Apesar de ser um ano fodástico para a sétima arte, tiveram algumas tranqueiras que tentaram apodrecer a safra toda. Ainda bem que foram em pouca quantidade e não chegaram a comprometer. Boa parte dos filmes tinham premissas interessantes, mas foram prejudicados por roteiros mal desenvolvidos, defeito grosseiro que acabaram engrossando uma lista que tinha tudo para ser quase vazia. É bem verdade que eles vieram numa quantidade consideravelmente menor do que o costume e que este blogueiro fugiu do pau em encarar filmes aparentemente ruins (caso de O Bebê de Bridget Jones, terceiro filme da franquia calcinha que, aliás, até hoje, não assistir nenhum filme por total falta de interessante, mesmo tendo namorado uma pessoa que era super-fã da franquia). Enfim, sem perder muito tempo, pois falar do que ruim já é perda de tempo suficientes, vamos a segunda e última parte da nossa retrospectiva, com os piores filmes lançados esse ano.
OS PIORES DE 2016.
PIOR TRAILER.
Geralmente, o problema não é nem o trailer em si, mas, as quantidades exageradas que eles são exibidos para nós. Nesse quesito, o meloso Como Eu Era Antes de Você e o metido a fodão sem ser, O Caçador e a Rainha de Gelo abririam a nossa lista, pois, foram exibidos exaustivamente, uma verdadeira tortura que ninguém merece (exibidores e distribuidores, reavaliem isso). Mas nada comparável ao trailer do campeão absoluto, Boa Noite, Mamãe!, que pelo menos é sincero e já mostra que é um filme que devemos fugir.
CAGADA DO ANO.
Pode uma novela, que mal acabou de ser exibida, ser editada apresadamente para ser lançada como filme nos cinemas, atrair mais público que sucessos hollywoodianos como Deadpool e Star Wars - O Despertar da Força, e ainda desbancar Tropa de Elite 2 do topo da maior bilheteria do cinema nacional? Obviamente, que não. Mas essa aberração acabou acontecendo com Os Dez Mandamentos - O Filme. Não por méritos próprios, mas, pela maior picaretagem da história da sétima arte, já que, para forçar o tal feito, os líderes da Igreja Universal do Reino de Deus de todo Brasil tratou logo que comprar todos os ingressos e distribuir a seus fiéis, e a qualquer um que passasse perto do cinema (eu mesmo fui abordado umas três vezes por membros da igreja que me ofereceram gratuitamente o ingresso. Pena que eu já tinha assistido o filme todas as vezes que desconhecidos quiseram me presentear com ingresso para o filme). Nosso cinema nacional ralou e rala tanto para conseguir atrair público, para vim esses picaretas e transformar qualquer coisa em campeão de bilheteria. E isso é só a ponta do iceberg já que a Record tá empolgada em investir em cinema, e virá por aí, uma trilogia "épica" contando a vida de Edir Macedo, que provavelmente, irá arrasar na bilheteria, graças a picaretagem baixar. Se vai ter público, é mais quinhentos. Vergonhoso! Mas pelo menos fez a nossa categoria, finalmente, ter um campeão inédito de desfavor prestado na sétima arte, que superou a Rede Globo (que debocha da nossa cara ao exibir depois de pouquíssimo tempo filmaços nacionais exibidos recentemente), e as distribuidoras de filmes e redes de cinema (que insiste em super-valorizar e vomitar cópias dubladas).
FILME MAIS FODIDO.
Reza a lenda que um filme nacional com todo jeitão visual de Mad Max, um trailer legal, uma premissa interessante, que além do filme apocalíptico, traz elementos de road movie, faroeste, filmes de ação com o nosso cangaço, e ainda, tendo no elenco os talentosos Cauã Reymond, Sophie Charlotte, Júlio Andrade, Jesuíta Barbosa e Humberto Martins, acabou sendo bastante frustrante. Infelizmente, a lenda é verdade, e um filme que prometia ser fodástico e ser inovador no nosso cinema, acabou sendo prejudicado por um roteiro ruim com uma história mal desenvolvida. Reza a Lenda é um filme tão frustrante que consegue superar o decepcionante Porta dos Fundos - Contrato Vitalício, o desnecessário e esquecível remake Caçadores de Emoção - Além do Limite, e o também desnecessário e esquecível O Caçador e a Rainha de Gelo, os dois últimos filmes com todo jeitão de fodásticos, mas, tão fodidos quanto o campeão tupiniquim.
MENÇÃO HORROROSA.
Quem acompanha esse blog sabe muito bem que sou apenas um simples cinéfilo, com preferências bem populares, e por isso mesmo que, na maioria das vezes, minhas opiniões e preferências, são totalmente contrárias, como no caso de Carol, filme eleito o melhor do ano pela galera do respeitável site Adoro Cinema, e que eu simplesmente detestei. Assim como o tupiniquim Boi Neon, filme que desde do ano passado vem recebendo elogios rasgados da crítica. Ambos filmes com temáticas e premissas interessantes que, infelizmente, foram prejudicados por roteiros tão ruins e, no caso do nosso representante, também pelo voyeurismo doentio do diretor por pintos. A estreia da última quinta, Animais Famintos, completa o empate triplo entre filmes que a crítica e os festivais amaram e esse blogueiro detestou.
