= Excepcional. / = Muito bom. / = Bom./ = Regular. / = Fraco. / = Preciso mesmo dizer?.
Produção brasileira de 2014.
Direção: Cláudio Assis.
Elenco: Matheus Nachtergaele, Rafael Nicácio, Marcelia Cartaxo, Vertin Moura, Artur Maia, Pally Siqueira, Gabrielle Lopez, Fabiana Pirro, Silvio Pinto, Jads Macalé, Clarice Valença Fantini, Francisco de Assis Moraes, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 29 de julho de 2016.
Cotação:
Nota: 8,8.
Sinopse: Adaptação da obra homônima do escritor Xico Sá. Francisco Filho (Nicácio) passa os dias acompanhando o pai, Francisco (Nachtergaele), no trabalho, onde dirige o caminhão-pipa Big Jato, que é utilizado para limpar as fossas das cidades pernambucanas que não têm saneamento básico. Quando está de folga, o garoto divide-se entre o tio (Nachtergaele), um radialista local, anarquista e com a veia artística a flor da pele, e também de Príncipe (Macalé), um espécie de livre pensador local. O jovem sonha em ser poeta, mas, abafa seu sonho pelo pai não entender esse dom.
Comentários: Não sei se você acompanha ou está visitando nosso blog pela primeira vez, mas, direi pela enésima vez e continuarei a dizer sempre: não somente de putarias dos filmes das antigas (velho preconceito que ainda permanece) e de comédias descerebradas, abestalhas e sem graça vive o nosso cinema nacional. Nossa produção nacional passeia pelos mais variados gêneros, com filmes de qualidades. Essa sessão dupla, com dois interessantíssimos dramas, que acabei de encarar na noite de hoje é um bom exemplo disso. Ambos tendo o talentoso Matheus Nachtergaele no elenco, em papel triplo (aqui ele dá vida a dois personagens, gêmeos, de personalidades totalmente opostas). Big Jato é uma agradabilíssima surpresa, um filme sensível, poético, e ao mesmo tempo muito divertido e engraçado, que conta com um roteiro muito bem elaborado que ganha força com excelentes atuações onde, além do eterno João Grilo, o destaque também vai para o garoto Rafael Nicácio, que segura muito bem a responsa de ser protagonista. Em síntese, uma pequena obra-prima do nosso cinema que precisa ser descoberta.
Produção brasileira de 2016.
Direção: Anna Muylaert.
Elenco: Naomi Nero, Daniel Botelho, Dani Nefussi, Matheus Nachtergaele, Luciana Paes, Helena Albergaria, Renê Guerra, entre outros.
Blogueiro assistiu na sala Elinaldo Barros do Centro Cultural Arte Pajuçara em 29 de julho de 2016.
Cotação:
Nota: 7,0.
Sinopse: Pierre (Nero) é um jovem esquisito, com seu estilo próprio, em dúvida com sua própria sexualidade, que tem sua vida mudada quando sua mãe (Nefussi) é presa e ele acaba descobrindo não somente que não é o filho dela, mas, que ele foi roubada por ela na maternidade. A partir daí, sua vida vira de ponta a cabeça, já que a família biológica entra na vida dele com tudo, seca de ansiedade para recompensar os dezessete anos perdidos, o que acaba gerando tensão e o inevitável conflito entre eles.
Comentários: No ano passado, a diretora Anna Muylaert presenteou o nosso cinema nacional com a obra-prima Que Horas que Ela Volta?. Logo, despertou a expectativa de todos nós em ver seu novo filme que, claramente, foi baseado no famosíssimo caso Pedrinho que deixou o Brasil de queixo caído com tamanha cara de pau da tal da Vilma. A diretora acerta em cheio em ignorar por completo o lado policial, optando por trabalhar com o drama familiar e o impacto psicológico que um fato assim causa em todos os envolvidos, o que acabou deixando a criatividade fluir solta. Tudo ia bem e se encaminhava para ser mais uma obra-prima, mas, de repente, o filme termina, sem se definir deixando todos nós expectadores no vácuo, com cara de idiotas. Fica a sensação que parece que a diretora esqueceu de filmar o restante da história ou o roteiro pegou fogo e só deu para filmar até certo ponto, tanto por esse final insosso como também pela curtíssima duração do filme. Obviamente, nada disso aconteceu, e temos na verdade uma derrapada feia no desfecho do roteiro que, somado com nossa ansiedade de ver o novo trabalho da diretora, acabou resultando numa puta decepção. Derrapada da porra da talentosa diretora. Espero que se redima em seus próximos trabalhos e não seja mais uma promessa da sétima arte, com apenas um único filmaço no currículo.
Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.
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