quarta-feira, 27 de julho de 2016

INDO ALÉM DO FATO NARRADO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / Coco do Cachorrão= Preciso mesmo dizer?.  

Agnus Dei (Les Innocentes).
Produção francesa e polonesa de 2015.

Direção: Anne Fontaine.

Elenco: Lou de Laâge, Vincent Macaigne, Agata Buzek, Agata Kulesza, Joanna Kulig, Anna Próchniak, Eliza Rycembel, Helena Sujecka, entre outros.

Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 27 de julho de 2016.

Cotação

Nota: 7,5.  

Sinopse: Baseado em fatos. Em dezembro de 1945, no finalzinho da segunda guerra mundial, a enfermeira ateia francesa da Cruz Veremelha, Mathilde Beaulieu (Laâge), recebe em seu turno uma freita polonesa, que pede para acompanhá-la até o convento. Como só tem ordens de prestar socorro a vai socorrer as vítimas francesas, inicialmente ela nega, mas, acaba se sensibilizando pela insistência da irmã e acaba indo ao convento, se deparando com uma jovem em trabalho de parto. No dia seguinte, para visitar a moça e o bebê, fica sabendo que, meses antes, soldados russos invadiram um convento na Polônia e estupraram violentamente as freiras que lá residem. O resultado do fato perverso são gravidezes e doenças venéreas. A partir de então, Mathilde passa a ajudar secretamente as irmãs.

Comentários: Um dos fatos mais cruéis e trágico da humanidade, a Segunda Guerra Mundial rende e continuará rendendo filmes emocionantes e tocantes, a maioria, filmaços, verdadeiras obras-primas. Alguns mega-produções recheados de batalhas épicas, outros drama intimistas sem um tirinho sequer Agnus Dei se encaixa nesse segundo grupo, mas, não focando somente no evento, mas, indo mais além. Com um roteiro muito elaborado, o filme não se limita apenas ao fato narrado, mas, aborda diversas temáticas, em especial, éticas e morais. Bem dirigido e com um elenco competentíssimo, o resultado é um drama sensível, envolvente do começo ao fim, que merece ser descoberto. Vale a pena dá um tempinho nos filmes de ação descerebrados e nas comédias abestalhadas para assistir filmes como esse, que mexe conosco e nos leva a diversas discussões. 

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano. 


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