TOP 10: OS PIORES FILMES DO ANO.
No ano em que o gênero do terror, começou a reagir, infelizmente, ainda tiveram filmes ruins que teimaram em sujar o gênero, como no caso dos dois colegas de empates que abrem o nosso Top 10 com chave de merda.
9. Meu Amigo Hindu.
Uma das grandes perdas que tivemos esse ano foi do diretor Hector Barbenco. Uma pena que seu último trabalho, claramente autoral, tenha sido tão decepcionante. Mas, não atrapalha em nada os serviços prestados a sétima arte. Apenas o suficiente para vim parar na lista dos piores filmes do ano.
Pecado mortal de uma comédia: ser sem graça. E essa versão calcinha de Se Beber, Não Case!, que tem um péssimo roteiro, consegue cometer esse pecado, não podendo está de fora da nossa lista. A gente até espera péssimas escolhas de Rebel Wilson e de Dakota Johnson, estrelinha do modinha calcinha Cinquenta Tons de Cinza, mas, não entendo o que se passa na cabeça de um puta ator como Tom Hanks em aceitar fazer uma merda tão grande com esse filminho, que não consegue se definir nem mesmo em qual gênero faz parte? E o o filme ainda deu azar de ser justamente na pior sessão de cinema que este cinéfilo encarou.
2016 foi o ano em que os youtubers tupiniquins começaram a invadir as telonas, abrindo alas para 2017 ser o ano que eles vão pipocar com tudo. Se a galera do Portas dos Fundos dececpionou e Whindersson Nunes fez um pontinha de cara pintada no excelente O Shaolin do Sertão, a lindinha Kéfera Buchmann arrebentou nas bilheterias com o legalzinho É Fada!, o que motivou os realizadores da sua estreia nas telonas, onde ela é mera coadjuvante, lançarem o filme nas telonas, vendendo gato por lebre, Ainda bem que nem mesmo os fãs da gata caíram nessa, e O Amor de Catarina, filme que tem premissa interessante desperdiçada num roteiro ruim, merecidamente levar tromba nas bilheterias e vim parar aqui na nossa lista dos piores do ano.
Mais um da temporada 2016 da série "premissa interessante jogada no lixo por um roterio ruim". Com elenco estrelar encabeçado pelo talentoso Ewan McGregor, o resultado é filminho chatinho, entediante pra caralho, que a maioria cagou, mas, que infelizmente, perdi meu tempo assistindo.
Indiscutivelmente, Portas dos Fundos é o grupo de humor mais criativo da grande rede. Reunindo um puta elenco de talentosos humoristas, os vídeos do grupo, na maioria das vezes, são hilários com um humor ácido e divertido. Mas, a estreia oficial nas telonas foi extremamente decepcionante, não fazendo jus a qualidade dos vídeos. Pisada feia na bola que melou a credibilidade do grupo.
2016 foi o ano do cinema gospel e de temática religiosa, já que, até onde eu me lembro, foi o ano que mais estrearam nos cinemas por aqui filmes. Mas, a continuação do principal responsável pela abertura de portas nas salas de cinema por aqui, não é coisa de Deus não, é o do inimigo querendo avacalhar a ótima fase e o espaço que o sub-gênero, com duras penas, adquiriu por aqui. Com a faca e o queijo para consertar todos os erros do filme cometidos, os caras optaram em não somente repetir os mesmos erros do original, mas, multiplicá-los ao infinito.
O básico do básicos que esperamos de um filme de terror é que ele mexa conosco, nos assuste, mesmo que não seja uma ideia original. No caso desta produção austríaca de 2014, que só chegou por aqui esse ano, temos a ideia original, mas, falta todo o resto. Filminho que crítica e público de festival gostou, mas, que este blogueiro achou uma merda.
O maior representante brasileiro da temporada 2016 da série "ideia interessante e criativa jogada na fossa". Com um inegável elenco teen talentoso e promissor, o resultado final é um bomba chata pra caralho, que consegue ser entediante mesmo tendo curta duração. Realmente, o título soa como um pedido de socorro de cada um de nós, quando perdemos nosso precioso tempo assistindo essa merda.
1. Carol.
Elogiadíssimo pela crítica, a ponto de ser o melhor filme do ano do respeitável site Adoro Cinema, Carol, pega uma temática super-interessante e mergulha na merda, transformando qualquer boa intenção num dramalhão entediante e arrastado. Nem mesmo as atuações das excelentes atrizes protagonistas, conseguem salvar o filme de encabeçar a nossa lista dos piores do ano. Enfim, gosto não se discute, mas, se curte, e que venha 2017, ainda mais fodástico para nós cinéfilos, e menos merdas como as elencadas nessa lista.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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