domingo, 13 de novembro de 2022

O PESO DA AUSÊNCIA.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. /  = (Preciso mesmo dizer?).

Pantera Negra: Wakanda para Sempre (Black Panther: Wakanda Forever).
Produção estadunidense de 2022.

Direção: Ryan Coogler.

Elenco: Letitia Wright, Lupita Nyong'o, Danai Gurira, Winston Duke, Dominique Thorne, Florence Kasumba, Michaela Coel, Tenoch Huerta, Martin Freeman, Julia Louis-Dreyfus, Angela Bassett, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala 2 do complexo Cinesystem Maceió em 12 de novembro de 2022.

Sinopse
: Baseado em personagens das HQs da Marvel Comics. Um ano após a morte inesperada do rei T'Challa (Chadwick Boseman no primeiro filme), Wakanda sofre pressões das Nações Unidas, principalmente dos Estados Unidos e da França para que libere a exploração e comercialização do raríssimo e poderosíssimo metal Vibranium, exigindo da rainha Ramonda (Bassett) um pulso firme. Com se não bastasse este clima tenso, uma ameaça ainda maior vinda das profundezas dos sete mares surge para complicar ainda mais a situação.

Comentários
: "A pressa é inimiga da perfeição", nos ensina a sabedoria popular. No caso deste aguardadíssimo filme, um tempinho a mais para produzi-lo não seria uma má ideia. Afinal, além do baque da perda do protagonista, o saudoso Chadwick Boseman, o filme tem também o peso de ser a sequência de simplesmente um dos melhores filmes do Universo Compartilhado Marvel, e de quebra, com a responsabilidade de fechar a pior fase deste. É verdade que Pantera Negra: Wakanda para Sempre capricha na homenagem ao carismático ator a ponto dos mais emotivos derramarem lágrimas copiosas, e resgata um tom mais sério de alguns dos ótimos filmes da Marvel. Mas, infelizmente, não são o suficiente para salvar o filme.

O grande problema do segundo filme solo do herói é o roteiro (mais uma vez nessa Fase 4 do UCM). É compreensível que Ryan Coogler e seu parça Joe Robert Cole tiveram um abacaxi imenso nas mãos de começar do zero o roteiro após a inesperada morte do protagonista. Sem falar, que Coogler também passou por problemas nos bastidores, que vão de tentativas de cancelamento pelos justiceiros de plantão das redes sociais de uma de suas protagonistas, Letitia Wright, que além disso, sofreu um acidente de moto durante as filmagens, até ele próprio passar por uma absurda e repugnante saia justa numa simples ida ao banco. Somado a tudo isso, provavelmente os engravatados da Marvel/Disney devem ter metido também o bedelho, fica claro que acabou afetando consideravelmente o roteiro, que até tem diversos pontos interessados, que acabam sendo desperdiçados e autossabotados por um roteiro com furos, incoerências, arrastando a trama a ponto de torná-la desinteressante. A ausência do herói durante boa parte do filme pontua gritantemente bem os problemas do roteiro que, repito, tem vários pontos interessantes, faltando um desenvolvimento melhor da trama.

É inegável que em comparação a boa parte dos filmes desta Fase 4, Pantera Negra: Wakanda para Sempre consegue se sobressair, o que acaba não sendo um grande feito. Mas, assim como os demais desta fase frustra e deixa a desejar, sofrendo do mesmo mal da maioria dos filmes e séries desta, ou seja, contar com ideias interessantes, mas desperdiçadas. Ao menos presta uma homenagem ao carismático ator, que deixou o legado de ser imortalizado como um dos melhores intérpretes de um herói das HQs. O manto do herói foi passado, resta agora torcer para que acertem na próxima fase, aliás, o que desejamos para ela como um todo. 
CotaçãoNota: 7,5.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.


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