RECORDAR É REVER: FLASHDANCE - EM RITMO DE EMBALO.

 = Excepcional. /  = Muito bom. /  = Bom./  = Regular. / = Fraco. / = Preciso mesmo dizer?. 

Flashdance - Em Ritmo de Embalo (Flashdance).

Produção estadunidense de 1983.

Direção: Adrian Lyne.

Elenco: Jennifer Beals, Michael Nouri, Lilia Skala, Kyle  Cynthia Rhodes, entre outros.

Blogueiro assistiu na TV aberta (Globo) e por assinatura (Telecine Emotion) e em home vídeo (VHS)

Cotação: 

Nota: 9,0.  

Sinopse: Baseado em fatos. Na trama, Alex (Beals) é uma jovem batalhadora e esforçada. Enquanto de dia rala como operária, a noite se solta no palco, fazendo o que mais gosta, soltando o rebolado. Ela sonha em ingressar numa companhia de dança e é incentivada por uma senhora, ex-bailarina (Skala). Alex acaba se envolvendo com seu patrão (Nouri) do trampo do dia, e ele passa a ser mais um incentivador para que ela realize seu sonho.

Comentários: Se tem um diretor que define perfeitamente as produções pop hollywoodianas oitentistas, em ritmo de videoclipes e trilhas nostálgica é Adrian Lyne. Afinal, o cara dirigiu os clássicos 9 1/2 Semanas de Amor e Atração Fatal. É bem verdade que depois desses, o cara dirigiu apenas o interessante Alucinações do Passado, e se lascou com a crítica e com o público ao dirigir os horríveis Proposta Indecente, o remake de Lolita e Infidelidade, mas, ninguém tira dele o título de um dos diretores que mais marcaram o cinemão dos anos 80. O ponta-pé inicial foi justamente o clássico Flashdance - Em Ritmo de Embalo, que eu jurava que já tinha comentado aqui , filme que inaugurou o estilo ritmo de videoclipes, com trilhas sonoras pops e fodásticas, que viraram modinha na época. Clássico do gênero musical oitentista, o filme tem apenas um diferencial dos seus contemporâneos apenas por focar no gênero dramático, o que faz o filme ser mais sério que os demais. Fora isso, temos o de sempre, ou seja, sequências fodásticas clássicas, muito bem coreografadas, embaladas por uma das melhores trilhas musicais de todos os tempos. Além disso, o filme acerta também no roteiro, muito bem elaborado, fugindo do habitual. Mas, o filme comete o erro grosseiro justamente nas sequências de dança, com a claríssima e descarada substituição da então gatíssima mas preguiçosa Jennifer Beals por uma ilustre desconhecida moça que realmente dançava estupidamente muito bem. Chega a ser ridículo ver Beals só balançado a cabeça, e na edição, vemos a outra moça soltando o rebolado. Mas, nem esse defeito grosseiro, um dos piores da história do cinema, tira de Flashdance o status de um inesquecível e fodástico clássico oitentista. Divertido, emocionante, nostálgico e empolgante até hoje. Para ser visto e revisto infinitas vezes, sem perder a vontade de afastar os móveis e sair rodopiando pela casa ao som da excepcional trilha musical.

VOCÊ SABIA?

A estrela estupidamente linda e atualmente sumidona Demi Moore disputou com Jennifer Beals e Leslie Wing para estrelar Flashdance. Como sabemos, o papel ficou com a bonitinha mas preguiçosa Beals, mas, exatamente dez anos depois, Moore atuava sob a batuta de Adrian Lyne no horrível Proposta Indecente. A lindíssima estrela matou sua secura de dançar nos palcos no lixo de gênero indefinido Striptease e provou que, pelo menos no quesito "Eu sei dançar!", superaria Beals, caso tivesse pego o papel no clássico oitentista. 

Se Adrian Lyne é um dos diretores a cara dos anos 80, Cynthia Rhodes é a pé-quente nos musicais da época. Mesmo sendo uma eterna coadjuvante, ela participou simplesmente de Xanadu, Os Embalos de Sábado Continuam (continuação totalmente desnecessária do clássico setentista estrelado por John Travolta) e Dirty Dancing, este último, onde teve o papel com um pouco mais de destaque. Ah, não só de rebolado Rhodes vivia, já que atuou em Runaway - Fora de Controle, ficção estrelada pelo eterno Magnum Tom Selleck.

Rick Pinheiro.
Cinéfilo alagoano.