segunda-feira, 2 de abril de 2018

RECORDAR É REVER: OS DEZ MANDAMENTOS (1956).

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.

Os Dez Mandamentos (The Ten Commandents).
Produção estadunidense de 1956.

Direção: Cecil B. DeMille.

Elenco: Charlton Heston, Yul Brynner, Anne Baxter, Edward G. Robinson, Yvonne De Carlo, Debra Paget, John Derek, Sir Cedric Hardwicke, Nina Foch, Martha Scott, Judith Anderson, Vincent Price, John Carradine,  entre outros.

Blogueiro assistiu na TV Aberta (Globo) e em home vídeo (DVD).

Cotação

Nota: 10,0.

Sinopse: Inspirado na Bíblia. A trama traz a saga de Moisés (Heston), judeu que quando ainda era bebê, escapou de um matança de bebês do seu povo, ordenada pelo Faraó Ramsés I (Ian Keith), já que sua mãe, Jocabed (Scott), acaba lhe deixando num cesto num rio, e ele acaba encontrado justamente por Bítia (Foch), filha do faraó, que acaba adotando-o e criando como filho, dando-lhe o nome de Moisés. Décadas depois, assume o trono, Ramsés II (Brynner), que acaba tornando a vida do povo judeu, que sofre com a escravidão, ainda maior. É nesse período que Moisés descobre a verdade suas origens, e sua vida e do seu povo a partir de então, muda para sempre.

Comentários: Sem sombra de dúvida, Cecil B. DeMille é um dos primeiros grandes diretores da história da sétima arte, um dos pais do que hoje chamamos Blockbusters. Atuando desde o cinema mudo, o mestre presenteou a sétima arte com memoráveis épicos. E o maior e mais inesquecível é este Os Dez Mandamentos, um verdadeiro espetáculo para os nossos olhos até hoje. Mesmo com toda tecnologia dos nossos dias, impossível não se encantar com a luxuosa direção de arte, com os figurinos, e com os efeitos, em sequências como a memorável passagem pelo Mar Vermelho, uma cena que por si só, torna o filme, merecidamente vencedor do Oscar de Efeitos Especiais, e tendo outras quatro indicações, incluindo, Melhor Filme, acompanhada por uma excelente trilha. Realmente, temos aqui um filmaço, que de tão envolvente não cansa mesmo tendo aproximadamente três horas e quarenta minutos. É bem verdade que o roteiro usa e abusa da licença poética, exagerando no tom novelesco, não sendo totalmente fiel aos relatos bíblicos. Tudo isso superado por uma história bastante cativante, com atuações excepcionais de um elenco inspiradíssimo e o toque de Midas de DeMille, que conduz todo esse espetáculo épico com maestria. O resultado é essa obra-prima insuperável, que figura, com todos os méritos, entre os melhores filmes de todos os tempos. Uma despedida e tanto do mestre DeMille como diretor. Um espetáculo para ser visto e revisto, sem deixar de impactar. 

Curiosamente, o épico inesquecível na verdade é um remake. Trinta e três anos, ainda na época do cinema mudo, DeMille levou às telonas Os Dez Mandamentos, seu segundo filme como diretor, que também fez um sucesso estrondoso, mas, com um fato curioso: a saga de Moisés (Roberts) na verdade era apenas um longo prólogo de uma trama contemporânea, que mostra a saga de um homem ateu (La Rocque), cuja a mãe (Chapman) e o irmão (Dix) são cristãos fervorosos. Uma ideia até interessante em unir relato bíblico com uma trama contemporânea, mas, estragada por um dramalhão arrastado, entediante, que só piora pelo exagero canastrão dos atores (algo até aceitável, se tratando de ser um filme mudo, talvez, precisassem exagerar nas caras e trejeitos). Com a absurda longa duração de aproximadamente duas horas e quinze minutos, o filme só não recebe um zero redondinho, justamente pela primeira parte, que é uma produção caprichadísima, claramente grandiosa para a época e muito bem eficiente ao narrar bem simples e redondinha a saga de Moisés. Se fosse só por esse parte, com certeza, levaria nota 8,5 e quatro estrelinhas. Mas, infelizmente, despencou de qualidade na segunda parte, e acabou resultando na baixíssima nota abaixo. Dica: assista só a primeira parte, não perca tempo na segunda, para não se frustrar.

Os Dez Mandamentos (The Ten Commandents).
Produção estadunidense de 1923.

Direção: Cecil B. DeMille.

Elenco: Theodore Roberts, Charles DeRoche, Estelle Taylor, Julia Faye, Terrence Moore, James Neill, Lawson Butt, Clarence Burton, Noble Johnson, Edythe Chapman, Richard Dix, Rod La Rocque, Leatrice Joy, Nita Nalid, Robert Edeson, Charles Ogle, Agnes Ayres entre outros.

Blogueiro assistiu em home vídeo em 29 de março de 2018.

Cotação

Nota: 3,5.

Sinopse e Comentários no parágrafo acima.       

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.



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