domingo, 16 de fevereiro de 2025

SEM SORO, SEM IDENTIDADE.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Capitão América: Admirável Mundo Novo (Captain America: Brave New World).
Produção estadunidense de 2025.

Direção: Julius Onah.

Elenco: Anthony Mackie, Danny Ramirez, Shira Haas, Carl Lumbly, Xosha Roquemore, Jóhannes Haukur Jóhannesson, William Mark McCullough, Giancarlo Esposito, Liv Tyler, Tim Blake Nelson, Harrison Ford, Sebastian Stan (não creditado), entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 8 do complexo Cinesystem Maceió em 15 de fevereiro de 2025.

Sinopse
: Baseado em personagens das HQs da Marvel Comics. Após uma missão bem sucedida, o Capitão América Sam Wilson (Mackie) recebe um convite do presidente Thaddeus Ross (Ford) para participar de uma cerimônia na Casa Branca, onde um importante acordo entre grandes nações será firmado. Mas, a ocasião festiva acaba sendo interrompida de forma inesperada por um atentado contra Ross, o que põe em xeque não apenas o acordo internacional, mas, também faz com que Wilson investigue uma misteriosa conspiração que pretende tocar fogo no parquinho do mundo.

Comentários
: Por quê? É o que me pergunto desde que foi anunciado este quarto filme do herói embandeirado. Afinal, Kevin Feige e companhia inventaram de mexer justamente na melhor franquia de filmes do Universo Compartilhado Marvel que, inclusive, conta com o filme que figura  no topo da lista da extensa filmografia do UCM (na minha humilde opinião, Capitão América 2: O Soldado Invernal é até hoje insuperável). E as várias refilmagens que o filme passou, devido as reações negativas das exibições, só atestavam que realmente não deveriam mexer com quem estava quieto. Mas, enfim, quem sou eu na fila do pão, e querendo ou não, Capitão América: Admirável Mundo Novo, depois dos vários perrengues, chega aos cinemas.

Sinceramente, o filme não é a grande porcaria que eu imaginava, e que até achava que seria pior que Eternos, que para mim é disparado o pior filme do UCM. Conta com  algumas sequências e acerta em cheio ao trazer um tom mais sério, deixando de lado as famigeradas galhofadas. A grande surpresa fica com a atuação de Harrison Ford (convenhamos, já vem anos que o veterano ator está no piloto automático), que não apenas deixa sua marca no personagem, mas, incrivelmente, mantendo o mesmo tom e até alguns trejeitos do saudoso William Hurt. Ford, assim como Carl Lumbly, foram favorecidos pelo roteiro, que traz bons e interessantes arcos dramáticos. Porém, o mesmo não faz com o protagonista Anthony Mackie, o mais prejudicado, e com todo o filme.

É nítido no filme que o roteiro é uma verdadeira colcha de retalhos, com certeza, em decorrência das várias refilmagens e mudanças de rumo com a trama. Faltou um desenvolvimento melhor e alinhamento na trama. Além disso, em todos os pedaços desta colcha de retalhos, faltou aquilo que acabou sendo a maior crítica da maioria dos fãs: o fato de Sam Wilson simplesmente não tomar o soro do super-soldado, o que acaba abusando da nossa boa vontade a ponto de afetar a nossa suspeição da descrença. Tudo bem que filmes de super-heróis exige que desliguemos o  cérebro, mas, aqui em nenhum momento, o personagem convence que de fato é o novo Capitão América. Inclusive, claramente, ele mesmo não acredita que seja.

Enfim, Capitão América: Admirável Mundo Novo não é uma bomba total,  inclusive até acaba se saindo melhor que alguns filmes e séries das fases 4 e 5 do UCM, o que não é lá um grande feito. É um filminho mediano, com ação satisfatória, mas, esquecível e desnecessário (a patética cena pós-créditos existe para dizer o óbvio que todos nós já sabemos. Afffff...). Sem sal e sem identidade como o seu herói protagonista. Lamentável! 
CotaçãoNota: 6,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.



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