretado por Don Chandle), surgindo assim um novo herói.

O elenco, como sempre está afiadíssimo. Robert Downey Jr. me supreendeu, se superando. Está muito a vontade com o personagem e interpreta-o aparentemente se divertindo mais do que nós, meros espectadores. Mickey Rourke também supreende na pele do vilão, apesar do seu personagem ser muito pouco aproveitado no roteiro, assim como também a personagem da lindissima e excelente atriz Scarlett Johansson. A participação do Samuel L. Jackson também é marcante e nos deixa ansioso pelos próximos filmes solos dos heróis e dos Vingadores.

O aparecimento do escudo do Capitão América é hilária, e deixa no ar uma possível rivalidade entre os heróis no filme dos Vingadores, à exemplo de Ciclope e Woverine nos dois primeiros filmes dos X-Men.

O único ponto fraco, é que o filme deixou um pouco a desejar as aparições do herói metálico e a exagerada aparição do seu alter-ego Tony Stark. Mas nada que comprometa o resultado final, já que Downey Jr, consegue prender a nossa atenção, de tal forma que a falha é superada. Ainda bem que ele está confirmadíssimo em Os Vingadores. Pena que Edward Norton abriu do pau, pois com certeza, teria tudo para ser um encontro memorável entre dois ótimos atores.

Em síntese, tão bom quanto o original, Homem de Ferro 2 serve de aperitivo para nos deixar mais ansiosos para Thor, Capitão América, e, principalmente, ao tão esperado Os Vingadores. Se forem ótimos como este Homem de Ferro 2, tem tudo para ser excelentes filmes de heróis. Nota: 8,5.

Confira o trailer logo abaixo:


Avante Vingadores!!!

Rick Pinheiro.
Cinéfilo, ansioso para ver Capitão América e Os Vingadores nas telonas.

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