sábado, 30 de novembro de 2024

MAGIA DESCONSTRUÍDA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Wicked (Wicked: Part I).
Produção estadunidense, canadense e islandesa de 2024.

Direção: Jon M. Chu.

Elenco: Cynthia Erivo, Ariana Grande, Jonathan Bailey, Ethan Slater, Bowen Yang, Marissa Bode, Peter Dinklage (voz), Michelle Yeoh, Jeff Goldblum, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 2 do complexo Cinesystem Maceió em 26 de novembro de 2024.

Sinopse
: Adaptação do espetáculo da Broadway, baseado no romance escrito por Gregory Maguire. No Mundo de Oz, Elphaba (Erivo) é uma jovem filha do Governador Thropp (Andy Nyman), que sofre preconceito apenas por sua cor de pele esverdeada. Ao acompanhar sua irmã mais nova, Nessamore (Bode) para levá-la a prestigiada Universidade de Shiz, ela acaba também ingressando na instituição, se tornando colega de quarto da Patricinha mimadíssima Galinda (Grande), que não gosta nadinha da situação. Mas, com o passar do tempo, à medida em que Elphaba vai mostrando seu valor, as duas vão se tornando grandes amigas.

Comentários
: Sinceramente, não sou muito chegado às essas desconstruções que ultimamente vêm sendo feitas em personagens clássicas. Por isso mesmo, somado aos trailers nada animadores, que não estava nem um pouco a fim de assistir esta adaptação de um grande sucesso da Broadway, que traz uma versão boazinha da Bruxa Má do Oeste do clássico O Mágico de Oz. Mas, diante de tanto bombardeios nas minhas últimas idas ao cinema do vídeo promocional de bastidores do filme que mostrava que a maior parte do cenário foi feito em tamanho real, acabei ficando curioso e, tentando deixar de lado o meu ranço e dar uma chance ao filme.

Na questão técnica é inegável que Wicked é um espetáculo à parte e, se fosse apenas por isso, valeria o gasto de tempo e dinheiro para conferir no cinema, de preferência, na sala com a maior tela e equipamento de som mais potente. De fato, tudo aqui é muito bem caprichado e somos transportados para um mundo mágico encantador. Mas, na vida, sabemos muito bem, em especial nessa época dos amados e odiados amigos secretos que embalagens belíssimas podem trazer presentes ruins. E ao menos para mim, isso se aplica a este filme.

O grande problema está no roteiro, que até traz uma boa e interessante trama, em especial, a partir do terceiro ato, quando as protagonistas se encontram com Mágico de Oz, vivido pelo carismático Jeff Goldblum. Mas, até isso acontece, somos torturados com o arrastamento da trama, e não falo dos números musicais, mas com muitas situações clichês que até seriam toleráveis se não fossem tão repetitivos. O ritmo arrastado só piora, fazendo com que a nossa experiência seja chatíssima e entediante ao extremo. As atuações por serem boas ainda aliviam o pouco isso, mas, não o suficiente para evitar as várias olhadas no celular durante boa parte do filme.

Enfim, pode ser que o fato de eu não ter comprado a ideia da desconstrução das clássicas personagens, e o filme não ter me convencido do contrário, seja fundamental para eu não ter gostado de Wicked. Mas, o fato é que na sessão que eu estava, não vi muita empolgação de boa parte do público, que saiu da sessão apático e silencioso. Se você assistiu e gostou, e está esperando ansiosamente para a segunda parte que chega no próximo ano, fico feliz por você. Mas, para Wicked é um filminho fraco, que de tão chato e entediante é um poderoso sonífero que nem mesmo a impecável parte técnica de encher olhos consegue evitar. Uma das experiências mais insuportavelmente entediantes que eu tive este ano e na minha vida numa sala da cinema. 
CotaçãoNota: 2,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.


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