MELHORES DE 2016.
Iniciamos nossa lista com a volta de duas categorias ausentes na nossa retrospectiva do ano passado. Hoje em dia, a maioria dos filmes, sobretudo os blockbusters, cometem o mesmo erro grosseiro na divulgação, com número exagerado de trailers, teasers, entre outras estratégias de marketing. Mesmo cometendo esses mesmo erros, Esquadrão Suicida conseguiu se sobressaiu, com um trailer fodástico e empolgante melhor que o outro. É inegável que para alguns o tiro saiu pela culatra, já que o filme em si acabou frustrando bastante, já que a divulgação elevou a estratosfera a nossa ansiedade, o que não tira o mérito dos trailers serem excelentes. Esses trailers, garantiram também ao controverso filme da D.C. / Warner o nosso título de melhor contribuição à sétima arte, já que todos eles, na minha humilde opinião, estão entre os melhores de todos os tempos.
FILME MAIS FODÁSTICO.
MELHOR EM 3D.
Outra categoria que2016 foi também o ano do 3D. Se por um lado, não tivemos uma grande inovação como Avatar, por outro, sobraram títulos que nos encheram os olhos. No meio de tanto filmes de super-heróis e um derivado de Star Wars, o filme que me encantou no formato foi Mogli - O Menino Lobo. Assim com a clássica animação, a Disney mais uma vez arrebenta e nos presenteia com um filmaço para toda a família cativante, envolvente, que ganha forças com seus efeitos especiais, que visto em 3D nos transporta para um mundo de fantasia.
MENÇÃO HONROSA.
OS 10 MELHORES FILMES DE 2016.
10. Águas Rasas / O Homem nas Trevas.
No ano em que o gênero do terror, finalmente, reagiu e começou a sair da merda, dois filmes do gênero marcam presença. Tensos do começo ao fim Águas Rasas e O Homem nas Trevas são filmaços que prendem a nossa atenção, nos deixam apreensivos. Sem sombra de dúvida. dois filmaços marcantes do gênero que merecidamente marcam presença na nossa lista.
9. O Quarto de Jack / O Regresso.
Mais um inevitável empate, desta vez, entre dois indicados ao Oscar, diga-se de passagem, uma das melhores safras de indicados ao cobiçado prêmio. Entre o que realmente merecia ganhar a estatueta careca, o fodástico Mad Max: Estrada da Fúria e o "que porra essa merda fazendo aqui", o melosinho Brooklin, os membros da Academia optaram em eleger o ousado caretinha e nada inovador, mas, ótimo, Spotlight - Segredos Revelados. Mas, além da saga fodástica do mestre George Miller, outros filmaços inesquecíveis, bem mais que o vencedor, estão a pequena obra-prima O Quarto de Jack e o bajuladíssimo O Regresso, filme que, finalmente, os caras premiaram Leonardo DiCapiro por sua atuação, uma espécie de mea culpa. Não que o cara esteja ruim, muito pelo contrário, manda muito bem, comendo o pão que o diabo amassou, num claríssimo desespero em ter a porra da estatueta na estante, mas, pelas suas atuações em indicação anteriores serem superiores.
8. Ben-Hur / Milagres do Paraíso.
Nosso empate agora é entre dois filmes de temática religiosa. Pois é, o malhadíssimo, mas que eu praticamente amei o remake do remake Ben-Hur, que deixa de lado toda grandiosa da obra-prima clássica dos anos 1950, optando por um visual bem mais moderninho, por meio de computação gráfica, e em passar uma mensagem cristã ao público. Já Milagres do Paraíso, filme do sub-gênero gospel e de temática religiosa mais rentável do ano nos States, prova que não é necessário ficar vomitando infinitas vezes versículos da Bíblia decoreba, muito menos colocando Deus como um gênio da lâmpada que atende todos os nossos pedidos, para se passar de forma direta e eficaz a mensagem evangélica.
7. Os Oito Odiados / Sete Homens e um Destino.
E que comecem os mimimi, pois estou colocando um remake malhadíssimo empatado com uma obra-prima do mestre Quentin Tarantino. Sem sombra de dúvida, foi o ano da ressurreição também do gênero do Western. E percebemos isso logo nos dois primeiros mês do ano, com os lançamento de Os Oito Odiados e O Regresso, ambos filmes elogiadíssimos pelo público e pela crítica. E isso foi consolidado no segundo semestre quando o remake do remake Sete Homens e um Destino estreou. É bem verdade que esse filme adota uma postura bem mais moderninha, se distanciando da fórmula clássica do gênero. Mesmo assim, curtir tanto a ponto de considerar o filme superior ao original, e desbancar do posto de melhor filme do mês um dos filmes mais aguardados por este blogueiro. Como gosto não se discute, então, temos aqui um empate bastante controverso.
6. Rogue One - Uma História Star Wars.
E que venham mais mimimi, pela posição que o filme derivado da franquia Star Wars está ocupando. Realmente, curtir para caramba, bem mais pela originalidade e nova tomada de tom em relação aos filmes da cronologia oficial da saga intergalática, do que pelo inevitável fan service. Mas, não vibrei orgasmaticamente como metade da galera que estava na super-lotada de pré-estreia que eu estava, e algumas falhas, citadas na postagem onde comentei o filme, me incomodaram. Sem falar que o filme leva uma desvantagem em cima dos demais no critério utilizado este ano, já que foi lançado recentemente, fresquinho na memória, o que seria injusto com os outros que passaram quase todo ano na minha memória. Mas, enfim, não fez feio e está na nossa lista com todo mérito.
5. Creed: Nascido para Lutar / Mais Forte que o Mundo - A História de José Aldo.
E os mimimi continuam, principalmente, por uma cinebiografia tupiniquim conseguir um empate com um filme que faz um releitura de um personagem ícone da sétima arte de todos os tempos. Mas, impossível não lembrar dos dois cativantes dramas esportivos, que emocionam, prende a nossa atenção e ainda empolgam demais. Se no caso de Creed, os membros da Academia sacanearam com o astro Sylvester Stallone (Fodam-se os membros da Academia), no drama tupiniquim é a Rede Globo que sacaneia com a nossa cara, nos chamando de otários e burros, ao exibir o filme, divididinho como minissérie, poucos meses após seu lançamento nos cinemas (Foda-se a Rede Globo!).
4. Batman Vs. Superman: A Origem da Justiça / Esquadrão Suicida.
E o desfecho dos mimimi não poderia ser em grande estilo no último empate da nossa lista. Afinal, estamos diante dos dois filmes de super-heróis mais controversos e falados, tanto bem como malhadíssimos, por fãs, crítica e a peste toda. Se o encontro histórico e estranhamento nas telonas entre o morcegão e o filho de Krypton literalmente dividiu opiniões, o aguardadíssimo Esquadrão Suicida foi impiedosamente massacrado. Mas, se para muitos, ambos os filmes foram uma D.C.pção (Ops! Tosco trocadilho de novo! Desculpa, não me contive!), para este blogueiro foram dois filmes divertidinhos, satisfatórios. Poderiam ser melhores? Sem sombra de dúvida que sim. O problema é que há um claro desespero em fazer dinheiro rapidamente, emplacar tudo de uma só vez, tentando acertar de qualquer modo, seja copiando a fórmula Marvel ou a estabelecida por Nolan, esquecendo o principalmente que é relaxar e fazer algo mais bem trabalhado e organizado, sempre lembrando que a espinha dorsal de um filme é o roteiro e que os efeitos especiais são apenas adereços (A tosca e merecidamente malhadíssima frase "Salve Martha!" é um bom exemplo do que uma merda no roteiro pode provocar furor, chamando mais atenção que os efeitos). Apesar disso, os dois filmes têm seus méritos e merecem está aqui.
3. O Shaolin do Sertão.
De mimimi a um provável xingamento. Quem diria que uma comédia tupiniquim, gênero esgotadíssimo do nosso cinema nacional, irei ficar entre os melhores filmes do ano, e o pior, na terceira colocação. Mas, calma, não é uma comédia qualquer. Trata-se de mais uma brilhante parceria entre os arretados Halder Gomes e Edmilson Filhos, diretor e protagonista da obra-prima do nosso cinema Cine Hollíudy. Não é tão poético e emocionante quanto este, mas, O Shaolin do Sertão não faz feio e diverte do mesmo jeito, provocando durante toda projeção gargalhadas sonoras com as besteiras que são apresentadas. Num ano tão sofrido que tivemos, foi o grande alívio para soltarmos o riso e esquecemos um pouco as mazelas da vida real, junto com o nosso primeiríssimo lugar.
2. Capitão América: Guerra Civil.
Desde de 2013 que pelo menos um filme da Marvel marca presença cativa na nossa lista dos melhores filmes do ano. E em 2016 não poderia ser diferente, e por pouquinho mesmo, não emplacou seus dois lançamentos do ano na nossa lista. Mas, em compensação, vem marcando presença em grande estilo, simplesmente, com um dos melhores filmes de super-heróis do estúdio e de todos os tempos, que marca o ponta-pé inicial da Fase 3. Para não ser repetitivo, só reforço tudo que foi dito no começo da lista, quando escolhi o filme como o mais fodástico do ano.
1. Deadpool.
No ano em que os filmes de super-heróis chegam ao seu ápice, que tinha tudo para ser polarizado entre Marvel / Disney e D.C. / Warner, quem diria que quem levaria a melhor seria a Fox. Remando totalmente contra a maré (orçamento relativamente baixo, liberdade total dos idealizadores, sem medo de ousar e ser um filme de super-heróis para maiores, fidelidade aos quadrinhos, etc.). Deadpool chegou causando, subverteu e sacaneou tudo que foi estabelecido no sub-gênero dos filmes baseados em quadrinhos, trazendo uma nova reviravolta, temos um filmaço divertido, engraçadíssimo ao extremo, que consegue a proeza heroica de praticamente ser unânime, presente na lista dos melhores da crítica e do público, Disparadamente, reinou absoluto desde do seu lançamento em fevereiro e chegou até aqui como o melhor filme do ano.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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